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PROCESSOS BÁSICOS EM PSICOLOGIA

Por:   •  2/10/2019  •  Resenha  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  237 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM CURSO: PSICOLOGIA – 2º B

DISCIPLINA: PROCESSOS BÁSICOS EM PSICOLOGIA

PROFESSOR: PATRÍCIA PANTALEÃO

ANÁLISE FÍLMICA

THAÍS DA S. FIGUEIREDO

PATOS DE MINAS 2019

PARA SEMPRE ALICE

“Para sempre Alice” apresenta como tema principal da trama, a doença de Alzheimer. O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema comportamental e cognitivo. Além disso, afeta ainda, o meio familiar, o trabalho, os amigos e todos aqueles que passam a auxiliar no tratamento.

O filme conta a história de Alice, professora de Linguística da Universidade de Columbia em Nova York e mãe de três filhos que descobre a doença, sem cura. Alice, se vê perdendo uma identidade em diversos aspectos da sua existência, tem sua vida profissional comprometida e permeada pelos medos e angústias criados em face da doença. Além disso, luta por manter uma rotina e se depara com diversas reações das pessoas ao seu redor diante da situação e do cuidado necessário a si.

Há uma caminhada frente aos pequenos esquecimentos de Alice, como por exemplo, na palestra na UCLA, onde a personagem atribui o problema ao uso de álcool e o continuar, com uma dificuldade aparente, é possível avaliar um comprometimento da comunicação e da memória dela. Em outras cenas, há o esquecimento de palavras habituais, desorientação espacial, indicando a necessidade de se buscar auxílio profissional – neurologista.

O diagnóstico, de certo, foi o precoce desenvolvimento do Alzheimer. Alice, então, fala das suas dores, angústias e medos para a família. A personagem, que se baseava na linguagem, no estudo e conhecimento das palavras e seus meios de articulação, estava perdendo aos poucos, as suas ferramentas de trabalho.

O trabalho na universidade tem sua continuidade, se tornando cada vez mais complicado manter a rotina das aulas; as falhas de memória eram frequentes nos discursos dos alunos. A docente explicita seu estado de saúde ao superior e se vê afastar-se das suas funções na universidade.

A construção da identidade tem um valor imensurável no filme. O trabalho se vê como aquele capaz de construir relações sociais, reconhecimento social e de dar sentido à existência humana (LIMA, 2003; ANTUNES, 2000). Alice passa por momentos de angústia e sofrimento em face da perda da capacidade intelectual e de comunicação – questão que se refere à doença tratada no filme. Doença que tem sua evolução marcada pelas perdas cognitivas e pelas alterações no comportamento, que consequentemente comprometem as habilidades da pessoa, afetando suas capacidades e as atividades necessárias ao indivíduo (MACHADO, 2011).

Alice é chamada por uma associação a palestrar sobre a doença. Sua participação consegue trazer à tona e parcialmente, a sua identidade como profissional (RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE ALZHEIMER, 2014). Alice fala sobre acumular memória e se ver disposta à arte de perdê-la gradualmente. E evidencia, no decorrer do filme, a busca por recursos estimuladores, que segundo (PADILLA, 2011), nas fases iniciais, visam aumentar a autonomia, compensar os problemas cognitivos que surgirem e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos comprometidos com a doença. Contudo, o uso desses recursos ainda não é capaz de tratar efetivamente dos danos decorrentes.

Há um comprometimento da capacidade de comunicação, que já no avançar da doença impossibilita a conversa com a família. A diminuição dos níveis de comunicação pode acarretar a fala de palavras soltas ou até mesmo o completo mutismo (BRANDÃO et al, 2009; MANSUR et al, 2005).

A doença tão bem evidenciada mostra ainda os estágios da doença e como a personagem lida com cada um deles. Na fase inicial, Alice se esquece da receita, mas soluciona o problema – isso porque a capacidade cognitiva ainda se preserva apesar das falhas da memória. O domínio cognitivo dificulta a visibilidade da doença (HELLEN; PADILLA, 2012). No estágio intermediário, os indivíduos ainda se acham capazes de realizar tarefas, mas a percepção de quem está o redor é de ver o ser como frágil em sua condição. Uma das cenas que remonta esse estágio é a insegurança do genro em deixar Alice segurar a neta.

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