Os Três Níveis da Angustia
Por: Dayanemarquess • 1/3/2016 • Trabalho acadêmico • 311 Palavras (2 Páginas) • 461 Visualizações
A angustia se manifesta em três níveis que se separam didaticamente, mas que podem coexistir.
O primeiro modo da angústia apresenta-se como uma essência fisiológica, onde a angústia se expressa na consciência do envelhecimento e total destruição do ser enquanto ser-para-a-morte. O destino enquanto existente, está fadado. Esta forma de angústia é nomeada de angústia de destino e morte. A angústia da morte é ilustrada pelo destino, que é o término do ser. O não-ser é destino, como uma redundância. O não saber que o desconhecido gera é dual, como possibilidades de ser, sendo como negação ou afirmação de algo. O destino é também afirmação de que algo está porvir em um tempo perdido, ou desconhecido, tal como a morte. Essa angústia é contra a autoafirmação “ôntica”, sendo relativa em termos de destino e absoluta em termos de morte.
A angústia de vacuidade e insignficação age contra a autoafirmação espiritual do homem, sendo relativa em termos de vacuidade e absoluta em termos de insignificação. Sendo assim, a vacuidade age dissolvendo qualquer sentido de relação entre o homem e sua cultura, ou seja, o vazio se anuncia vorazmente como um quarto escuro, onde somente um sentimento individual de ser/estar. É uma situação ambígua, pois o homem começa a se questionar como pode estar e ser separado dos outros e do seu mundo. Esta vacuidade como espaço e a insiginificação como sentido, acabam por desorganizar o homem rumo ao nada, ou seja, à potencialidade criadora do vácuo.
A angústia de culpa e condenação atua contra a autoafirmação moral, sendo relativa em termos de culpa e absoluta em termos de condenação. Esta angústia tem como essência a parte moral do homem, que atua sobre preceitos éticos. A culpa nasce da incerteza do ato praticado conter maldade ou bondade. É a consciência moral que se apresenta para colocar a pessoa frente à sua condenação ou absolvição.
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