Preconceito contra pessoas com transtornos mentais
Por: Nathalia Franthiesca • 23/6/2015 • Trabalho acadêmico • 2.822 Palavras (12 Páginas) • 470 Visualizações
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IUNI EDUCACIONAL – UNIC RONDONÓPOLIS
“Preconceito contra pessoas com Transtornos mentais.”
Nathália
Indiamara
Elaine
Jéssica
Juliany
Kaio
Prof. (ª) Suelen Machado
Rondonópolis – Psicologia 2ºB
2013/2
SUMÁRIO
1 Introdução 3
2 Transtorno mentais e a “Reforma psiquiátrica” 4
3 Transtornos mentais e sua trajetória historica 6
3.1 Transtornos mentais: E relação com o determinismo, percepção, crenças, poder, atitudes e afins..... 6
4 Transtornos mentais: Dados estatísticos _ 7
5 Legislação ou projetos de lei
6 Referência bibliograficas
1. Introdução
O presente trabalho tem por objetivo realizar um detalhamento acerca da pessoa com transtorno mental e os preconceitos dos quais ela é vitima, trazendo em pauta a discussão acerca da pessoa com transtorno mental, bem como as situações por ela enfrentadas em suas vivências cotidianas. Tendo como proposta evidenciar a discussão acerca do preconceito e das conseqüências geradas por este preconceito.
Desta forma, num primeiro momento, faremos uma pequena introdução à trajetória da saúde mental no Brasil, como ela se configurou e como esta hoje articulada, dada a Reforma Psiquiátrica que ocorreu por volta de 1970, e visa a desinstitucionalização da pessoa com transtorno mental, configurando um atendimento mais humanizado.
Também se dará uma explanação acerca dos estigmas e preconceitos que vitimizam as pessoas com transtorno mental, donde será explicitado o que é transtorno mental, suas determinações, e, destaca-se que toda e qualquer pessoa não esta imune de vir a desenvolver um transtorno mental.
2. Transtornos mentais e a Reforma psiquiátrica
A loucura é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados “anormais” pela sociedade, louco é aquele que tem atitudes consideradas fora do padrão da sociedade, seja porque perdeu a razão, seja porque adota um comportamento diferente do que é costume, é resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença, voltamos à Grécia antiga quando se definia loucura como tudo aquilo que a sociedade enxergava como sendo seu “outro”: a estranheza, a ameaça, a alteridade radical. Inicialmente por mais que seja completamente diferente de hoje a loucura não era sinal de algo negativo, especialmente doença, muito pelo contrario na Grécia antiga filósofos como Sócrates e Platão ressaltaram uma loucura tida como divina, a fala incompreensível era vista como ter acesso a verdades divinas. Na idade média, eram associados ao demônio e vistos como entes possuídos. Diferente da época, Aristófanes acreditava que a doença mental pudesse ter características específicas e uma causa definida. Ele justificava o pensamento da época, que atribuía à doença mental uma manifestação divina, à peculiaridade da doença que causava assombro aos demais. Por pensar na doença mental como orgânica, Aristófanes defendia uma intervenção a base de banhos, purgativos e de alimentação especial. Paulatinamente a loucura vai se afastando de seu papel de portadora da verdade e vai se encaminhando em uma direção completamente oposta. Temos varias concepções, definições e abordagens sobre a “Loucura” ao longo do tempo, temos a loucura como um estado de perda da consciência de-si-no mundo.
que condena a pessoa a existir à maneira de uma coisa.
Louco era solto as ruas, expulso das cidades e vivia à margem da sociedade, com uma nova versão de verdade e de razão, e por isso visto como uma ameaça. No Renascentismo, o louco era temido por possuir um saber secreto, acessível somente aos seus delírios – “... dá realidade ao sonho, profundidade a ilusão, eternidade ao instante...” – por outro lado na mesma época, o louco é aquele que toma o erro como verdade, a mentira como realidade, a feiúra como beleza, a violência como justiça. A loucura é considerada fraqueza. Por muito tempo, os portadores de doenças mentais foram considerados alienados.
O tratamento extremo da época se estendeu até o século XVII, as reformas políticas e sociais, na virada do século XVIII para o século XIX, inspiraram o francês Philippe Pinel a dar o primeiro passo para mudar a vida dessas pessoas. A loucura tornou-se uma questão médica e passaria a ser vista como uma doença que poderia e deveria ser tratada, foi quando houve surgimento de clinicas como locais de internação e os estudos sobre a psiquiatria. Com a constante necessidade de dominar a loucura e defender-se de todo o diferente as clinicas se transformaram em locais de repressão, os pacientes eram isolados da família que desconhecia ou ignorava o que se passava com ele. Foi quando surgiu o termo “alienista” para os médicos que ficavam responsáveis por estes doentes
No século XX, Freud cria a psicanálise que se popularizam em todo o mundo, apesar de toda essa evolução entre 1940 e 1960 algumas terapias beiravam á barbárie, havia o eletro choque (utilizado usado nos dias de hoje), a malarioterapia (contaminação do paciente com o protozoário da malaria na tentativa de criar distúrbios), a insulinoterapia (coma diabético provocado por meio de injeção) e o uso do cardiazol (droga para provocar convulsões). Tendo assim a necessidade da criação dos primeiros hospitais psiquiátricos no Brasil, que surgiram quase que exclusivamente com o objetivo de resolver um problema localizado em outro estabelecimento de assistência.
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