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PROJETO DE INTERVENÇAO

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Por:   •  14/11/2014  •  623 Palavras (3 Páginas)  •  334 Visualizações

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Objetivos: O projeto “Intervenções junto a adolescentes em situação de risco pessoal ou social. Gestão de risco e administração social” tem como objetivo oferecer aos adolescentes Oficinas de Direitos Humanos e Cidadania, possibilitando a essa população a discussão sobre a problemática social e histórica na qual estão inseridos. Visa ainda fornecer conhecimentos os mais amplos possíveis de forma que possam se constituir como sujeitos que possuam capacidade argumentativa diante das contradições sociais e em relação aos indivíduos que desrespeitem seus direitos. A inclusão social só se fará realidade quando esses sujeitos tiverem condições de uma formação qualitativamente tão “boa” quanto àqueles que não sejam qualificados como “empobrecidos socialmente” ou “pobres e virtualmente perigosos”. Esse projeto visa também intervir junto aos educadores no sentido de romper com estigmas, mitos e preconceitos relacionados a essa população. O estabelecimento de assistência à infância e adolescência em situação de risco pessoal e social no qual estamos desenvolvendo intervenções, foi construído entre a década de 60 e 70, durante o período da ditadura militar em que se preconizavam determinadas concepções sobre crianças e adolescentes pobres. Concepções estas que afirmavam que essa população que perambulava pelas ruas constituía-se um perigo para a nação. No bojo desse movimento é que foram criadas políticas públicas no trato dessa questão e assim funda-se a Febem, proliferando no país os internatos, as casas de abrigo e outras instituições que vão “acolher”, “conter” e tutelar crianças e adolescentes em situação de risco. Nesse sentido, esse estabelecimento é criado embasado também na filantropia e vai propor uma assistência às crianças e adolescentes “carentes”, “de rua”, objetivando oferecer-lhes uma profissão. A profissionalização (marceneiro, bordadeira) é vista então como meio de evitar que essa clientela se desvie para o caminho da transgressão às leis e à ordem. Desde a época do início do seu funcionamento até a presente data, as práticas continuam as mesmas, o que tem gerado uma exclusão social, um processo de estigmatização e marginalização dessa camada social empobrecida. Nossa proposta de intervenção consiste em criar dispositivos que problematizem o caráter burocrático da instituição, instituindo novos olhares sobre os adolescentes, novas práticas sociais que de fato possibilitem a essa população novos meios de inscrição social e institucional. Portanto, pensamos também que ao intervir em grupos de funcionários/educadores e adolescentes, estamos virtualmente produzindo efeitos nos modos de subjetivação, estratégia que poderá criar modos de resistência aos processos de homogeneização em curso.

Esse Projeto de Extensão faz uso do referencial institucionalista. Para tanto, utiliza as ferramentas de Michel Foucault, Gregório Baremblitt e Regina Benevides Barros que compreendem o sujeito como derivado dos saberes, das redes de poderes e da ética. Nesse sentido, apontamos neste trabalho uma prática que busca fugir dos paradigmas que falam de sujeitos universais e dos que focalizam o psicológico em processos privados e íntimos. Esse trabalho é desenvolvido num estabelecimento de atendimento à infância e adolescência consideradas de risco pessoal e social criado na década de 70 em plena ditadura

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