Prática do Canto Orfeonico nas Escolas
Por: Veronica Belo • 12/3/2017 • Resenha • 1.720 Palavras (7 Páginas) • 280 Visualizações
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ENSAIO MONOGRÁFICO
DÉBORA CRISTINA BORGES
RIO DE JANEIRO
ABRIL - 2017
DÉBORA CRISTINA BORGES
ENSAIO MONOGRÁFICO
Trabalho apresentado ao Professor Sérgio Barboza, da disciplina musicalização, turno matutino, do curso de Pedagogia.
ISERJ
Rio de Janeiro
Abril - 2017
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO............................................................................p.4
2- MÚSICAS E SEU ENSINO...........................................................p.
3- O ENSAIO SOBRE A MÚSICA BRASILEIRA: ESTUDO DOS MATRIZES IDEOLOGICOS DO VOCABULARIO SOCIAL E TÉCNICO-ESTÉTICO (MÁRIO DE ANDRADE)...............................................................................p.
- – O ENSINO DA MÚSICA E DO CANTO ORFEONICO..............p.
5- IMPORTANCIA DA MÚSICA NO FILME : “A MISSÃO”..............p.
6-
7- CONCLUSÃO..............................................................................p.
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho é o agrupamento dos fichamentos pedidos ao longo do semestre. Mais concretamente se trata dos principais acontecimentos no universo musical dentro dos âmbitos pedagógicos.
ISERJ
Rio de Janeiro
Abril - 2017
Ensaio sobre a Música Brasileira Estudo dos Matrizes Ideológicos do Vocabulário Social e Técnico-Estético
(Mario Andrade, 1928)
Nos anos de 1920 havia um enorme debate sobre o que de fato era nacional e popular dentro da musica erudita brasileira. Nos livros escritos por autores da época é possível observar que havia a necessidade de buscar uma identidade nacional. No Ensaio sobre a música brasileira, Mario Andrade, em 1928, Houve um estudo amplo e genérico sobre as possíveis relações entre as músicas popular e erudita, visando tocar o jovem musico para que esse se dessa nota da importância da nacionalização da música erudita brasileira. Mario acreditava que a nação era atrasada em diversos aspectos, porem tinha uma visão otimista do futuro e via o progresso como algo natural.
O debate sobre nacionalismo e identidade cultural atingiu outros campos. Segundo Antônio Candido, “O pais novo necessita defender sua autonomia e iniciativas, mas no terreno cultural necessita receber contribuições de países ricos.”.
No campo musical o debate sobre “nacional e o popular” prendeu-se de um lado pra eficiência da arte e por outro pela vanguarda ocorrida polos culturais europeus de matrizes inclusive e marcadamente nacionalista.
A percepção do dialeto do povo tido como inculto simbolizou um contra discurso revolucionário que visava combater o gosto das elites burguesas. Essa revolução era perceptível até mesmo nas construções das grandes cidades. A elite carioca da Belle Époque pretendia apagar os registros do passado colonial. Já os ideólogos da reforma urbana condenavam ruas estreitas e imundas.
O carnaval era outro incomodo a Elite Carioca, pois os cordões eram vistos como símbolo da cultura afro-brasileira. Os excluídos sociais (chorões e sambistas) foram expulsos para os morros, porém manteve sua presença nos teatros de revista da lapa e na Praça Tiradentes, o que favoreceu com a divulgação de sambas e maxixes despertando então o interesse da Elite.
Mario criticava a falta de patriotismo, mas, apesar dos críticas mostrou otimismo em face aos novos artistas.
Nos anos 30, com a fundação das escolas superiores de estudo sociais, filosóficos e literários os folcloristas brasileiros tinham como álibi os trabalhos e pesquisas dos sociólogos e antropólogos. Mario Andrade alegava não existir música brasileira erudita e seus argumentos mantiveram-se presos em torno do tema nacionalização da música brasileira de 1921 a 1945.
O manifesto caracterizava-se pelo conteúdo programático, polêmico e doutrinário-dogmático, escrito por compositores nacionalistas brasileiros o Ensaio ocupou o centro desse debate no ramo. Visava à ideia de brasilidade e identidade cultural com uma linguagem emotiva, ou seja, fazer arte brasileira com valor humano.
As tentativas de Mario no sentido de conciliar a nacionalização da música brasileira e os traços técnicos melódicos, rítmicos, polifônicos, formais inspirados nos cantos folclóricos, esbarram na inexistência de tratados teóricos mais rigorosos, semelhantes ás propostas de um Béla Bartok sobre a pesquisa do imaginário popular.
Mário não consegue enfrentar a questão com rigor teórico, pois a técnica é um acervo individual, a somatória que possibilita o edificar de uma composição musical.
O ensaio criticava o descaso do governo pela falta de apoio financeiro e pela falta da divulgação da música brasileira. Na primeira parte o Ensaio indica normas e critérios metodológicos sobre a importância do “comprometimento” da música popular pelos artistas eruditas e a segunda parte documenta 140 canções folclóricas em dois grandes grupos.
Com o golpe de 1930, o Ensaio foi considerado altamente revolucionário por enfatizar a criação de um arte musical de matrizes nacionalistas.
Mario defendia a função social do artista, ele trazia os excluídos sociais como uma nova categoria, o povo.
O ensaio visou despertar o interesse pelas nossas riquezas em prol da criação de uma nova escola nacionalista de composição capas de consolidar um polo cultural no Brasil.
Mario Andrade acreditava que durante o primeiro período música erudita no Brasil caracterizava-se pela transplantação de obras de autores europeus. Já o segundo período se caracterizou pelo empobrecimento musical em função dos abalos políticos. O terceiro período se iniciou no pós-guerra e é caracterizado pelo surgimento de um “tempo novo” onde o homem tem consciência sobre o ideal de nacionalização de todas as artes.
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