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PSICOSE ESQUIZOFRENICA

Por:   •  9/7/2021  •  Resenha  •  1.830 Palavras (8 Páginas)  •  144 Visualizações

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PSICOSE ESQUIZOFRENICA:

Segundo a DSM – V, é classificado como transtorno esquizofrênico quando o indivíduo apresenta anormalidade em um ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios, alucinações, pensamento desorganizado, comportamento motor anormal e sintomas negativos.

Os sintomas de esquizofrenia apresentam incoerência do pensamento, da ação e da afetividade, o afastamento da realidade e dominância de uma vida interior entregue as produções fantásticas e atividades delirantes. Há alterações cenestésicas, conhecidas como a síndrome de despersonificação, onde acontece anomalias de percepções internas e modificações de experiência do corpo, como por exemplo o indivíduo sugere que partes do corpo tem vida própria. Em casos graves pode ocorrer a catatonia, a perda da função motora, rejeição de aproximação com demais pessoas e rejeição de alimentos.

Os autores Kaplan e Sadok classificam três subtipos de esquizofrenia:

Paranoide - Há um ou mais delírios e alucinações auditivas frequentes, discursos e comportamento desorganizados, afeto embotado e há sempre uma ideia de perseguição de forma patológica.

Desorganizado - discurso desorganizado e afeto embotado.

Catatônica - deve apresentar um ou dois sintomas a seguir: imobilidade motora evidenciada pela perda do tono muscular, espasmos, extrema negativismo, movimentos estereotipados, ecolalia ou ecopraxia.

Além desses três subtipos, há também o indiferenciado onde o individuio apresenta sintomas de esquizofrenia, mas que não se encaixa em nenhum desses três subtipos.

Dentro da psicanalise considera-se a principal característica da patologia esquizofrênica é a cisão ou dissociação, que seria a quebra de contrato do sujeito com o mundo externo. Conforme discorre Freud, em casos graves de psicose o sujeito não há percepção do mundo externo, e ocorre da mesma maneira em casos de esquizofrenia, a realidade do indivíduo se torna distorcida influenciando em seu funcionamento mental. O conflito da psicose está na falha da organização egóica e em sua relação com o mundo externo, apresentando uma fenda na relação do mundo externo e interno onde a esquizofrenia busca uma tentativa de cura ou reconstrução.

Os sintomas de delírios e alucinações estão presentes como formações que visam proteger o sujeito da angústia. A esquizofrenia é uma patologia crônica onde os sintomas delirantes tendem a progredir afastando o sujeito cada vez mais da realidade, encaminhando-o ao comprometimento das condições intelectuais e afetivas, resultando muitas vezes em estados de feição demencial.

Para a compreensão da patologia é necessário se atentar aos conflitos decorrentes da fase oral, especialmente no momento em que o Eu do sujeito se encontra com seu ego especular, já que é nessa parte que ocorre um acidente do percurso da constituição psíquica. Isso acontece devido as situações conflituosas que se apresentaram anteriormente entre o Eu em construção e o Eu materno.

Dentro da esquizofrenia considera-se que a função da figura paterna não é exercida, não houve um pai que fizesse o corte necessário, é como se o filho fosse uma extensão da mãe. Durante o desenvolvimento normal, quando o mundo da mãe se torna o filho o pai faz um “corte”, como se desfazendo dessa extensão.

PSICOSE PARANOICA:

Na paranoia é eleito um objeto perseguidor, onde o indivíduo se encontra em uma luta constante contra um outro construído por ele mesmo, um ser diferente que o ameaça constantemente, mas que dá sentido à sua existência sendo o refúgio do paranoico a perseguição.

A paranoia é qualquer formação delirante, que pode apresentar os seguintes sintomas: sistema persecutório, hipocondríaco que ocorre quando a pessoa acredita que tem doenças mesmo sem evidencias medicas e desta forma procura o tempo todo médicos e exames, queixante (formas depressivas) e grandiosidade, que ocorre quando a pessoa se encontra como o objeto super valorizado. O que mais vai caracterizar a paranoia é a formação de um complô que o indivíduo acredita que exista contra ele.

Ela se inicia em um momento preciso da vida, é identificável o seu início pois o surto inicial é marcante. O desenvolvimento da paranoia tem um processo mais lento e os indivíduos que são acometidas por essa patologia são pessoas mais desconfiadas, evitam contatos íntimos e estão sempre na defensiva, pois em sua percepção sempre acreditam estar sendo perseguidas.

Dentro dos traços da paranoia, também estão inseridos os delírios de referência e ilusões de memória que é algo que já aconteceu e foi transformado dentro da memória. As formas de expressão da paranoia se dão em perseguição, ciúmes, grandiosidade e erotomania (quando o paranoico supõe que o outro está apaixonado por ele, como se fosse algo real). Tais coisas podem estar no nosso cotidiano, o que difere de uma situação que pode ser considerada normal e de uma situação que é marcada pela paranoia, é o fato de que na paranoia o sujeito tem certeza de que está sendo perseguido, sendo traído (alguns exemplos) mesmo sem qualquer fundamento.

A paranoia mantém um conflito agudo com o outro, esse conflito se dá na necessidade da preservação do pensamento, da vontade, da atenção e orientação. Sempre há um conflito com o mundo externo, pois há necessidade de preservar o delírio, já que os sintomas são expressões do inconsciente que busca um afastamento da realidade.

De acordo com a DSM – V, para se diagnosticar a paranoia, deve se apresentar quatro ou mais dos seguintes sinais:

Suspeita de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por outros. É necessário observar a construção da história que foi contada.

Demasiada desconfiança, mesmo sem causa.

Resistência em confiar nos outros, devido ao medo de que usarem informações de forma maléfica contra si.

Mesmo em situações ou comentários que sejam benignos, o paranoico interpretara significados ocultos humilhantes.

Guarda rancores persistentes.

Identifica ataques sutis a respeito de seu caráter e reputação, que são impercebidos pelos demais, reagindo com raiva.

Dúvidas frequentes e sem motivo em relação a fidelidade de seu conjuge ou parceiro sexual.

PERVERSÃO

Freud discorre sobre a perversão pela primeira vez em Três ensaios sobre a teoria da

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