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Psicodrama de moreno

Por:   •  3/5/2015  •  Artigo  •  5.737 Palavras (23 Páginas)  •  592 Visualizações

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Autora:[pic 1][pic 2]

Orientador :

Instituição

Universidade Anhanguera Uniderp

Curso

Psicologia

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UMA COMPREENSÃO SOBRE A TEORIA DE PAPÉIS NO PSICODRAMA

ResuMO

A pesquisa, de cunho bibliográfico, tem a intenção de investigar como é possível ressignificar papéis que são vivenciados no cotidiano. O ápice pode ser atingido por meio da dramatização, em grupos, que se encontram imbuídos de uma mesma finalidade. É, então explorado suas infinitas possibilidades de criatividade e espontaneidade, através do imenso significado que os papéis assumidos dentro de um grupo possuem. A produção acadêmica, gira em torno dos fundamentos do Psicodrama em Jacob Levy Moreno, por aspectos inovadores trazidos pela cena dramática do Psicodrama e pelas construções de espaços terapêuticos que fogem ao setting tradicional. Foi abordado neste trabalho sua relevância clínica através dos seguintes pontos: O Psicodrama, o Positivismo e a Teoria dos Papéis.

Palavras-Chave: Psicodrama. Positivismo. Teoria de Papéis.


1. INTRODUÇÃO

O psicodrama, como é do conhecimento comum, foi concebido primeiramente em Viena (Áustria), no ano de 1921, pelo renomado médico Jacob Levi Moreno. Esse entendimento se deu a partir da sua atração pelos acontecimentos psicológicos que, para ele, ocorrem nas atividades dos pequenos grupos sociais. A literatura aponta que o psicodrama se iniciou no Brasil, no munícipio de São Paulo, na década de 60.

Originariamente a caminhada de Moreno está cingida ao teatro de improvisação e ao desenvolvimento de psicoterapia de grupo. Esta era uma qualidade especial de tratar o conjunto de modo abrangente e os seus membros peculiarmente através da mediação do grupo. A psicoterapia de grupo, para Moreno, tem por fundamentação três raízes: medicina, sociologia e a religião. Deste modo, o homem é um ser transcendental e não apenas orgânico e natural e o grupo terapêutico é uma forma cósmica, ou seja, permite que se vá além do social e da medicina.

O método psicodramático descrito por Moreno objetiva acima de tudo completar as lacunas que por ventura sejam deixadas pela psicoterapia de grupo, uma vez que a terapia de grupo se baseia tão somente na linguagem verbal e consequentemente não dá conta de todo o conjunto das características psíquicas ou mentais de um indivíduo.

Este método investe contra a terapia de grupo e eclode no momento em que um membro do grupo, particularmente, vivencia alguma adversidade com um sentimento intenso e sente a essencialidade de tornar viva a circunstâncias, através da encenação dramática onde ele representa de modo teatral com o grupo ou para o grupo os papéis escolhidos por ele e/ou pelo grupo. Sendo assim, acontece uma transformação natural e espontânea de uma simples psicoterapia de grupo para um psicodrama de grupo.

O psicodrama pode ser deliberado como método que se embrenha na verdade da alma, através da ação. Para que aconteça esse entrelaçamento é preciso que sejam utilizados os seguintes instrumentos: o cenário (local onde acontece a ação); o protagonista (ator principal); o diretor terapêutico (terapeuta, médico); equipe de terapeutas auxiliares (egos auxiliares) e o público.

No psicodrama, o protagonista – personagem principal – tem o total controle da trama, sob ele recaí toda a responsabilidade de vivenciar o papel que lhe foi determinado.

Ele retorna à integralidade de seu habitat natural no espaço e no tempo. O protagonista do sofá do terapeuta e da cadeira está agora livre dos locais convencionais. Estes são elementos cênicos ocasionais numa área aberta a pessoas e objetos potenciais.

O protagonista está se movimentando, atuando, falando, como em sua própria vida; ocasionalmente, não está obrigado a nada, a sua tarefa é apenas a de ser.

O âmbito de seu ser pode, às vezes, estar tão rígido em termos de estrutura como estão as realidades sociais à sua volta. Em outros momentos, esse âmbito poderá conter irrealidade de um sonho ou de mundo lunático. Algumas vezes poderá ser um lugar para a lógica da realidade, outras, o lugar para a lógica da fantasia, e finalmente um lugar para experiências procedentes da terra da "alógica” e da "inexistência".

O que precisa ser esclarecido é que estes espaços poderão ser os mais diversificados possíveis, como por exemplo, ser uma sala, uma rua, uma calçada, um atalho, um trecho do céu, todos os meios de comunicação rápida. Mas, vale dizer, poderá também ter estruturas espaciais e temporais que não existem, configurando o âmbito do "supra" existencial.

O psicodrama colabora com a espontaneidade do homem. Através desse método é possível expressar a imaginação e a espontaneidade da própria existência do homem. Na obra de Moreno denominado Ding "ausser" Sich – a coisa fora de si. Este homem, objeto de observação de Moreno, vem à tona na formação de uma teoria sofisticada e delicadamente escrita a respeito da espontaneidade ou da existência.

A pesquisa, de cunho bibliográfico, tem a intenção de investigar como é possível ressignificar papéis, vivenciados no cotidiano, por meio da dramatização, abordado neste trabalho sua relevância clínica através dos seguintes pontos: O Psicodrama, o Positivismo e a Teoria dos Papéis.

Quando é feita a abordagem sobre o psicodrama, esta leva à constatação que há a evidência da interação humana neste método. O positivismo é ressaltado em razão de o ideário positivista ser o responsável pelo conhecimento no âmbito das ciências humanas e o psicodrama de Moreno foi aclamado como um método em analogia com os padrões da cientificidade. Em relação à teoria dos papéis é pertinente afirmar que esta é o recurso que se pode buscar para que se trabalhe com as possibilidades que um personagem ou função seja assumida na realidade social.

2. O PSICODRAMA

Além de expressar o drama no palco, o psicodrama destaca a qualidade dramática do convívio entre os homens em geral, pela forma como as pessoas se concatenam e refletem sobre suas trocas. Na vida, quando as pessoas se relacionam em situações concretas, tem-se o tempo todo o envolvimento dramático uns com os outros.

Farmer[1] faz a seguinte declaração acerca do psicodrama:

Todos somos dramáticos, uma vez que pensamos sobre nós mesmos em termos dramáticos; sabemos que estamos sendo observados ou testados pelas pessoas com quem interagimos. Juntos cada um de nós conspira para criar na vida nossos próprios papéis de vítima e tirano, perdedor e vencedor, e assim por diante. Essa é também a linguagem do drama que vai para o palco. (FARMER, 2004, p. 23)

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