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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADOS AO RATO VIRTUAL SNIFFY PRO

Por:   •  11/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  4.769 Palavras (20 Páginas)  •  892 Visualizações

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADOS AO RATO VIRTUAL SNIFFY PRO

Ana Paula Correia da Silva

Cecília Calheiros Amado

Ítalo Luiz Ferreira de Lima

Karen Paulino Soares de França

Karolayne da Costa Livino

RESUMO

O presente trabalho teve como foco o comportamento de um rato virtual, estudado e analisado num experimento que teve por objetivo a observação e análise do comportamento deste sujeito e suas alterações. A base teórica utilizada fundamentou-se nos conceitos aplicados em sala de aula sobre Aprendizagem, Comportamento e Condicionamento Reflexo e Operante. A pesquisa foi realizada através do programa Sniffy Pro em laboratório, durante sete sessões, onde foram identificados os comportamentos emitidos pelo sujeito em situações em que não houve alterações no ambiente ou quando ocorreram adições de estímulos e reforços, modificando o comportamento do rato. Verificando, assim, como o individuo opera sobre o seu ambiente a partir de estímulos adicionados e as respostas que emite, de forma a compreender os estímulos que alteram seu comportamento e suas consequências, permitindo que tais comportamentos possam ser modificados, através de intervenções de estímulos e/ou inserindo condições reforçadoras nesse ambiente. Como por exemplo, na Figura 2, onde se comparou a sessão de Reforço Contínuo e a sessão de Reforço Intermitente de forma a observar que na primeira, o rato apresentou um comportamento de pressão a barra bastante curto, diferente da sessão de reforço intermitente em que o rato apresenta maiores taxas de pressão à barra por exigir um esforço maior para liberação do reforço. Ressaltando, através deste trabalho, o quanto se torna importante para a prática profissional, o conhecimento do processo e os esquemas da teoria do comportamento.

 

Palavra-Chave: Comportamento. Aprendizagem. Reforço. Extinção. 

1 INTRODUÇÃO

O termo behaviorismo foi usado pela primeira vez por John B. Watson (1878-1958) que ficou conhecido como o pai do behaviorismo. A palavra em inglês behavior significa "comportamento"; por isso, para denominar essa tendência teórica, usa-se Behaviorismo, Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento ou Análise do Comportamento.

Muitos foram os behavioristas que influenciaram na psicologia. Watson, por exemplo, utilizava como fundamento do behaviorismo metodológico o modelo S- R (estímulo-resposta), já Edward C. Tolman propõe um novo modelo de behaviorismo baseado no esquema S-O-R (estímulo-organismo-resposta). Por fim, Skinner influenciou muitos psicólogos americanos de vários países onde a Psicologia americana tem grande penetração, como o Brasil.

Sabe-se que a aprendizagem é toda e qualquer alteração no comportamento que pode ser resultante da relação entre o organismo e o ambiente; é também um processo contínuo, que pode ocorrer em qualquer situação. No entanto, muitas pessoas confundem construção de conhecimento com aprendizagem. Nesse sentido, a aprendizagem permite que o sujeito se modifique de acordo com suas experiências.

Segundo Moreira e Medeiros (2007), o processo de aprendizagem é parte do comportamento humano, podendo ser compreendido através de estudo. Sob a ótica Behaviorista, de acordo com Hübner e Moreira (2012), a aprendizagem é a manifestação de um comportamento novo ou alterado que o organismo passa a emitir; podendo acontecer tanto pela alteração de comportamentos reflexos e operantes já existentes, como a relação de um estímulo a uma resposta nova. Essas interações comportamentais são divididas em duas categorias: o “condicionamento respondente” e o “condicionamento operante”, os quais são identificados por meio das ligações entre os eventos ambientais e comportamentais. Skinner (2013) ressalta ainda que o termo “aprendizagem” pode ser mantido proveitosamente no seu sentido tradicional para descrever a redisposição de respostas em uma situação complexa.

O comportamento respondente é a relação entre um estímulo e uma resposta, na qual um estímulo elicia a resposta. Para Moreira e Medeiros (2007), essa relação está intimamente ligada ao que se denomina emoção, sendo observado que, no processo de aprendizagem, quando um estímulo que não elicia uma resposta ao ser emparelhado a um estímulo que elicia, ocorre um novo reflexo, resultando numa resposta, denominado, então, como condicionamento reflexo. Comportamento operante, por sua vez, ocorre quando, um comportamento produz alterações no ambiente e é afetado por tais alterações. Skinner (2013) afirma que as consequências do comportamento podem retroagir sobre o organismo, considerando-as, ainda, como essenciais para descobrir como os organismos aprendem.

As mudanças no ambiente, produzidas pelo comportamento, são denominadas consequências e, conforme afirmam Moreira e Medeiros (2007), as consequências determinam e mantem o comportamento. Skinner (2013) discorre ainda que a interação com o ambiente é constante e muitas consequências dessas interações são reforçadoras, permitindo que novas respostas surjam à medida que ocorram alterações no ambiente.

Diante disso, vale ressaltar que as consequências produzidas pelo comportamento são denominadas de reforço, e, segundo Skinner (1982), um reforçador positivo fortalece qualquer comportamento que o produza. Sendo assim, reforço é um estímulo a um comportamento, aumentando a probabilidade deste, voltar a acontecer.

Para Moreira e Medeiros (2007), reforço pode ser natural quando a consequência do próprio comportamento, existindo ainda outro tipo reforçador, identificado quando o produto é indireto do comportamento, sendo considerado como arbitrário. Além disso, sempre que é identificado adição de estímulos no ambiente, diz-se que este reforço é positivo e quando há diminuição de estímulos, esse reforço é considerado negativo.

Ainda sobre reforço, Moreira e Medeiros (2007) apontam que algumas consequências do comportamento são naturalmente reforçadoras, chamado de reforçador incondicionado, tendo em vista que não há história de aprendizagem. Quando ocorre aprendizagem, este reforço é considerado condicionado, aumentando também a frequência de repetição do comportamento. Por outro lado, quando ocorrem consequências que reduzem a frequência do comportamento se repetir, diz-se que ocorre punição. Medeiros e Moreira (2007) sustentam que punição pode ser positiva, quando é adicionado um estímulo aversivo ao ambiente; ou negativa, quando há retirada de um estímulo reforçador do ambiente.

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