Psicologia Do Desenvolvimento: Ciclo Vital
Artigo: Psicologia Do Desenvolvimento: Ciclo Vital. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Daniluna • 24/9/2013 • 1.890 Palavras (8 Páginas) • 3.779 Visualizações
Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital
Velhice
Terceira idade
Introdução
As pessoas hoje estão vivendo mais e melhor do que em qualquer época da história. Com melhores hábitos de saúde e assistência médica, é cada vez mais difícil determinar o limite entre a idade adulta e o início da terceira idade.Algumas pessoas de 70 anos agem, pensam e sentem-se como as de 50 anos. Como as pessoas de todas as idades, eles têm necessidades, desejos, capacidades, estilos de vida e experiências culturais variáveis. (PAPALIA, E. D.; OLDS,S. W. & FELDMAN, R. D; Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Terceira Idade in Desenvolvimento Humano 8ª ed. Porto Alegre: 2006, Artmed Editora SA. Cap. 17 ). Alguns autores, como Aristóteles e Sêneca, comparavam a velhice à enfermidade, para Aristóteles a velhice era uma "doença natural" e para Sêneca "uma doença incurável". Também era comum algum tipo de analogia entre a criança e o idoso. Mas para Romano Guardini essa analogia entre a infância e a velhice é superficial, pois a criança é mais frágil e menos capaz de defender-se por si mesma. Além disso, são idades totalmente diferentes: por um lado, enquanto em uma predomina o crescimento e o futuro, na outra prima a decadência. (GRIFFA, M. C. Velhice in Chaves para a psicologia do desenvolvimento, Tomo 2. São Paulo: Paulinas, 2001. Cap. 7 p. 95-119) . No Brasil, os idosos representam 8,6% da população total do País. De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de idosos no Brasil cresceu 17%, entre a década de 1990 a 2000. Atualmente o País tem cerca de 20 milhões de idosos. Em 2025, esse número deve passar para 32 milhões. Fonte: (http://www.brasil.gov.br).
Em entrevista realizada com duas senhoras de classes sociais distintas, abordaremos alguns fatores que contribuem para uma melhor qualidade de vida do idoso nos dias de hoje. As mudanças físicas e psicológicas que são inevitáveis. Como cada uma delas lida com a idade, como se relacionam com as pessoas. Quais são suas preocupações, medos, frustrações e sonhos.
Segue em anexo os dados coletados nas entrevistas e os conhecimentos científicos adquiridos na disciplina
Dados de Identificação :
A.S.M, 65 anos de idade. Sexo feminino. É a terceira filha de quatro irmãos. Cursou até a 5ª série do ensino fundamental. Casada, mãe de quatro filhos e avó de dez netos. Seu nível socioeconômico é médio. A.S.M mora em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal.Trabalhou por muitos anos como doméstica e atualmente é dona de casa.
Dados da Pesquisa:
Um dos maiores prazeres de A.S.M é cuidar dos netos. Em sua rotina diária, ela faz caminhada, pois se sente mais disposta ao longo do dia. Está sempre bem humorada e convive bem com pessoas de diferentes idades, entre elas, os amigos dos filhos, que a chamam de tia e têm absoluto respeito por ela. A.S.M percebe que pessoas da mesma idade que ela e/ou mais novas, acabam se isolando da sociedade e reclamam muito da vida, seja por motivos de saúde e até mesmo financeiros. Mas A.S.M julga-se feliz por ter uma família grande e unida, porém, preocupa-se com o futuro dos filhos e netos, principalmente nas questões sociais. Um de seus sonhos é vê-los formados e bem empregados, outro sonho, é viajar com o marido, conhecer alguns lugares e descansar da correria do dia a dia. Revelou-nos ainda, que ama o marido, mas que a vida sexual diminuiu com a idade.
Dados de Identificação :
R.S.R, 72 anos de idade. Sexo feminino. É a segunda filha de quatorze irmãos. Cursou até a 4ª série do ensino fundamental. Nasceu no Estado do Maranhão. Casada há 48, mãe de tres filhos e avó de sete netos. Seu nível socioeconômico é médio. R.S.R mora no Cruzeiro, região administrativa do Distrito Federal e é dona de casa.
Dados da Pesquisa:
A rotina de R.S.R é simples, ela cuida da casa de um modo geral; faz faxina e almoço . Uma das maiores distrações é cuidar das plantas que cultiva em casa. Ouve musicas bem românticas para lembrar o passado, mas seu marido não gosta. Mantem contato com parentes que moram distantes e sempre que pode viaja para visita-los. R.S.R tem uma família grande e unida, e se relaciona muito bem com ela. Em relação ao convívio com outras pessoas, A.R.S sente dificuldade em relacionar-se com pessoas mais jovens, pois se sente desrespeitada por causa da idade. Ela disse que tem um sonho impossível, que queria ter um marido carinhoso. Quando se fala em morte, sua única preocupação é com o espírito e não com o corpo, para onde vai depois da passagem. As vezes ela tem certeza de vai para o paraíso, outras vezes não.
Velhice
Os estereótipos sobre envelhecimento refletem ideias errôneas muito comuns: de que as pessoas mais velhas geralmente estão cansadas, que têm pouca coordenação motora e que são propensas a infecções e acidentes; que a maioria delas vive internada; que estão isoladas dos outros; que não usam seu tempo de maneira produtiva; que são grosseiras, mau humoradas e excêntricas. A terceira idade é um período normal do ciclo de vida, com seus próprios desafios e com suas oportunidades.
Os cientistas sociais que se especializam no estudo do envelhecimento se referem
a três grupos de adultos mais velhos: os "idosos jovens", os "idosos velhos" e os
"idosos mais velhos". Cronologicamente, o termo idosos jovens geralmente refere-se a
pessoas de 65 a 74 anos, que costumam estar ativas, cheias de vida e vigorosas. Os idosos velhos, de 75 a 84 anos, e os idosos mais velhos, de 85 ou mais anos, têm maior tendência para a fraqueza e para a enfermidade e podem ter dificuldade para desempenhar algumas atividades da vida diária.
Modificações corporais
As modificações corporais são mais notórias entre os 75 e os 80 anos (involução ou decrepitude). O idoso encurva-se, seus ligamentos e articulações enrijecem-se, seus
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