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Principais Dificuldades na Aplicação do WISC IV

Por:   •  23/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.126 Palavras (5 Páginas)  •  1.685 Visualizações

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1) Elaborar relato sistematizado sobre as principais dificuldades que podem ser encontradas pelo aplicador iniciante do teste

Apesar da base teórica acerca dos testes psicológicos e do próprio instrumento em questão, na prática, a falta de familiaridade com o instrumento inviabiliza a administração do teste pelo fato do aplicador iniciante estar despreparado tecnicamente para todas as etapas do processo que, no caso do WISC III é extremamente extenso (por consistir em 13 subtestes que devem ser administrados em ordem aleatória); cansativo pelo tempo estipulado em torno de 60 a 85 minutos, além das regras especificas de cronometragem do tempo; além da idade estipulada, como proceder em casos de erros consecutivos que requer interrupção do subteste, entre outros que causam, portanto, uma desordem no material e principalmente no aplicador por não conhecer as normas e adequações permissíveis em determinados casos que não violem a fidedignidade do instrumento.

2) Apontar estratégias na aplicação

O aplicador deve estar familiarizado com o teste, pois desta forma ele conseguirá manter a organização, pois sabendo as sequências diminuirá as chances de interferência no momento da aplicação. Se necessário simular uma aplicação para conhecer melhor o instrumento, a maneira correta de expor o teste e as instruções para o testando no momento da aplicação. Considera-se ainda de grande valia as supervisões com outro profissional caso haja dúvidas e anseios, antes e depois do teste. Para tanto, deve-se estudar o manual e se programar com antecedência para o dia da realização do teste, tendo claro os objetivos para aplicá-lo, permitindo sanar as dúvidas que possam surgir durante a avaliação.

Como estratégia, visando diminuir a ansiedade do testando permite-se aplicar as tarefas menos estruturadas para as mais estruturadas. Ainda, vale ressaltar que o psicólogo também deve estar tranquilo e calmo evitando possíveis interferências.

Em síntese, o mais importante é a familiaridade do aplicador com o instrumento, pois assim o mesmo saberá claramente os motivos para a realização desta bateria de teste, não terá dúvidas em questão da aplicação e correção, obtendo assim confiança e não interferindo na fidedignidade.

3) Explorar conceitualmente as interferências dos erros de aplicação para a avaliação do teste.

  A subjetividade dos profissionais que aplicarão os testes pode interferir diretamente nos resultados. Com base em uma pesquisa realizada com 42 psicólogos, referente a influência da subjetividade nos resultados do teste WISC III com três crianças da mesma idade, pode-se verificar as seguintes conclusões em relação aos erros desses profissionais, conforme afirmam Araújo; Figueiredo (2013):

Os subtestes não-verbais, com exceção de Completar Figuras, apresentaram os índices mais altos, sendo que as correlações dos subtestes verbais foram menores. Os resultados evidenciaram que a correção objetiva dos itens propicia maior consenso entre os avaliadores e quando as respostas a serem pontuadas envolvem verbalizações, existem maiores dificuldades.

Sabendo que o avaliador, examinando, o instrumento e o local são as principais fontes na aplicação dos testes, há de se ter cuidado ao reconhecer se essas fontes estão dentro do esperado para a confiabilidade do teste.

Na ocasião do teste, o examinando deve estar emocionalmente e fisicamente bem, o examinador deve conferir o instrumento de avaliação, observar se todos os subtestes estão dentro da caixa, se esses estão na ordem a ser aplicada e se as condições para aplicação são adequadas.

Cabe ao aplicador zelar para que todas as condições estejam ótimas para o sucesso do resultado.

É relevante não deixar de observar se o examinando encontra-se motivado pela execução do teste.

No quesito aplicador, faz-se necessário que esse esteja também dentro do equilíbrio emocional e fisicamente bem, além de estar preparado teoricamente e familiarizado com a sequência dos subtestes, pois o manual do teste deve ser cuidadosamente estudado, este deve conhecer sua precisão para assegurar a confiança dos resultados.  

Sobre a subjetividade do examinador é que se pede maior atenção, Afirmam Araújo e Figueiredo (2013):

 “Se ela for mantida sob controle, examinadores diferentes poderão aplicar o mesmo teste aos mesmos examinandos e julgar em separado suas respostas, que chegarão a resultados iguais”.

Observa-se nos subtestes verbais a probabilidade de maiores erros, visto que  os maiores erros de pontuação são: vocabulário, compreensão, semelhança e informação, esses apresentam maior dificuldade devido à interferência da subjetividade do avaliador, pois exige certo julgamento.

Para assegurar o menor número de erros possíveis na apuração dos resultados, os protocolos devem ser corrigidos por mais de um profissional, além do próprio avaliador, afim de reduzir erros, deve ser feito um estudo cuidadoso nos critérios de pontuação.

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