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PERCEPÇÃO DE MULHERES GRÁVIDAS ACERCA DA DOENÇA ZIKA

Por:   •  6/12/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.797 Palavras (12 Páginas)  •  190 Visualizações

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PERCEPÇÃO DE MULHERES GRÁVIDAS ACERCA DA DOENÇA ZIKA

Aryellen Rodrigues Silva

Bianca Lohana Lima de Oliveira

Lalleska Kerlly

Kaline Ferreira Gomes

Vitória Marina Bernardo Tito

Prof. Márcia Magalhães Àvila Paz

Resumo[a]

O presente artigo tem por objetivo apresentar a percepção de mulheres grávidas acerca da doença zika. Realizou-se uma pesquisa de campo, de natureza quantitativa e qualitativa, cuja a amostra foi composta por 20 gestantes com idades entre 18 e 42 anos. Os dados coletados, provenientes das questões objetivas, foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS em sua versão 20.0, utilizando a estatística descritiva. Os dados provenientes das questões discursivas foram tratados por meio de análise de conteúdo temática. Os resultados indicam que as gestantes têm entre 29 a 39 anos, casadas, ensino médio completo e ensino superior incompleto. As participantes sabem que a Zika é uma doença prejudicial à saúde, sabem o quão perigoso o vírus é para o feto, além das consequências que o mesmo pode causar. Isso se dá porque pelo menos metade das participantes adquire informações a partir dos meios de comunicação, mas a outra metade desconhece ou não procura informação a respeito do Zika, o que é preocupante. Nota-se que a maior parte das entrevistadas indicam que o governo promove a conscientização da população como forma de prevenção, porém, uma amostra considerável das gestantes entrevistadas relata que não conhecem as medidas tomadas pelo governo, reafirmando, desta forma, que essas gestantes necessitam de um apoio maior vindo do estado e da sociedade.

Palavras-chave: Zika; grávidas; dificuldades; políticas públicas; saúde.

INTRODUÇÃO[b]

O presente artigo destaca algumas das dificuldades que a doença zika traz para as gestantes e os seus familiares, como também aos profissionais que lidam com a saúde, com gestantes, como por exemplo, a ginecologia obstetrícia, a enfermagem. Além disso, também é exposto o avanço do número de gestantes detectadas com a doença trazendo consigo problemas gestacionais e preocupações nos anos vindouros. Por fim, apresenta sugestões para melhorias nas políticas públicas relacionada ao zika vírus.

1. Zika

O Zika vírus é uma doença febril aguda, com duração entre 3 a 7 dias que em geral não traz complicações mais graves, sendo transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti no qual também propaga outras doenças infecciosas como a Dengue e Chikungunya. Em contrapartida, no ano de 2015, os casos registrados no Brasil do Zika Vírus foram relacionados, a partir de estudo científicos, com a microcefalia congênita, ou seja, quando a gestante é infectada e consequentemente contamina o feto, prejudicando seu desenvolvimento cerebral e craniano. (JUNQUEIRA; ROCHA; ABATI, 2015)

2. Mulheres Grávidas em Tempos de Zika

Mergulhadas em um mar de notícias confusas e contraditórias, as mulheres estão privadas de sua cidadania, já que não sabem quais direitos possuem e não têm bases seguras para acompanhar e monitorar as políticas públicas desenhadas para o problema. (PENALVA, 2016).

3. Políticas Públicas

Ao longo da história, o Brasil se utilizou de diversos tipos de políticas de saúde, com a finalidade de formular estratégias em prol de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população. O atual sistema de saúde procura resgatar o compromisso com o bem-estar da população, no qual é estabelecido nos direitos de todo cidadão. (POLIGNANO, 2009)

 O objetivo maior das políticas de saúde é promover um atendimento universal e igualitário, além de reduzir os riscos de doenças e de outros agravos, disponibilizando, desta forma, serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, com a finalidade de suprir os défices que surgiram nos sistemas anteriores. (POLIGNANO, 2009)

É responsabilidade do estado junto aos órgãos competentes dar suporte aos sujeitos afetados de forma direta ou indireta pelas epidemias advindas do mosquito Aedes Aegypti, pois é direito de todos e dever do estado a realização de ações preventivas contra as epidemias surgidas em território nacional. (JÚNIOR, 2016)

Para entender melhor as implicações da doença Zika para a saúde da população, especialmente das gestantes, buscou-se conhecer a percepção de mulheres grávidas em relação à doença Zika. Mais especificamente pretendeu-se: conhecer as características sociodemográficas das participantes da pesquisa; avaliar o que as mulheres grávidas conhecem sobre a doença Zika; identificar os cuidados que estas mulheres toma para se protegerem da doença zika; verificar os sentimentos que as mulheres grávidas possuem em relação à zika; e saber o que as mulheres grávidas conhecem sobre os cuidados preventivos adotados pelo governo.

5 MÉTODO

Realizou-se uma pesquisa de campo, de natureza quantitativa e qualitativa, na Unidade Saúde da Família - USF, localizada no bairro Esplanada em João Pessoa- PB. A amostra, não probabilística acidental, foi composta por 20 gestantes com idades entre 18 e 42 anos. Utilizou-se um instrumento elaborado pelas próprias pesquisadoras, contendo duas partes: a primeira com 6 questões objetivas sobre dados sociodemográficos; e a segunda parte com 6 questões discursivas referentes ao tema da pesquisa. Após a aprovação do comitê de ética e da USF iniciou-se a coleta dos dados. A coleta foi feita de forma individual e em local previamente reservado, garantindo a privacidade e o sigilo das respostas. Os dados coletados, provenientes das questões objetivas, foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS em sua versão 20.0, utilizando a estatística descritiva. Os dados provenientes das questões discursivas foram tratados por meio de análise de conteúdo temática. Este estudo considerou os aspectos éticos pertinentes a pesquisas envolvendo seres humanos, de acordo com a Resolução nº 466/12 e foi aprovado pelo Comitê de Ética do UNIPÊ.

RESULTADOS E DISCUSSÕES[c]

Conforme observa-se na tabela 1, em relação a idade, destaca-se na amostra os intervalos entre 29 a 39 anos. Referente ao estado civil, as mulheres casadas se encontram em maior frequência. No nível de escolaridade, a variável com maior porcentagem é o de ensino médio completo e ensino superior incompleto, posteriormente, com segunda maior frenquência, apresenta a variável do ensino médio completo e ensino superior incompleto.

Tabela 1: Frequências e percentagens das variáveis sociodemográficas.

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