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Praticas Emergentes

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Por:   •  2/9/2014  •  2.361 Palavras (10 Páginas)  •  317 Visualizações

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SUMÁRIO

1. História no Brasil e no mundo............................................................................03

2. O que é a Psicologia dos Desastres e Emergências ........................................06

3. Desafios contemporâneos..................................................................................07

Bibliografia..................................................................................................................09

História no Brasil e no mundo

Desastres e Emergências são eventos adversos, sobretudo de origem climática, que têm ocorrido em número e magnitude crescentes no planeta Terra. Em nosso país a ocorrência desses eventos tem obrigado todos nós a reconhecer que, por um lado os países que se organizam para enfrentar esses eventos ocorrem uma redução dos efeitos desastrosos para a população, principalmente no que se diz respeito à perda de vidas. Por outro lado vai ficando claro que precisa ser uma nova organização das sociedades, que possibilite o surgimento de mecanismos de autoproteção social e melhor aproveitamento dos recursos públicos na prevenção de desastres, no estabelecimento de modos alternativos de obter respostas às necessidades de locomoção, habitação e alimentação e, ainda, na atenção às populações afetadas.

No caso brasileiro, essas ocorrências coincidem com um estágio avançado de deterioração das condições de vida nas cidades, onde ocorreu em menos de um século crescimento significativo de sua população e inversão no tipo de ocupação do território, passando de uma maioria vivendo no meio rural para uma maioria vivendo no meio urbano. Soma-se a isto uma história mais que centenária de degradação das condições de vida do povo brasileiro, cujo resultado do surgimento contínuo de desastres que causam sofrimento à população.

A Psicologia brasileira vive este processo e vem se posicionando diante dele buscando espaços para contribuir na política pública de defesa civil e, ao mesmo tempo, vem construindo referências de atuação em emergências e desastres calcados na experiência prática no acúmulo técnico sobre o tema.

No que tange à atuação dos Conselhos de Psicologia, destacamos alguns eventos importantes. Em 2006, a Secretária Nacional de Defesa Civil aceitou a proposta de trabalho do Conselho Federal de Psicologia (CFP), e em colaboração foi realizado o I Seminário Nacional de Psicologia das Emergências e dos Desastres. Desde então, diferentes iniciativas têm sido realizadas. O ponto culminante dessa colaboração pode ser identificado na realização da I Conferência Nacional de Defesa Civil, em 2010, quando participou do processo de construção das atividades e dos debates sobre o tema. A participação foi marcada todo o tempo pela busca de vitalidade e exercício pleno dos processos democráticos na construção de uma Política Pública de Defesa Civil. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2008).

A Conferência teve muitos entraves para a sua realização. Contudo o CFP pôde estabelecer relações com outras entidades da sociedade civil, buscando articular no movimento social propostas para uma Conferência efetivamente democrática. De fato uma Conferência que não deixasse no seu rastro canais de expressão da crítica e propostas da sociedade não teria cumprido o seu papel. Nesse sentido, a atuação do CFP foi radical na busca da garantia de relações democráticas na construção da I CNDC.

O CFP, em parceria com ABEP – Associação Brasileira de Estudos Populacionais e Secretária Nacional de Defesa Civil propôs atividades de promoção da participação de psicólogos e estudantes no V Seminário Nacional de Defesa Civil, em 2009, e na Conferência Nacional de Defesa Civil. O CFP também participou da Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Defesa Civil em vários estados.

Além disso, o CFP contribuiu com a criação da Rede Latino-Americana de Emergências e Desastres, que já se reuniu na Argentina, Brasil, Cuba e Chile e tem proposto atividades sobre o tema em Congressos e eventos diversos, inclusive no Fórum Social Mundial de 2010, quando inscreveu a única atividade deste tema no Fórum realizado em Porto Alegre. Vários CRPs também organizaram e participaram de atividades que propiciaram a discussão acerca do assunto.

Em 2010, o CFP também realizou em parceria com o CRP-02 de Pernambuco e atores estaduais as Oficinas de Prática da Psicologia nas Emergências e Desastres, que buscaram contribuir para estruturar o trabalho dos psicólogos que atuaram na reconstituição das cidades atingidas pelas chuvas de 2010.

Foi com esse histórico, que os Conselhos de Psicologia chegaram ao início de 2011 quando enchentes atingiram os estados de Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, reafirmando sua disposição em estar junto com a sociedade e com os governos para prevenir tragédias como as que, mais uma vez foram assistidas o CFP- em conjunto com os Conselhos Regionais situados nos estados brasileiros mais afetados em 2011 - buscou contribuir respostas efetivas, que possibilitaram a contribuição organizada da Psicologia.

Foi nesse ensejo que se realizaram oficinas sobre a situação de psicólogos em situações de emergências e desastres em parceria com os Conselhos Regionais de Psicologia de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, entre os quais figura o Seminário Estadual de Emergências e Desastres: estratégias latino-americanas de enfrentamento à questão, realizado em parceria com o CRP-16 (Espírito Santo). Os textos que compõem a presente publicação são fruto das reflexões dos palestrantes do seminário. Esperamos que, assim como o material publicado como resultado do seminário de 2006, estes textos venham a compor o conjunto de referências que estamos construindo para a atuação dos psicólogos brasileiros em emergências e desastres.

Vale ressaltar o fato de o evento que dá origem a essa publicação olha não apenas para o Brasil, mas para as experiências latino-americanas. A presença de psicólogos de outros países do continente é reflexo

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