Percepção e comunicação em um ambiente organizacional
Resenha: Percepção e comunicação em um ambiente organizacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaellycalencar • 12/12/2014 • Resenha • 2.281 Palavras (10 Páginas) • 446 Visualizações
Leitura Obrigatória:
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à Administração. São Paulo, Atlas, 1998. (Capítulo 8 e 9)
Leitura para Aprofundamento:
FILHO, Armando Farias Macedo. A Percepção e a Comunicação no ambiente organizacional. São Paulo, UNIP, 2003.
Estudos desenvolvidos na área de percepção têm demonstrado que a experiência passada do indivíduo também estimula a percepção presente : a percepção de objetos, pessoas e eventos no presente é contaminada pela experiência passada. O indivíduo, portanto, projeta o seu mundo interior naquilo que está percebendo. Por esta razão, diz-se que as pessoas percebem o que querem e não o que realmente existe. Exemplo: as figuras ambíguas são um exemplo de experiências passadas no estímulo presente. Robert Leeper (1935) usou uma figura ambígua que pode ser vista como uma velha feia ou uma jovem bonita. A observação prolongada usualmente permite que o observador veja primeiro uma e depois a outra. Ou seja, a experiência anterior predispõe a seguinte.
Os estudos realizados por psicólogos sobre a influência da motivação no processo de percepção identificam os fenômenos de vigilância e defesa. A estes fenômenos estão ligadas as dificuldades que os indivíduos têm para perceber estímulos geradores de ansiedade, tensões e angústia. As expectativas de desprazer ou sofrimento podem diminuir a probabilidade de uma percepção, apesar dos estímulos ou eventos constituírem uma clara indicação de suas propriedades.
Na organização observa-se uma constante interação entre os valores e atitudes, motivos e características de personalidade de indivíduos com fatores ambientais como estrutura da organização, valores e objetivos, divisão do trabalho, grupos organizacionais, tecnologia, cargo e atividades, sistema de remuneração, política, diretrizes, grupos de referência, etc. O simples fato de o indivíduo ocupar determinada posição no espaço organizacional limita seu acesso à organização como um todo e a quantidade e a qualidade de informações que irá receber. A limitação da informação, conseqüentemente limitará seu campo perceptivo. Este fenômeno de limitação perceptiva é chamado por Katz e Kahn (1967) como centrismo de sistema dos membros da organização. A posição na organização, portanto, influencia o que o indivíduo percebe. A natureza e a intensidade das tensões organizacionais são fatores que também podem modificar a percepção dos membros de uma organização, na medida em que geram estados emocionais, que por sua vez, influenciam a percepção de outras pessoas e situações.
As pressões grupais, por sua vez, são fatores que afetam diretamente o processo perceptivo. Os membros de um grupo organizacional são levados a perceber eventos e pessoas em função da força grupal. Em certas situações, as diferenças perceptivas entre diversos membros da organização, podem se tornar um fator desintegrador se as lideranças não forem capazes de integrar construtivamente diferentes percepções de um mesmo problema. Por outro lado, estas diferenças de percepção de um mesmo problema podem vir a ser uma ameaça à segurança das lideranças. Como mecanismo de sobrevivência, elas criam pressões no sentido de conter ou eliminar membros que percebam os problemas diferentes delas. A tentativa de uniformização da forma de percepção é um mecanismo de controle que pode levar ao empobrecimento da organização, já que limita o campo perceptivo dos membros e conseqüentemente, a qualidade das suas atividades intelectuais e o seu próprio crescimento mental. A impossibilidade de conviver com as pessoas que podem ter percepções diferentes de uma situação ou evento caracteriza uma insegurança técnico-profissional e ao mesmo tempo evidencia uma forma de controle autocrático.
A comunicação ocorre quando duas pessoas são comuns, ou seja, quando têm os mesmo interesses, há um ponto em comum e aí a mensagem flui entre ambos. Ser como um, é ter afinidades, ter empatia, sentir junto, pensar junto, é ser como um todo.
A comunicação humana só existe realmente quando se estabelece um contato psicológico. A comunicação humana só existe quando elas conseguem se encontrar ou reencontrar. Quando a comunicação se estabelece mal ou não se realiza, há: Filtragem, Bloqueio e Ruídos.
Para se melhorar a comunicação se requer: a) aprender a melhorar a sua transmissão; e b) aprender a aperfeiçoar sua própria recepção. Especificamente isto significa:
1- Utilização do feedback
2- Uso apropriado de muitos canais de comunicação (Observação do comportamento não-verbal do interlocutor).
3- Saber ouvir. A comunicação tem um conteúdo lógico, manifesto e um conteúdo psicológico, latente.
4- Uso de comunicação face a face. A comunicação escrita é mais agressiva, distanciando.
5- Colocar-se no mundo do receptor: adaptar a mensagem ao vocabulário, interesses e valores do receptor.
6- Desenvolvendo a sensitividade - Empatia: se colocar no lugar do outro e assim compreender melhor o que o outro sente e nos diz.
7- Saber distinguir o momento oportuno da mensagem ser enviada.
8- As palavras devem ser reforçadas pela ação: as pessoas tendem a aceitar as mensagens de mudança quando elas mesmas participam do processo de mudança.
9- A mensagem deve ser simples, direta e sem redundância.
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa do texto obrigatório, analisando as denominações relacionadas à Percepção e Comunicação, seus conceitos e problemas relacionados, bem como as dicas de melhoria no processo de feedback.
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
Sabe-se que entre as pessoas ocorrem diferenças de percepção e interpretação. Então, qual a importância do feedback no processo de comunicação?
a) Definir uma clara estrutura de poder do emissor para o receptor.
b) Garantir que a sonoridade da comunicação
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