Os Quatro Períodos De Piaget Do Desenvolvimento

Período Sensório-Motor (0-24 meses)

O período sensório-motor é onde a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, de todo o universo que à cerca. A formação dos esquemas sensoriais-motores irá permitir que o bebê organize estímulos ambientais. No final do período, o bebê consegue lidar com a maioria das situações que são apresentadas.

Nesse período não há desenvolvimento mental, não existe diferença entre o eu e o exterior.

Aos poucos os bebês vão construindo progressos da inteligência sensório motor, onde o próprio corpo aparece como elemento entre os outros.

O período de bebê irá ocorrer à organização psicológica básica (percepção, motor, intelectual, afetivo, social). O bebê irá explorar seu próprio corpo, e começa a formar uma noção do eu e o mundo.

A criança quando nasce ela começa com poucos reflexos hereditários que através dos exercícios, se transforma em esquemas sensoriais-motores. Um recém-nascido quando esta no processo de sucção, após alguns dias esse reflexo já se modificou, conforme os meses vão passando irão ficando mais eficientes.

Gradualmente a criança irá conquistar alguns comportamentos para organizar a realidade pela conquista sensorial. A partir dos 9 meses a criança controle um espaço prático. Onde os objetos, a interrelação e a percepção de si como objeto espacialmente colocado e integrado.

Ao final do período a criança terá realizado uma boa caminhada no sentido de conhecimento a adaptação à realidade. Terá conseguido um equilíbrio para desenvolver e resolver situações através de uma Inteligência explicita, ou sensório-motor.

Período pré-operacional (2-7 anos)

Com 24 meses a criança estará desenvolvendo a linguagem, ela inicia a capacidade de representar uma coisa por outra, formar esquemas simbólicos. Exemplo uma caixa de fósforo pode se transformar em um carrinho para brincar.

O pensamento irá aumentar de uma forma gradual. O pensamento será caracterizado por uma mistura de realidade com fantasia.

O egocentrismo é uma visão da realidade que parti do próprio eu, a criança não concebe um mundo, confunde-se com objetos e pessoas, no sentido de atribuir a eles seus próprios pensamentos, sentimentos.

Esse egocentrismo é tão marcante que se manifestará em todas as áreas de atuação da criança, como a intelectual, social, de linguagem.

Em função da ausência de esquemas conceituais verdadeiros (a criança nesta fase esta desenvolvendo os chamados pré-conceitos, as noções a respeito de objetos que serão utilizados na fase seguinte para formar esquemas conceituais). O julgamento da criança será dependente da percepção imediata (exemplo: se despejarmos na frente da criança, uma quantidade de água em copo baixo e longo para um copo alto e fino ela não perceberá que a quantidade de água não foi alterada).

A função de ausência de esquemas conceituais e da noção da criança de conservação ou invariância a criança julgará pelo que vê.

Piaget realizou inúmeras demonstrações à ausência do pensamento conceitual e das noções de conservação a ausência do pensamento conceitual e das noções de conservação e invariância na criança em idade pré-escolar.

Devido ao seu egocentrismo, a criança tem dificuldade de que as outras pessoas têm sentimentos, atitudes e vontades diferentes das suas próprias. É difícil, por exemplo, para um adulto explicar a uma criança de quatro anos que ele não quer passear ou brincar por estar cansado. A criança está presa as suas próprias perspectivas, o desejo de passear ou brincar, ela não percebe que o outro não está.

No que se refere à linguagem o que se pode observar é que quanto menor a criança, maior a porcentagem de linguagem egocêntrica em relação à linguagem socializada. À medida que ela vai crescendo a evolução da linguagem se dá no sentido de uma maior socialização, mostrando o desenvolvimento em seus vários aspectos se dá no sentido da interiorização e da socialização.

A fase pré-operacional é considerada como de transição também no aspecto de linguagem, pois observamos com frequência a criança falando sozinha. Exemplo: enquanto come diz, “nenê papa” ou “o carrinho vai para a garagem”. Esta verbalização que acompanha a ação pode ser entendida como um treino dos esquemas verbais recém-adquiridos.

Período das operações concretas (7-11, 12 anos)

Esse período corresponde à idade em que se inicia a frequência à escola será marcada por grandes aquisições intelectuais de acordo com Piaget.

Há um declínio de egocentrismo intelectual e crescente do pensamento lógico. A criança terá um conhecimento real, correto e adequado de objetos e situações da realidade externa. A criança não irá mais tolerar contradições no seu pensamento, irá sentir necessidade de explicar logicamente suas ideias e ações.

As ações físicas, típicas da inteligência sensorial-motor e ainda necessárias na fase pré-operacional,