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PRÁTICA EM PSICOLOGIA I: O Pão dos Pobres De Santo Antônio Institucionalização

Por:   •  1/7/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.113 Palavras (17 Páginas)  •  183 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE PSICOLOGIA

Antônia Abichequer e Carolina Del Pino

PRÁTICA EM PSICOLOGIA I: O Pão dos Pobres De Santo Antônio

Porto Alegre, 2020

Antônia Abichequer e Carolina del Pino.

PRÁTICA EM PSICOLOGIA I: O Pão dos Pobres De Santo Antônio

[pic 1]

Professor Marcio Geller.

Porto Alegre, 2020.

Sumário:

Capa....................................................................................................................1

Folha de rosto......................................................................................................2

Sumário................................................................................................................3

Tema....................................................................................................................4

Introdução............................................................................................................5 Metedologia.........................................................................................................7

Fundamentação teórica .......................................................................................8

Objetivos............................................................................................................14

Integração teórico-prática..................................................................................15

Considerações finais..........................................................................................17

Referências........................................................................................................18

Anexos...............................................................................................................19

Tema

Análise comportamental de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional em horário refeitório e pré-refeitório baseados na estrutura de trabalho na organização O Pão dos Pobres De Santo Antônio.

Introdução

Crianças ficam acolhidas e cuidadas no abrigo infantil de Porto Alegre, o Pão dos Pobres, e são compulsoriamente retiradas de seus lares por decisão judicial, em consequência de suas casas consistirem em ambientes tóxicos emocionalmente, por seus cuidadores não poderem suprir as necessidades de sustento, criação e/ou educação dos filhos. Acreditamos que a partir da experiência traumática de separação do seu lugar de referência, esta experiência de vida é capaz de mudar o comportamento de forma singular. Este é um assunto, não só interessante para observar, mas essencial apara investigar os casos tão delicados, renegados e que há tanta falta de conhecimento e atenção sobre a situação destes cidadãos em formação que experimentam um trauma tão cedo na vida.

Foi constatado no artigo ‘Institucionalização precoce e prolongada de crianças: discutindo aspectos decisivos para o desenvolvimento’ de  Lília Iêda Chaves Cavalcante, Celina Maria Colino Magalhães e Fernando Augusto Ramos Pontes, que, segundo estudos de Spitz, o período crítico para a formação do apego está situado na segunda metade do primeiro ano de vida, e quando a retirada abrupta das crianças nesse período de vida, a longa convivência em um ambiente institucional pode ser um abalo. Há comprovados danos ao desenvolvimento infantil quando existe essa retirada traumática, porém estas consequências podem ser reparadas ao longo do tempo.

Estas crianças e adolescentes precisam de olhares mais atentos sobre eles devido sua carência emocional. São diversos os casos que levam uma criança a ser institucionalizada e a psicologia pode intervir com êxito na remodelagem psicológica das crianças.

O refeitório é um lugar muito importante, não sendo somente o local onde saciam sua fome, mas também estimulam suas habilidades sociais e podem-se observar nos pequenos detalhes as fases de desenvolvimento e motivos de certas ações promovidas pelas crianças. Foi observado no artigo ‘A importância do estímulo no desenvolvimento da criança’ de Lucke, Neiva Cristiane Flores Sott, que o desenvolvimento integral da criança depende da variabilidade de estímulos que recebe, independente do contexto em que se encontra. É possível relaciona-lo à conjuntura da instituição, na qual os jovens recebem inúmeros estímulos e carinhos dos mais velhos, todos em um modelo familiar, promovendo o desenvolvimento, não só das crianças, mas também dos adolescentes.

 No ambiente saudável da instituição, diferente dos lares originais das crianças, há uma confraternização similar a familiar. Na situação em que estão, criam seus próprios laços e vínculos com outras crianças bem como com as pessoas que ali trabalham.

Metodologia

      O trabalho baseia-se na técnica de observação de comportamentos. Observam-se as características do meio social, coletam-se dados acerca de contatos físicos ou não entre o grupo observado, as formas e o conteúdo da linguagem utilizada, bem como a movimentação no espaço da instituição o Pão dos Pobres. Trata-se de uma pesquisa qualitativa no ambiente da instituição, a qual acolhe 120 crianças e adolescentes nos tempos de COVID 19, e ali habitam por determinação judicial devido as situações de vulnerabilidade em suas residências de origem. O trabalho tece as movimentações no ambiente de pré-refeitorio e refeitório, e liga as observações em teorias já comprovadas em artigos e estudos do Brasil e do mundo.

Fundamentação teórica

No Brasil, a implantação das instituições de acolhimento para crianças em desamparo vem sofrendo diversas transformações ao longo do tempo. Gradativamente, ela passou do domínio da igreja para entidades filantrópicas, até tornar-se responsabilidade do estado. O ECA (estatuto da criança e do adolescente) institui que há sempre o direito de conviver e ser protegido por sua família de origem, independente da situação financeira destes, mas ao estado compete proteger e assistir aqueles que necessitarem. O objetivo maior é evitar o abandono, então não se pode negar que crescer longe da família de origem traz marcas definitivas, acarretando em problemas para o desenvolvimento físico e emocional da criança ou adolescente. Assim como citado por Lília, Celina & Fernando (2007), o apego é formado na segunda metade do primeiro ano de vida. A retirada abrupta da família irrompe com grandes traumas, porém podem ser amenizados e eliminados com o tempo, cuidados, terapia e convívio social.

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