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Psicologia Pessoas Com Necessidades Especiais

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Por:   •  17/4/2013  •  2.153 Palavras (9 Páginas)  •  2.411 Visualizações

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Desde os primórdios, a estrutura das sociedades sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.

É mais fácil prestar atenção aos impedimentos e as aparência de tais pessoas do que em seu potencial e suas capacidades.

A implementação de algumas ações de educadores e de pais na escola tem promovido a inclusão, tentando resgatar o respeito humano e a dignidade para possibilitar o desenvolvimento e acesso a todos os recursos da sociedade.

Em junho de 1994 ocorreu um evento que culminou a Declaração de Salamanca a qual transcreve alguns pontos importantes aos quais a partir destes, pode-se refletir o mudar a atual realidade tão discriminatória.

Segue alguns pontos importantes que constam na Declaração de Salamanca:

- toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;

- toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas;

- sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades;

- aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades;

- escolas regulares, que possuam tal orientação inclusiva, constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos;

- adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política, matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes razões para agir de outra forma;

- encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades e organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento e tomada de decisão concernentes à provisão de serviços para necessidades educacionais especiais;

- invistam maiores esforços em estratégias de identificação e intervenção precoces, bem como nos aspectos vocacionais da educação inclusiva;

- garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.

Independente de suas dificuldades, toda criança deve ser inserida no contexto escolar.

Invistam em estratégias para identificar e intervir precocemente.

Quando houver mudanças sistêmicas, programas de treinamento de professores sejam gerados promovendo educação inclusiva.

Cabe a Unesco, enquanto a agência educacional das NaçõesUnidas;

- a assegurar que educação especial faça parte de toda discussão que lide com educação para todos em vários foros;

Mobilize o apoio de profissionais de ensino em questões relativas ao aprimoramento dos professores no que diz respeito a necessidades educacionais especiais entre outros.

A inclusão social foi fortalecida pela Declaração de Salamanca, porém ela não resolve todos os problemas das pessoas portadoras de necessidades especiais, pois o processo de exclusão é anterior ao período de escolarização iniciando-se no nascimento ou exatamente no momento em aparece algum tipo de deficiência física ou mental, adquirida ou hereditária, em algum membro da família. Isso ocorre em qualquer tipo de constituição familiar, sejam as tradicionalmente estruturadas, sejam as produções independentes

e congêneres e em todas as classes sociais, com um agravante para as menos favorecidas.

O nascimento de um bebe com deficiência física altera consideravelmente a rotina do lar. A dinâmica familiar fica fragilizada

Os pais logo se perguntam: por quê? De quem é a culpa? Como agirei daqui para frente? Como será o futuro de meu filho?

Os médicos raramente esclarecem ou informam, aos familiares de portadores de deficiência, as possibilidades de desenvolvimento, as formas de superação das dificuldades, os locais de orientação familiar, os recursos de estimulação precoce, os centros de educação e de terapia.

Os pais ou responsáveis que cuidam desses portadores de deficiência tornam-se portadores de necessidades especiais, eles são carentes de orientação e acesso aos grupos de apoio.

As deficiências físicas, tais como paralisias, ausência de visão ou de membros, causam imediatamente apreensão mais intensa por terem maior visibilidade. Já a deficiência mental e a auditiva, por sua vez, é pouco percebida inicialmente pelas pessoas, mas causam mais estresse, à medida que se tom a consciência da realidade das mesmas.

A sociedade tende a ver a deficiência como um peso ou problema crônico. Isso pela falta de informação e conhecimento. Os deficientes que podem ser surdos, cegos, ou com deficiências mentais ou físicas, tornam-se seres incapazes. É necessário muito esforço para superar este estigma.

Em população de baixa renda esta situação se intensifica pois a falta de recursos econômicos diminui as chances de um atendimento de qualidade.

Tem-se aí um agravante: o potencial e as habilidades dessas pessoas são pouco valorizados

nas suas comunidades de origem, que, obviamente, possuem pouco esclarecimento a respeito das deficiências. Onde estão as causas da exclusão dessas pessoas no Brasil?

No plano de governo, o que se vê são programas, propostas, projetos, leis e decretos com lindas e sonoras siglas, que ficam, na maioria das vezes, só no papel. Programas similares e simultâneos são lançados em duas ou três pastas, sem que haja integração de objetivos e metas entre eles

Existem reações de omissão, preconceituosa quando de diz sobre o atendimento às necessidades dos portadores de deficiência, e pode ser notada nos órgãos públicos os quais só criam volume, burocracia e não apontam para soluções, pois todos transferem o “problema” para

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