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Processos defensivos primários: Negação

Por:   •  22/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.061 Palavras (13 Páginas)  •  492 Visualizações

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CESUPI – Faculdade de Ilhéus, 3 de dezembro de 2016

Aluna: Paula Carolina

Curso: Psicologia, 6º semestre

Disciplina: Fundamentos da Psicanálise         Docente: Drº Paulo César Martins

Estudo Dirigido - Mecanismos de defesa

Processos defensivos primários:

Negação

        Essa reação é a sombra de um processo arcaico enraizado no egocentrismo infantil, no qual uma convicção pré-lógica de que “Se não reconheço, não está acontecendo” governa a experiência. Um componente de negação pode ser encontrado na operação da maioria das defesas mais maduras. Por exemplo: a crença consoladora de que a pessoa que rejeitou você realmente o(a) desejava, mas não estava pronta para assumir um compromisso. Tal conclusão inclui tanto a negação de que fomos rejeitados quanto a atividade mais sofisticada de “criação de desculpas” referida como racionalização.

Controle onipotente

        A convicção de que os indivíduos podem fazer tudo o que quiserem é parte da ideologia norte-americana, empurrada guela abaixo no senso comum e na maioria das experiências humanas ocidentais, mas ela pode ser também uma ficção autorrealizável e poderosamente positiva. Para algumas pessoas, a necessidade de um sentimento de controle onipotente, e de interpretar experiências como se fossem resultados de seu poder sem restrições, continua em ação.

Se a personalidade de alguém for organizada em torno de uma busca e de um prazer em exercitar o próprio poder, com todas as outras questões práticas e éticas relegadas a segundo plano, essa pessoa estará na faixa psicopata.“Superar” os outros é uma questão das principais preocupações e um dos maiores prazeres de indivíduos cuja personalidade é denominada pelo controle onipotente.

Isolacionismo extremo

        Versões adultas do mesmo processo podem ser reconhecidas em pessoas que fogem de situações sociais e interpessoais, substituindo as angústias pela estimulação de seu mundo fantasioso interno relacionadas a outras pessoas. Pessoas com essa impressionante disposição natural podem criar uma rica vida fantasiosa interna e considerar o mundo externo problemático e empobrecido. A desvantagem óbvia da fuga é que ela remove a pessoa de uma participação ativa nas resoluções interpessoais dos problemas.          

Projeção, introjeção e identificação projetiva

        A discussão de dois dos processos mais primitivos de defesa, projeção e introjeção, porque eles apresentam faces opostas da mesma moeda psicológicas. Tanto na introjeção quanto na projeção existe uma barreira psicológica entre o selfie e o mundo. Projeção é o processo no qual o que há dentro é mal compreendido como vindo de fora visto que ninguém é capaz de penetrar a mente de outra pessoa, precisamos usar a capacidade de projetar nossa própria experiência afim de entender o mundo subjetivo de outra pessoa.

        Em suas formas malignas, a projeção cria perigosos mal entendidos e danos pessoais incalculáveis. Introjeção é o processo em que algo que está fora é mal compreendido com vindo de dentro. É de conhecimento geral, tanto por observações naturalísticas quanto por pesquisas empíricas que sob condições de medo ou abuso, as pessoas tentam dominar o medo e a dor assumindo as qualidades de seus abusadores. A introjeção também está implicada em certos tipos de funcionamento psicológico depressivo. A identificação projetiva é uma abstração difícil e inspirou muita controvérsia na literatura analítica.

Idealização e desvalorizações extremas

        A idealização normal é um componente essencial do amor maduro. E a tendência, a medida que o desenvolvimento ocorre, a desidealizar e desvalorizar as figuras de apego na infância é uma parte normal e importante do processo de separação e individuação. O comportamento dessas pessoas evidenciam a sobrevivência de esforços arcaios e desesperados na tentativa de contra-atacar o terror interno por meio da convicção de que alguma figura a qual elas estão apegadas é onipotente, onisciente e sem por cento benevolente, e acreditam que na aliança com esse maravilhoso outro estarão seguras.

A desvalorização primitiva é o lado ruim inevitável da necessidade de idealizar, como nada na vida humana é perfeito, os modos arcaicos de idealização estão fadados a frustação. Quanto mais o objeto é idealizado, mais radical será a desvalorização do qual será algo.

Divisão do ego

        A divisão do ego, normalmente chamada apenas de “cisão”, é outro processo interpessoal poderoso entendido como derivado da época pré-verbal, período em que as crianças ainda não conseguem perceber que seus cuidadores tem qualidades boas e más e estão associadas a experiências boas e más.

        Antes que se tenha constância de um objeto, não se pode ter ambivalência, já que ambivalência implica e sentimentos opostos a um objeto constante. Em vez disso, pode se estar em um estado de ego bom ou mal em relação a um objeto de nosso mundo.

Somatização

        Somatização foi um nome dado por analistas ao processo pelo qual os estados emocionais se expressam no físico. Os analistas a muito tempo tem descrito os pacientes somatizadores como caracterizados pela alexitimia ou falta de palavras para expressar o afeto. Pessoas que regulamente reagem a um estresse ficando doentes podem ser conceitualizadas como possuidoras de uma personalidade somatizante.

Sexualização (instintualização)

Uma consequência dessa teoria biológica guiada pelo impulso era a tendência dele a considerar comportamentos sexuais expressões de uma motivação primária não derivativa ou defensiva. Desde a obra de Freud, contudo atestam o quão frequentemente a atividade e a fantasia sexuais são usadas de forma defensiva: para dominar a ansiedade, para restaurar a autoestima, para compensar a vergonha e para destrair de uma sensação de morte interna.

Acting out (ação defensiva, “atuação”)

        Até onde se sabe os primeiros usos do termo acting out remetem a descrições psicanalíticas de ações dos pacientes fora do consultório do analista, em casos em que seu comportamento parecia encarnar sentimentos em relação ao analista dos quais a pessoa está inconscientemente ou muito ansiosa ou muito para deixar que emergisse para consciência, especialmente na presença do analista. Depois o termo “representação” foi aplicado a encenação de experiências que a pessoa afetada não pode expressar em palavras ou formular verbalmente.

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