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Psicologia da Idade Moderna (séc. XIX): Tendências isoladas da época que desenvolveram-se fora do cenário das correntes científicas e filosóficas

Por:   •  31/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  2.195 Visualizações

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Luciana Armando Paulo Elias

Luciana Armando Paulo Elias

Nincha Faita Amade

Sónia Cecília Germano Nampui  [pic 3]

Teotonio Elídio Zaqueu

Xavier Agostinho Muputiua

Psicologia da Idade Moderna (séc. XIX): Tendências isoladas da época que desenvolveram-se fora do cenário das correntes científicas e filosóficas

Trabalho de carácter avaliativo da Cadeira de História da Psicologia a ser entregue ao docente MA. Juvenal Maricane M. Inruma Curso de Psicologia, 2º Ano Pos-Laboral

Universidade Pedagógica

Nampula

2017

Índice

Introdução        5

Psicologia da Idade Moderna (séc. XIX)        6

Tendências isoladas da época que desenvolveram-se fora do cenário das correntes científicas e filosóficas        6

Psicologia do acto        6

Psicologia fenomenológica        7

Escola romântica e naturalista        8

Conclusão        10

Bibliografia        11

Introdução

Para a ascensão da Psicologia como ciência autónoma existiram duas raízes fundamentais (científicas e filosóficas) que à elevaram a está categoria porém, a que referir também das correntes ou tendências que não foram incorporadas por ela durante o percurso e que contribuíram para o surgimento de novas escolas como a Gestaltista e Funcionalista.

O presente trabalho visa abordar sobre as Tendências isoladas da época que desenvolveram-se fora do cenário das correntes científicas e filosóficas com o objectivo de mencionar as tais tendências; identificar os principais representantes e o contributo que cada uma trouxe para a Psicologia.

Para a elaboração do trabalho fez-se o uso do método de levantamento bibliográfico, o mesmo obedece a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia onde cita as obra usadas.  

Psicologia da Idade Moderna (séc. XIX)

Tendências isoladas da época que desenvolveram-se fora do cenário das correntes científicas e filosóficas


Para complementar o cenário do nascimento da psicologia científica é importante lembrar a presença de outras correntes que foram suas contemporâneas e que não foram incorporadas por ela. Embora derivadas de algumas raízes comuns à psicologia científica, deram outro enfoque à psicologia, como se verá a seguir.


Embora Wundt ocupasse o maior espaço dentro do cenário da psicologia, no final do século XIX, ele não reinou soberano. Muitos psicólogos actuaram de forma efectiva, mantendo pontos de vista diferentes do seu e do que foi sistematizado na psicologia científica. Rejeitaram, a priori, a análise da consciência e a sua decomposição em elementos, como fazia o sistema wunditiano. Eram, pois, contra o
elementismo e o associacionismo. Viam os fenómenos mentais como totalidades.

 Entre as principais, destacam-se: a psicologia do acto, a fenomenológica e a romântica. Seus representantes foram respectivamente: Franz Brentano, Edmund Husserl e Rousseau.

Psicologia do acto

Franz Brentano (1838-1917), alemão, de origem italiana, foi o criador da psicologia do acto, ponto que o distinguiu de Wundt Define a psicologia como ciência da alma. Em consequência, dá um dinamismo ao processo mental que significa, no seu entender, um acto (acção) que é distinto de um estado psíquico.

O acto ou a acção mental não tem um conteúdo em si mesmo, ele se refere a um objecto exterior. Assim, os fenómenos da audição e da visão são processos ou actos psicológicos, enquanto, o som percebido ou o objecto percebido são o conteúdo do acto. O amor e o ódio são processos ou actos mentais, e, como tal, se dirigem para alguma coisa, algum objecto, alguma pessoa.

 A consciência, assim, se direcciona para um objecto, que se define como objecto intencional e não físico ou material. O que é psicológico é o acto de ver, sentir, imaginar e não o objecto visto, imaginado. O processo ou acto precisa do conteúdo, mas é distinto dele, representa um objecto que está fora dele. Por conseguinte, os processos mentais ou psicológicos são actos e não conteúdo, como quer Wundt Distingue assim o fenómeno físico do psíquico. Considera, ainda, que os actos psíquicos são globais, são totalidades e que, portanto, não se decompõem em seus elementos.

 Para Brentano, só se podem decompor os objectos e corpos da física, da química, e não os psicológicos. Assim, para o estudo dos actos psíquicos, dever-se-ia usar o método empírico da observação e não o da experimentação. Por isso, rejeitava a ideia de uma experimentação sistemática e constante de tudo, como é praxe na psicologia experimental wunditiana.

A experimentação deveria ser apenas em pontos cruciais, aqueles que fossem necessários para esclarecer questões vitais da psicologia. A psicologia do acto é, assim, contra toda psicologia que tem por princípio o elementismo e o associacionismo. Foi, por isso, considerada a precursora da escola da gestalt.

Psicologia fenomenológica

Carl Stumpf (1848-1936) e Edmund Husserl (1859-1938).

A outra tendência a que se referiu acima é a da psicologia fenomenológica. Seus representantes foram Carl Stumpf, e principalmente Edmund Husserl, considerado seu representante maior, foi quem a desenvolveu. Alemães eram rivais de Wundt e ligados a Brentano. As ideias básicas da escola fenomenológica encontravam-se em Brentano. Como este, identificam as funções mentais como processos psicológicos ou actos e conservam a visão de intencionalidade dos actos em relação aos objectos. Stumpf considera que os processos ou factos primários são fenómenos que devem ser estudados imparcialmente, tal como aparecem na observação.

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