Psicologia Hospitalar

Psicologia Hospitalar

A psicologia tem como objeto de estudo o comportamento humano e seus processos mentais, e visa à promoção de saúde em sua totalidade.

Neste capitulo será abordado o que é a psicologia hospitalar, como é o trabalho do psicólogo nessa área, quais são seus objetivos e os desafios enfrentados no dia-a-dia.

Desde a década de 1940, o hospital passou a ser referência em saúde, conceito que persiste até hoje. Provavelmente, esse é o motivo pelo qual a profissão do psicólogo na área da saúde, é chamada de psicologia hospitalar.

Segundo Miranda (2013):

O objetivo principal da psicologia hospitalar é auxiliar o paciente em seu processo de adoecimento, visando á minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. Esse profissional deve prestar assistência ao paciente, bem como seus familiares e a equipe de serviço. http://psicologado.com/atuação/psicologia-hospitalar/a-psicologia-hospitalar

O fato de adoecer acarreta um leque de desorganização e transtornos na vida do paciente, transformando sua subjetividade, pois este sai de sua rotina, do conforte de seu lar e do convívio com amigos e familiares; deparando-se com a hospitalização e perda de sua identidade, onde acaba virando muitas vezes, um mero número de prontuário.

Nesse momento, o psicólogo hospitalar entra em cena, com o objetivo de confortar o paciente e/ou sua família, buscando diminuir o sofrimento psíquico, frente à doença.

A pioneira da psicologia hospitalar no Brasil foi Mathild Neder, que atuou no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, então (COT), no suporte psicológico pré e pós-cirúrgico, à pacientes submetidos a cirurgias de coluna. Trabalho que se estendia à família desses pacientes e à equipe de médicos e enfermeiros.

Neder nasceu em Piracicaba (SP) em 1923. Em 1946, terminou sua graduação em Pedagogia. Especializou-se em diversas áreas, tais como: Psicologia Educacional, Sociologia Educacional, Administração Escolar, Pedagogia e Psicologia Clínica na USP.

Mathilde destacou-se no Brasil não só pela sua atuação em Psicologia hospitalar, mas também na criação e coordenação de cursos de Psicologia em nível superior.

Segundo Neder(2011, p. 47):

O psicólogo da instituição hospitalar, procedendo à assistência psicológica ao paciente hospitalizado, tem sempre em mente que seu trabalho envolverá, necessariamente, alguma forma de atenção à família de seu paciente, seja para ter sua colaboração, para dar-lhe orientação ou para proporcionar alguma forma de terapia, inclusive a psicoterapia, seja no hospital ou no domicílio. E a psicoterapia deverá ser breve porque, em geral, é curto o tempo previsto para a permanência do paciente no hospital.

A presença constante da família durante o período de hospitalização tem um papel tão fundamental quanto o dos médicos, enfermeiros e medicações, pois os familiares trazem suporte emocional ao paciente, transmitindo-lhes segurança para passar por esses momentos difíceis.

Justamente por servir como alicerce para os pacientes, os familiares também precisam de auxílio psicológico, onde recebem orientações de quais são suas funções e sua importância no processo de recuperação do hospitalizado.

Segundo Torezan, Calheiros, Mandelli e Stumpf (2009, p.134)

A regulamentação da prática profissional do psicólogo se deu na década de 60, momento em que o campo de atuação nos hospitais começa a definir-se. Conforme afirma Sperani (2000), no fim da década de 50 e durante a década de 60, a psicologia foi crescendo e inserindo-se no contexto do hospital geral. Desde então, a psicologia hospitalar vem evoluindo no sentido de um refinamento teórico, da construção de um novo saber e da definição de uma identidade profissional.

Portanto, entre as décadas de 50 e 60, a psicologia hospitalar passa a ganhar espaço e torna-se um novo campo de atuação para o psicólogo.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2003), dentre as funções do psicólogo hospitalar estão: atendimento psicoterapêutico; organização e atendimento; atendimentos em ambulatórios e UTI; pronto atendimento nas enfermarias; dentre outros.

Em 1997 foi fundada a Associação Brasileira de Psicologia Hospitalar, com o objetivo de reunir, difundir pesquisas na área, organizar e definir as atividades da profissão, junto ao CFP.

Em 2000, foi regulamentado