PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
Por: gersonargemiro • 4/5/2018 • Trabalho acadêmico • 924 Palavras (4 Páginas) • 256 Visualizações
UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE DIREITO
COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
PROFESSOR (A): SONIA DA COSTA FENGLER
NOME DO ALUNO: Gerson Argemiro de Lima
ATIVIDADE : VALOR 20 PONTOS
- A disciplina apresenta em um primeiro momento a constituição psíquica do sujeito a partir da psicanálise:
A partir disso sistematize do modo que conseguiu apreender os seguintes conceitos:
- Outro
- outro
- Função materna
- Função paterna
- Estádio do espelho
- Ego, Id e Superego
- Complexo de Édipo
Obs: a sistematização não deve ultrapassar duas páginas.
Podendo ser na forma de texto, esquema, respostas, etc.
Respostas:
- O Outro (ou o grande Outro), é uma instância de dimensão simbólica, trata-se da linguagem, é o inconsciente. Constitui o conjunto de marcas que preexistem e formam a história de um sujeito, equivale-se à cultura.
- O “outro” refere-se à relação com o semelhante, designa o sujeito, o eu em sua singularidade.
- Função Materna: É essencial na constituição psíquica da criança, sendo responsável por imprimir nas reações da criança uma significação afetiva, sendo que essa irá se constituir a partir desse Outro. Primeiramente, é o Outro que dá permanência ao recém-nascido diante de sua dispersão fisiológica e corporal. A mãe atenta aos sinais (orgânicos e emocionais) e ocupa-se de diversas pequenas atividades que são primordiais (cantar, contar histórias...). Todas essas atitudes permitem à criança se perceber como um ser único, amado e desejado.
- Função Paterna: Segundo Freud (1914), trata-se do elemento psíquico da separação. Quando essa função opera, ocorre uma divisão que é fundamental para a constituição de um lugar subjetivo. Quando a mãe reconhece não saber tudo sobre o filho, a função paterna de interdição se enuncia. A criança sai do lugar de desejo da mãe, de colagem objetal. No início da vida psíquica o bebê está alienado ao desejo do Outro materno, mas a saída dessa alienação também ocorre pelo desejo do Outro. A função paterna, por ser simbólica, se dá metaforicamente, onde um significante vem no lugar de outro.
- O Estádio do Espelho, expressão criada por Jacques Lacan, em 1936, designa um momento psíquico da evolução humana, um estádio de identificação. Corresponde à fase da formação da identidade, que se dá entre os seis e os dezoito meses de idade, quando a criança encontra e reconhece a sua imagem especular. Considera-se esta fase como um primeiro esboço do que será o Eu do indivíduo. O espelho é criador de múltiplas imagens, quase sempre ambíguas e reveladoras de aspectos mais interessantes dos que os reproduzidos por uma imagem dita fiel. A imagem corporal tem um papel fundamental na constituição do sujeito. Conforme Lacan, a imagem especular possibilita a criança estabelecer a relação do seu eu com a realidade.
- Ego, Id e Superego: Id, Ego e Superego são conceitos criados por Freud para explicar o funcionamento da mente humana, considerando aspectos conscientes e inconscientes. Seriam três “partes” da mente que, integradas e atuando em conjunto, determinam e coordenam o comportamento humano. O Ego é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, memória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente na interação entre sujeito e ambiente externo. Já do ponto de vista dinâmico, o Eu representa, no conflito neurótico, o polo decisivo da personalidade. E por fim, do ponto de vista econômico, surge como um fator de ligação dos processos psíquicos. Por sua vez, o Id é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado a ação de impulsos e é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo apenas a partir de estímulos instintivos, por isso é caracterizado como amoral. Conquanto o superego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O superego é, então, componente moral e social da personalidade.
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