Principais Autores Da Psicanalise
Casos: Principais Autores Da Psicanalise. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mgsraquelpsi • 30/10/2014 • 2.528 Palavras (11 Páginas) • 850 Visualizações
1. Principais autores da psicanálise
1.0 Carl Gustav Jung (1875-1961)
Jung nasceu na suíça e foi discípulo de Sigmund Freud, foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung tomou a si mesmo como matéria prima de suas descobertas, em seu livro “Memória, sonhos e reflexões” ele descreve suas experiências.
Jung teve uma forte relação de amizade com Freud. Esses laços foram criados, principalmente, porque ambos desenvolviam trabalhos inéditos em Medicina e Psiquiatria. A partir de 1906, passaram a se corresponder por cartas. Foram mais de 359 correspondências. O primeiro encontro aconteceu em 27 de fevereiro de 1907. Ocasião em que conversaram 13h ininterruptas.
Segundo Jung, personalidades históricas como Buda e Jesus foram quem mais chegaram perto do conhecimento do seu próprio Eu, ou seja, o autoconhecimento pleno, a completa maturidade. Isso é alcançado por meio do total desenvolvimento da personalidade
Através de Freud, Jung aprendeu sobre a Psicanálise e a levou para vários campos do conhecimento humano, um deles foi a Psicologia das Religiões, que Jung discutiu profundamente. Logo, também, para sua própria teoria, a "Psicologia Analítica" que investiga sonhos, desenhos e outros materiais como vias de expressão do inconsciente.
Em uma análise sobre os povos primitivos descobriu a existência de um inconsciente primitivo, ou seja, primeiro ou primordial desde o início de qualquer geração humana. Este inconsciente, Jung denominou de inconsciente coletivo.
O inconsciente coletivo de Jung se conceitua por se estruturar nas imagens primordiais do desenvolvimento mais primitivo da psique. O homem herda tais imagens do passado ancestral, passado que inclui todos os seus antecessores pré-humanos ou animais. Dentro desses aspectos, Jung quis dizer que o ser humano traz psicogeneticamente um inconsciente herdado dos seus ancestrais mais primitivos possíveis, e que vai passando de geração para geração.
De acordo com a teoria Junguiana, a psique faz parte da personalidade como um todo em primeiro lugar no ser humano, portanto, de acordo com o pensamento de Jung o homem não luta para ser um todo, ele já é um todo, ele nasce como um todo.
Em relação ao inconsciente coletivo, Jung denominou o seu conteúdo de "arquétipos", que são Universais, e que todos nós herdamos as mesmas imagens arquetípicas básicas. Entretanto, Jung considerou cinco tipos de arquétipos que desempenham papéis importantes na personalidade humana. São eles os arquétipos: Persona ou máscara, animus, anima, sombra e o Eu. Jung dizia que o indivíduo deve saber lidar com os vários papéis que assume na vida, ou seja, deve saber conviver com vários personagens, sem se envolver definitivamente com a máscara - saber usar a máscara e saber sair dela sem se prejudicar. Jung classificou a máscara de face externa.
Para Jung, a completa maturidade só é alcançada através do pleno desenvolvimento da personalidade, tornando o Eu mais fortalecido em sua plenitude, ou seja, em sua individuação.
Jung dizia que muitos querem se auto-realizar sem o conhecimento de si mesmo, e completou justificando que, os religiosos orientais através de práticas ritualistas, acompanhadas de meditações, no caso da ioga, por exemplo, capacitam o homem oriental a perceber o Eu de maneira mais rápida que o ocidental. Sendo assim, repito, Jung concretizou que é no autoconhecimento onde encontra o caminho para a auto-realização.
"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta!"
1.1 Jacques-Marie Émile Lacan (1901-1981)
Jacques-Marie Émile Lacan foi um psicanalista francês, formado em medicina, passou de neurologista à psiquiatra. O pai de Lacan era Alfred Lacan que não se ocupava de coisas intelectuais. Já a sua mãe, Emile Baudry, proporcionava ao filho uma vasta cultura cristã e um ardoroso misticismo. Lacan não renega a cultura religiosa que recebeu, mas abandona toda a crença em Deus e toda participação na prática cristã. Isso fica marcado pela decisão de não mais usar o prenome Marie ligado a Jacques.
Lacan teve dois grandes mestres, foram Henri Wallon (e sua teoria do estágio do espelho); e Alexandre Kojéve (nos seus comentários sobre Hegel).
Jacques revoltado com o crescimento nos Estados Unidos da escola da “Psicologia do Ego”, que Lacan acreditava estar deturpando o real sentido da psicanálise, resolveu dirigir seus estudos para uma releitura de Freud.
Lacan é considerado um ator polêmico. A teoria lacaniana é um retrocesso da psicanálise, um desvirtuador da teoria freudiana.
Jacques Lacan aparece com uma proposta de reflexão, a partir de uma nova ciência, a fim de que a experiência psicanalítica seja reconduzida à fala e à linguagem. Em função desta proposta, Jacques Lacan se apropria de uma série de termos linguísticos, com indicações das fontes e com homenagens: Ferdinand de Saussure, o fundador da Linguística, e Roman Jakobson, um dos fundadores do grupo dos Formalistas Russos (1915-1920) e um dos mais importantes participantes do Círculo Linguístico de Praga (1926).
Para Lacan, o Eu é situado no registro do Imaginário, juntamente com fenômenos como amor e ódio. É o lugar das identificações e das relações duais. Distingue-se do Sujeito do Inconsciente, instância simbólica. Lacan reafirma, então, a divisão do sujeito, pois o Inconsciente seria autônomo com relação ao Eu. E é no registro do Inconsciente que deveríamos situar a ação da psicanálise.
Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante. Lévi-Strauss afirmava que "os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o significante precede e determina o significado”, no que é seguido por Lacan. Marca-se aqui a autonomia da função simbólica. Este é o Grande Outro que antecede o sujeito, que só se constitui através deste - "o inconsciente é o discurso do Outro", "o desejo é o desejo do Outro".
O campo de ação da psicanálise situa-se então na fala, onde o inconsciente se manifesta, através de atos falhos, esquecimentos, chistes e de relatos de sonhos, enfim, naqueles fenômenos que Lacan nomeia como "formações do inconsciente". A isto se refere o aforismo lacaniano "o inconsciente é estruturado como uma linguagem".
Lacan é considerado o maior psicanalista depois de Freud, a teoria lacaniana é um retrocesso da psicanálise, um desvirtuador da teoria freudiana.
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