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Os Serial killers

Por:   •  4/10/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  639 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho, abordaremos o tema de investigação juntamente com o tema serial killer, e em seguida apresentaremos uma proposta de um curta metragem chamado “Viúva Negra”.

Serial killers (ou assassinos em série) são indivíduos que praticam uma série de crimes, normalmente com um intervalo de tempo constante entre cada homicídio, seguindo um modus operandi e deixando sua “assinatura” nas vítimas. Segundo estudos do FBI, são indivíduos muito inteligentes, com uma média de QI entre 110 e 120. Muitos têm até esposas, filhos e emprego normais, mas são extremamente doentes.

        O motivo das atitudes de um assassino em série é, quase sempre, psicológico que se transforma em comportamentos violentos com nuances sádicas e/ou sexuais.

Para o serial killer, a fantasia provê sua necessidade de controle da situação. Em homicídios seriais, o assassinato aumenta a sensação de controle do criminoso sobre a vítima. Alguns comportamentos que estabelecem claramente o controle do serial killer sobre a vítima são a desfeminização (grande estrago ou retirada dos órgãos femininos) e disposição do corpo de maneira peculiar, em geral humilhante (nua, por exemplo).

        Este tipo de assassino não “enlouquece” simplesmente um dia e mata um monte de gente. Ele não mata por ganância ou ciúme. O FBI define um serial killer como uma pessoa que mata três ou mais vítimas, com períodos de “calmaria” entre os assassinatos. Isto os separa dos assassinos em massa (matam quatro ou mais ao mesmo tempo, ou em um curto período) e dos assassinos turbulentos (matam em vários locais e em curtos períodos de tempo). Os serial killers geralmente trabalham sozinhos, matam estranhos, e matam por matar (diferentemente dos crimes passionais).

        Estudos descobriram que os serial killers podem se concentrar no ato (aqueles que matam rápido), ou no processo (aqueles que matam vagarosamente). Para os assassinos que se concentram no ato, matar nada mais é do que o ato em si. Neste grupo há dois tipos diferentes: os visionários e os missionários. O visionário mata porque escuta vozes ou tem visões que o levam a fazer isso. O missionário mata porque acredita que deve acabar com um determinado grupo de pessoas. Já os que se concentram no processo sentem prazer na tortura e morte lenta de suas vítimas, e podemos separá-los em três tipos: os sexuais (obtêm prazer sexual ao matar), os que buscam emoção (se excitam com o ato de matar) e os que buscam poder (querem “brincar de Deus” ou ter controle sobre a vida e a morte).

        Mais de 80% dos assassinos em série são homens brancos, na faixa dos 20 aos 30 anos, e matam com frequência mulheres brancas. E como dito anteriormente, são na maioria sujeitos comuns. John Wayne Gacy, condenado à 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte por mais de 25 assassinatos, era uma figura popular em sua comunidade e fazia performances como palhaço em festas do bairro. Porém existem alguns comportamentos e problemas durante a infância que podem ser indicativos de uma tendência à essa psicopatia: fazer xixi na cama, causar incêndios, crueldade com animais, sofreram abuso ou negligência e tiveram seus lares desfeitos. Muitos teóricos apontam as infâncias conturbadas dos serial killers como uma possível razão para seus atos. Um serial killer continua matando até que uma das quatro coisas a seguir aconteça: ele é pego, morre, se mata, ou se cansa de matar.

E quando a polícia consegue atribuir uma corrente de assassinatos a uma pessoa, o objetivo é prendê-la o mais rápido possível. Para isso, logo depois de qualquer homicídio, investigar a cena do crime e realizar uma autópsia faz parte da rotina da polícia para tentar resolver o crime. As informações coletadas são adicionadas em um banco de dados, que pode ajudar a determinar padrões ou “assinaturas”, ligando diferentes homicídios entre si. Os investigadores observam também o modus operandi (MO) do crime. O MO mostra o que o assassino teve de fazer para cometer o crime. Isto inclui tudo, desde seduzir e encarcerar sua vítima até a maneira como ele a mata. O MO de um serial killer pode mudar com o tempo, pois basicamente ele aprende com erros passados e evolui.

Determinar a assinatura e o modus operandi são aspectos usados para se traçar o perfil do criminoso. Esse processo foi desenvolvido na década de 70 pelo FBI, e Ted Bundy foi um dos primeiros serial killers a ter seu perfil traçado. Estudos psicológicos e psiquiátricos entram na criação desse perfil, juntamente com informações da cena do crime e depoimentos de testemunhas. Quando condenados, a maioria passa o resto da vida na prisão ou é executada se a pena de morte existir em seu estado.

Mas apesar de parecer fácil nas séries de investigação criminal, a descoberta de um criminoso desse tipo é complexa e complicada no mundo real. Testes de DNA não são tão rápidos de serem realizados, impressões digitais nem sempre estão nítidas ou completas, o sangue não é revelado através de luz ultravioleta e o luminol não é totalmente eficiente (é necessária uma escuridão quase total e o brilho dura por apenas alguns segundos) e nem sempre o sangue espirra para todos os lados na cena do crime, já que muitas vítimas morrem antes de perder muito sangue.

Para o nosso curta metragem, utilizamos como base e fonte de inspiração algumas séries televisivas e filmes que abordam esse tema de investigação e serial killers, além de alguns personagens específicos:

  • CSI: NY – Mais sombria e sangrenta que as outras versões da mesma franquia, possui um teor mais dramático e utilizou um recurso audiovisual que nos chamou a atenção, pois foi filmado com uma luz azulada que torna a série mais “fria”.
  • Criminal Minds – A série nos apresenta o trabalho da UAC (Unidade de Análise Comportamental, do FBI). A equipe investiga os criminosos por meio do modus operandi e nos chamou a atenção por focar mais no comportamento do criminoso do que no crime em si.
  • Ice Truck Killer, da série “Dexter” – antagonista da série, tem um dos modus operandi mais cruéis já vistos em séries de TV. Ele deixava as vítimas de ponta cabeça e cortava sua carótida para que sangrasse até morrer. Mas na realidade a inspiração que ele nos trouxe foi o fator traumático que o estimulou a matar, ver sua mãe sendo morta enquanto criança. No nosso curta, esse trauma de infância fará parte das características da nossa personagem principal, que terá como alvo homens e se utilizará da sedução para se aproximar deles, pois quando criança presenciou sua mãe sendo morta pelo namorado.
  • Aileen Carol Wuornos, do filme “Monster” – Aileen foi uma serial killer real que inspirou o filme, e teve uma vida muito conturbada. Abandonada pela família desde cedo, se tornou prostituta e foi presa diversas vezes ainda quando adolescente. Na década de 90, começou a assassinar homens com quem saía para realizar programas, roubando dinheiro e carros em algumas das vezes. Porém, quando julgada, alegou sempre legítima defesa, acusando os homens que matou de tentativa de estupro. Foi uma grande inspiração para o nosso curta, pelo modo como se aproximava dos homens antes de matá-los e também por ter sido a primeira serial killer americana de que se tem notícia.

Quando falamos em assassinos em série, a imagem mais comum costuma ser a de um criminoso do sexo masculino. Porém um novo estudo realizados nos EUA desfaz essa impressão ao mergulhar no pouco explorado universo das mulheres serial killers. O estudo analisa 64 assassinas em série americanas e revela um perfil surpreendente.

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