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PROBLEMAS NA DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DO PSICÓLOGO

Por:   •  18/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  296 Visualizações

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PROBLEMAS NA DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DO PSICÓLOGO

Alissandra Ferreira de Lima

Maike Bruinjé

Renata Carolina de Souza Ferreira

Vania Cristina da Rocha

RESUMO. Este trabalho visa apresentar os problemas que o psicólogo enfrenta  na divulgação de seu trabalho, como problemas éticos e reconhecimento da sua profissão, muitas vezes julgado pelo senso comum.

Palavras-chave: Divulgação. Psicólogo.

INTRODUÇÃO

A divulgação de um produto tem como objetivo construir uma imagem favorável na mente dos consumidores atuais e em potencial. Além das influências do macroambiente, a opinião de um consumidor é formada principalmente pela forma como a empresa ou no caso, o psicólogo, faz a sua divulgação.

Tão comuns como os problemas do dia-a-dia são as soluções anunciadas nos meios de comunicação. A liberdade do cidadão de oferecer seus serviços é assegurada por lei e todos devem ter direito de usufruir deles. O problema começa quando, junto a metodologias alternativas, o serviço divulgado é oferecido por alguém que se intitula psicólogo.

Para que aconteça essa divulgação o psicólogo deve estar devidamente registrado no Conselho Regional de Psicologia. A importância dessa divulgação é para que a população conheça melhor o trabalho do psicólogo, qual sua função, qual é a necessidade de buscá-lo e para que essa área seja desmistificada pelo senso comum.

DIVULGAÇÃO DA PROFISSÃO

Quando se fala em psicologia logo vem à mente a idéia do trabalho clínico ou com “loucos”. Muitas pessoas não sabem que existem outras áreas de atuação do psicólogo e alguns sequer sabem como se dá o trabalho deste, mesmo na área clínica que é de conhecimento geral. Isso ocorre muitas vezes  devido à falta de divulgação apropriada do trabalho do psicólogo.

Em muitos casos, o curso de psicologia é escolhido pelo conhecimento do senso comum, sem saber aprofundadamente o trabalho efetivo do psicólogo. Também esquecendo que o marketing pessoal começa dentro da faculdade, alguns universitários colocam sua imagem pessoal e profissional em risco, seja pela maneira de relacionarem-se com os colegas, com os professores e demais profissionais, seja pela imaturidade pessoal, postura, pontualidade. A construção histórica que se faz desde a entrada até a saída da universidade fará diferença no futuro deste profissional formado. Um bom currículo, boa postura e apresentação pessoal podem ser o ponto chave e diferencial deste ex-aluno.  

Segundo Mendes (2008), uma questão agravante é que o curso de Psicologia não prepara os alunos para todas as áreas de atuação do psicólogo. Isto limita a visão de mercado da Psicologia e pode gerar um excesso de profissionais relacionados às áreas mais conhecidas, e uma escassez de profissionais em outras áreas que assim permanecem marginalizadas. Tal situação é um fator agravante para o posicionamento da profissão no mercado, tornando muito difícil para os psicólogos se prepararem estrategicamente diante das exigências deste mercado. Apesar da profissão estar crescendo e ampliando as possibilidades de atuação, ela vem sendo pouco reconhecida e mal remunerada.

Ainda segundo Mendes (2008), o grande número de faculdades que oferecem o curso de graduação em Psicologia é o principal fator apontado para justificar a saturação do mercado. Isto gera uma situação de oferta de profissionais maior que a procura e, conseqüentemente, diminui os valores dos serviços prestados. Além disso, tal situação pode interferir também na qualidade da formação dos profissionais. Esta desvalorização pode influenciar, inclusive, na qualidade dos serviços prestados, pois para que o profissional possa estar sempre atualizado e em constante desenvolvimento, é necessário que ele tenha condições de pagar por esta qualificação.

Também se percebe, uma necessidade de qualificar a profissão como uma forma diferenciada de prestação de serviços, que traz consigo, inclusive, uma visão negativa desta classificação. A prestação de serviços na perspectiva mercadológica é vista por estes profissionais como algo muito comercial, materialista, visando apenas o lucro financeiro. Isto gera uma dificuldade no psicólogo em enxergar sua profissão como uma prestação de serviços e assim buscar compreender o comportamento de seus consumidores, pois eles não são reconhecidos como tal. (Mendes, 2008)

O investimento feito pelo psicólogo em sua carreira não é pouco. São anos de formação universitária e mais cursos de especialização para manter-se informadas sobre novos tipos de tratamento, novas doenças, etc. Mas, para que o psicólogo assuma novas responsabilidades em seu trabalho, deve estar ciente de sua capacidade pessoal, teórica e técnica, percebendo-se apto a cumprir o que lhe foi designado.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2006) todas as mudanças que ocorrem requerem novos papéis, com demandas comportamentais avançadas e inovadoras, novas modalidades de ação, em diferentes locais de atuação. Ainda segundo o Conselho Federal de Psicologia (2006), num estudo entre profissionais atuando num determinado setor, observou-se que os psicólogos apresentam um padrão diferente dos demais colegas. Enquanto os outros, apesar de uma postura crítica, demonstram saber dos planos e do que é possível fazer, os psicólogos recorrem a falas vacilantes e negativas, que expressam a sensação de serem subprofissionais. Há, contudo, profissionais que rompem esse sentimento e buscam construir estratégias criativas de intervenção nesse novo contexto de atuação.

A maneira de intervenção do psicólogo é um tipo de marketing, não somente pessoal, mas da psicologia como um todo. Portanto, é de extrema importância que o psicólogo saiba como atuar, que tipo de técnica utilizar e saiba enxergar os pontos positivos e negativos de seu profissionalismo. Apresentação, comunicação adequada e ética profissional são a maneira mais eficiente de marketing pessoal. É necessário estar preparado para mudanças, saber focar na resolução de problemas e controlar as emoções, acreditar em sua capacidade, tendo em vista sua formação profissional, relacionar-se de maneira com que os colegas de trabalho e clientes sintam-se satisfeitos com os resultados apresentados, enfim, cada um depende de si mesmo para crescer ou “acabar” com sua carreira.

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