Praticas sociais e sujetivas
Por: Nathielen Calegari • 30/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.365 Palavras (6 Páginas) • 173 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O desenvolvimento social e em comunidade, dá-se através da linguagem, atribuída ao ser humano e também a sua inteligência.
A tendência do ser humano é a de uma aproximar-se de grupos com os quais ele se identifica. Nenhum ser humano vive sozinho, todos temos a necessidade de pertencimento a um grupo, seja afetivo, social ou de trabalho. As relações sociais melhoram até mesmo a saúde emocional do indivíduo.
O individuo tem por natureza a necessidade de pertencimento, de socialização para seu bem estar.
Relatos históricos como o famoso caso “Amala e Kamala” servem como exemplo da importância da socialização do ser humano, desde contato com o outro para obter a aprendizagem e a cultura.
De um lado, a amizade é um relacionamento entre pessoas que não são familiares, parentes ou parceiras sexuais; de outro, estudos apontam cônjuges ou familiares como amigos (Fehr, 1996). Para Bell (1981), na amizade é fundamental a ausência de laços familiares, justificada pelas comparações e competições entre familiares e amigos e pela impossibilidade de escolha dos próprios familiares e parentes. Conseqüentemente, a amizade é um relacionamento pessoal e privado, sem a imposição de valores ou normas culturais. Esta visão difere da de culturas nas quais o envolvimento pessoal está sujeito às demandas institucionais da sociedade (Bell, 1981; Bell & Coleman, 1999). Dessa forma, se a amizade fosse um relacionamento imune à cultura, não haveria pesquisas apontando sua influência na formação, desenvolvimento e manutenção das amizades (Blieszner & Adams apud Souza & Hutz, 2006).
Segundo Costa (1998), na Antiguidade o amor estava ligado à sabedoria e a beleza, aos impulsos entre as pessoas, a fim de submeter o indivíduo a necessidade da polis, pois nesse período manter-se em uma família era estar na base da sociedade.
Passado esse período, o amor começou a ser visto com algo divino, fraterno e eterno, amor para Deus. Tendo influência judaico-cristã, o amor passa a ser entendido como a descida de Deus para os homens. Com isso a sexualidade passa a ser vista como pecado, o obstáculo para o verdadeiro amor.
Quando o feudalismo é configurado, o amor tem relação com o poder aquisitivo das famílias, que se uniam para tornarem-se ainda mais poderosas. Nesse período as heranças dos senhores feudais não eram passadas para geração seguinte, ou seja, caso o pai que possuía alguns bens e falecesse, não seriam repassados para seus filhos, deste modo, muitos primogênitos buscavam casar-se com moças de famílias economicamente bem estruturadas, a fim de herdar a herança da moça. Nesse contexto surge o amor cortês, união matrimonial sem o consenso dos noivos, era algo negociado pelas famílias.
Na contemporaneidade, o amor está relacionado a um indivíduo, que mesmo com as influências narcísicas, muitas vezes é frágil.
Paradoxalmente, frágil e instável, ao pressupor que um projeto reflexivo de si viabilizado, somente, na presença efetiva do outro, numa relação íntima sustentada pela esfera sociocultural (institucionalizado pelo casamento); volátil, no instante em que sua dimensão sexual evidencia um desfalque que oscila entre a busca de uma falta inconsciente e uma necessidade estrutural e socialmente funcional. Além disso, um exercício de sexualidade comprometido pela instituição do casamento, por não conseguir estabilizá-la com o projeto monogâmico. Neste sentido, a promessa ao amor romântico, que a História sustenta, parece tentar salvar o indivíduo da sua condição existencial de ser ambíguo, finito e responsável por si mesmo e, sobretudo, só (Costa, apud Guedes & Assunção, 2006).
No contexto atual, também há valorizações ligadas à mídia, estética, roupas de marca, tudo o que possa satisfazer os desejos narcísicos do indivíduo, por isso quando em algum relacionamento, tanto amoroso quanto social, o indivíduo vê-se frustrado e não satisfeito, muitas vezes preferem romper as relações, pois a afetividade está relacionada com interesse inconsciente de conseguir tirar algum proveito da relação.
Percebe-se no comportamento dos jovens na atualidade, que muitas práticas que a algum tempo atrás poderia apenas ser realizado de maneira privada, é algo natural e feitas em públicos, com beijar de maneira erótica e alguns tipos de carícias.
Á partir dos estudos relacionados sobre Relações Sociais e Amorosa, nosso grupo dirigiu-se ao campus da Universidade Paulista (UNIP), Assis, São Paulo, com o intuito de observar a interação entre as pessoas que freqüentam o local, uma vez por semana durante duas horas, totalizando dez observações. Para realizar as observações, tentamos nos desprender de toda idéia pré concebida à fim de conseguirmos observar de maneira mais propícia e fidedigna os acontecimentos.
As observações tiveram como objetivo o treinamento e aperfeiçoamento da técnica de observação, e o aprofundamento do conhecimento acerca dos artigos pesquisados.
- HISTÓRICO DO LOCAL
A Universidade Paulista, UNIP, iniciou suas atividades em 09 de novembro de 1988. Foi constituída a partir do Instituto Unificado Paulista, IUP, do Instituto de Ensino de Engenharia Paulista, IEEP, e do Instituto de Odontologia Paulista, IOP; o primeiro destes, autorizado a funcionar em 1972, inicialmente com os cursos de Comunicação Social, Letras, Pedagogia e Psicologia.
Sua propriedade é do GrupoObjetivo, presidido pelo empresário João Carlos di Genio, que fundou e dirige um dos maiores empreendimentos educacionais privados do Brasil, formado pelas seguintes instituições de ensino: UNIP - Universidade Paulista, Curso Objetivo e Colégio Objetivo.
A Unip do campus de Assis, em 2011 funcionou por seis meses no prédio do Diocesano, que funcionava com colégio no período diurno e faculdade no noturno. A instituição foi inicialmente instalada no colégio por que ele era do ensino objetivo, visto que o fundador da Unip também é administrador do Objetivo e mudou-se para o atual campus no dia dezesseis de fevereiro de dois mil e dois.
Os primeiros cursos foram: Propaganda e marketing, Turismo, Administração, Direito, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Psicologia. E os demais vieram com o tempo.
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