Pré Natal- PDCV
Ensaios: Pré Natal- PDCV. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ga.briela1994 • 9/5/2013 • 3.505 Palavras (15 Páginas) • 709 Visualizações
Psicologia do Desenvolvimento
Desenvolvimento Pré - Natal
Antigamente só se falava da criança após o seu nascimento, mas hoje, já há a preocupação com ela desde que há a concepção, isto é, 270 dias antes.
Período germinal - da concepção aos quinze primeiros dias.
Período embriônico - dos 15 dias ao segundo mês.
Período fetal - do segundo mês até ao nascimento.
Influência pré-natal
“Com a evolução do pensamento humano, a visão geral sobre o feto como criatura passiva, dependente, que vive em estado nirvânico, como um vegetal, e o útero como lugar silencioso, sereno e totalmente isolado, foi sendo modificado.”
Souza-Dias, 1996
Pesquisas recentes sugerem que a saúde física e emocional da mãe pode afetar o desenvolvimento fetal. Dado que o sangue do feto é o mesmo que o da mãe, o regime alimentar e a saúde materna influencia o desenvolvimento do corpo e do cérebro do bebé. A subnutrição pode ter como consequência um retardamento no desenvolvimento cerebral e, portanto, futuras limitações mentais.
Certas doenças da mãe – diabetes, sífilis, toxoplasmose, rubéola, sida, etc. – podem determinar perturbações físicas e/ou mentais na criança.
Os produtos químicos – por exemplo, medicamentos ingeridos pela mãe - ao serem incorporados na corrente sanguínea, podem afetar de diferentes maneiras o desenvolvimento da criança. São conhecidas as deformações físicas (criança sem braços ou sem pernas) produzidas por um tranquilizante usado pelas grávidas na década de 50 – a talidomida.
Os bebés de mães toxicodependentes (em heroína e cocaína, por exemplo) podem tornar-se dependentes de droga ainda no útero materno, apresentando, ao nascer, sintomas de carência: irritabilidade, inquietação, vômitos, convulsões, insônias.
A ingestão de álcool em quantidade, durante a gravidez, pode provocar o que se designa por síndroma alcoólica fetal: problemas de coordenação motora, distorções nas articulações, anomalias faciais, inteligência subnormal…
O estado emocional da mãe também pode ser um elemento perturbador. Sabe-se hoje que, quando a mãe vive uma crise emocional grave, os movimentos do feto aumentam muito significativamente. Estudos de correlação sugerem que os bebés, cujas mães viveram situações de grande stress durante a gravidez, apresentam grande instabilidade e excesso de choro, durante a primeira infância.
A Psicologia Pré-natal e Sua Importância para a Saúde Emocional
Psicologia Pré-natal é o estudo do comportamento e do desenvolvimento, tanto evolutivo como psico-afetivo-emocional do indivíduo, no período anterior ao seu nascimento.
Os estudiosos desse saber creem que as experiências pré e perinatais (do nascimento) exercem uma profunda influência na saúde e no comportamento humano. Acreditam que a vida é um contínuo que se inicia antes da concepção e que, neste período de formação, a mãe e a criança estão intimamente interligadas. Uma experiência pré e perinatal de amor e aceitação propicia vínculo e sensibilidade com relação aos outros. O vínculo traz consequências para o resto da vida, influindo nos relacionamentos do indivíduo e na dinâmica da sociedade.
Thomas Verny, em seu livro ‘A Vida Secreta da Criança Antes de Nascer’, afirma, dentre outras coisas, que o bom relacionamento do feto com sua mãe constitui uma espécie de seguro de saúde mental.
Na prática psicoterápica é comum vermos casos de pessoas com uma acentuada insegurança emocional, ou com uma incapacidade de decidir por si mesmas, ou com uma autoestima baixa e insatisfação pela vida. Muitas vezes, essas desordens psicológicas podem ter origem antes da vida adulta, da adolescência ou da infância. O ser humano começa a ser modelado, recebendo influências já na sua vida intrauterina. Estas influências são carregadas ao longo de sua vida, quer elas sejam positivas ou negativas. A rejeição materna pode ser a causa dessas e outras desordens emocionais e, também, de transtornos orgânicos, no caso de recém-nascidos.
A Psicologia Pré-natal, estudada hoje em dia em muitos países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Áustria, Suécia, Austrália, Nova Zelândia e Brasil, é uma disciplina nova, surgida na década de 1970, que reúne profissionais de diversas áreas, a saber, psicólogos, psiquiatras, obstetras, ginecologistas, pediatras, endocrinologistas, psicanalistas, geneticistas, embriologistas, parteiras, enfermeiras e outras profissões ligadas à Saúde e às Ciências Sociais.
Devido às janelas de observação de que se dispõe agora, que são as novas tecnologias, não se pode mais pensar que a placenta possa proteger a criança pré-natal das coisas ruins que acontecem no corpo da mãe, ou que o corpo da mãe possa proteger a criança das coisas ruins que acontecem no mundo. A mãe e o bebê encaram juntos os perigos do ar, da água e da terra, comprometidos por resíduos tóxicos da química e física modernas.
Por outro lado, as pesquisas vêm revelando as reais capacidades da criança em gestação: seu desenvolvimento sensorial precoce, sua rara sensibilidade e capacidade de resposta e sua capacidade de aprender do que está acontecendo no mundo de sua mãe e de seu pai. O ambiente pré-natal, então, pode ser uma bênção ou uma infelicidade, dependendo dos pais.
O feto é um ser com capacidade de perceber e distinguir sons, luz, paladar, a voz da mãe e do pai e de registrar sensações. Ele é influenciado pela química das emoções da mãe, que são transmitidas a ele via placenta. À medida que se desenvolve e sente a si mesmo como um ser individual, a criança em gestação é mais e mais modelada pelo conteúdo puramente emocional das mensagens maternas. Nesse processo de desenvolvimento, ela vai formando a sua personalidade.
Também o nascimento pode ser um momento de alegria e formação de vínculo com a mãe, ou pode ser um evento traumático para a criança, dependo da maneira como é praticado. As práticas frias e agressivas de obstetras, pediatras e neonatologistas, que não levam em consideração a sensibilidade física e emocional do indivíduo ao nascer, deixam marcas no corpo e na alma do indivíduo por anos a fio. Apesar do trabalho consistente de profissionais e teóricos como Otto Rank, Arthur Janov, Stanislav Grof, Leboyer, Elizabeth Nobel, David Chamberlain, entre outros, ainda persiste a ideia entre alguns profissionais de
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