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Psicologia do Esporte

Por:   •  22/5/2015  •  Artigo  •  1.537 Palavras (7 Páginas)  •  324 Visualizações

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        A Psicologia do Esporte, juntamente com a Antropologia, Filosofia e Sociologia do Esporte, formam as chamadas Ciências do Esporte. A Psicologia do Esporte, em especial, propõe um estudo do homem  do esporte através do deslocamento do olhar biológico para um olhar voltado ao ser humano como um todo, valorizando não apenas as suas necessidades e transformações físicas mas, principalmente, valorizando seu bem-estar e necessidades psíquicas.

        Na dinâmica em que a Psicologia do Esporte está inserida, há outras disciplinas que se preocupam com essa relação entre homem e esporte. Porém, infelizmente, a relação entre essas ciências ainda não compõem uma relação de interdisciplinaridade, pois não se trata de um processo de integração recíproca entre estas disciplinas e campos de conhecimentos. A relação entre a Psicologia do Esporte e as demais ciências que andam juntamente com ela é de pluridisciplinariedade, ou seja, de uma superposição de disciplinas, que não estabelecem relação aparente. Assim, a pluridisciplinaridade consideraria a Psicologia do Esporte como uma disciplina da Psicologia e que, apesar de estar na mesma dinâmica que a Medicina, a Fisiologia e Biomecânica, não estabelecem entre si uma relação de coordenação.

        Temas como motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar psicológico, pensamentos e sentimentos de atletas e vários outros aspectos da prática esportiva e da atividade física têm requerido estudo e atuação de profissionais da área, visto que o nível técnico de atletas e equipes de alto rendimento está cada vez mais equilibrado, sendo dada ênfase especial à preparação emocional, tida como o diferencial.

        Apesar de esse importante olhar para a relação entre o homem e o esporte, a Psicologia do Esporte é uma disciplina considerada nova, pois somente na década de 20, de acordo com Machado (1997), que foram encontradas publicações acerca do assunto. Inclusive, Coleman Griffith foi quem realmente deu a partida na Psicologia do Esporte norte-americana; entre os trabalhos que escreveu sobre o tema destaca-se "Psicologia de Atletas" (1928) e, além disso, criou o primeiro laboratório de Psicologia do Esporte, na Universidade de Illinois (Estados Unidos).

        Na década de 1960, a Psicologia do Esporte adquiriu nova dimensão, tanto pelo fato da disseminação de congressos para a divulgação de pesquisas quanto pela organização institucional do campo. Em 1965, é erigida a Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte, que, segundo a autora, se caracterizou por ver "(...) o desenvolvimento da Psicologia do Esporte como uma resposta à necessidade do mercado, ou seja, de nossa civilização”.

        É possível visualizar uma evolução muito grande relacionada à Psicologia do Esporte que, antes, era tida apenas como uma disciplina do ramo da Educação Física. Graduandos deste curso possuem a disciplina em sua grade curricular, porém os graduandos do curso de Psicologia ainda não usufruíam desta disciplina. Nesta última década, diante de uma demanda crescente, houve a necessidade de incluir a ciência na grade curricular da Psicologia também (em algumas faculdades, de maneira opcional), uma vez que estes profissionais devem estar preparados para essa possibilidade de prática.

        

        As várias áreas de atuação

        A Psicologia do Esporte ainda é uma ciência muito recente. Nas faculdades de Educação Física, ela já tem um tratamento diferenciado, incluindo aulas específicas, mas ainda não é tratada como deveria ser nas faculdades de Psicologia, que deveriam ter pelo menos uma disciplina obrigatória que desse uma melhor noção do que esse tipo de psicólogo faz. Essa visão do ser que pratica o esporte é muito importante para não se utilizar a psicologia limitadamente como ciência do comportamento. Muito mais do que isso, a psicologia pretende desenvolver e discutir com os atletas todas outras áreas de sua vida: valores pessoais, motivações e percepções. Um atleta completo não é só um homem em seu perfeito estado físico. Como ser humano, ele é um conjunto de corpo e mente.

        Atualmente as faculdades de Educação Física têm aulas voltadas para a Psicologia do Esporte. No entanto, são raras as faculdades de Psicologia que aprofundam os estudos na área.. Os psicólogos do esporte podem assumir diversos papéis; como educador, disseminando o conhecimento; como pesquisador, com interesse nas descobertas; e como clínico, para ajudar os atletas a desenvolverem estratégias psicológicas que os levem ao alto rendimento esportivo.

        No entanto, a atuação do psicólogo esportista não se resume à atuação junto à prática de esportes de alto rendimento, há a possibilidade de atuação na prática de atividades físicas de tempo livre, na iniciação esportiva não competitiva, na reabilitação de atletas, ex enfermos ou portadores de necessidades especiais e, até mesmo, em projetos sociais ligados ao esporte.

        Nota-se, atualmente o desenvolvimento da chamada Psicologia do Esporte de Reabilitação, ou seja, os conhecimentos desenvolvidos para o uso do esporte são utilizados como instrumento de reabilitação social. Neste caso, o esporte é um meio para a reinserção do deficiente ao convívio social. Este tipo de intervenção da Psicologia do Esporte não se aplica somente aos portadores de deficiências físicas mas também às pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais como por exemplo, cardiopatas e diabéticos.

        Medidas de Avaliação e Caracterização Psicológica

A escolha da atividade física deve estar vinculada com algum tipo de prazer. "Quando uma pessoa resolve se enquadrar em um exercício no qual não sente satisfação, dificilmente conseguirá aderir, e a chance de parar é altíssima", diz a psicóloga esportiva Carla di Pierro. "A escolha é mesmo subjetiva." Um psicólogo do esporte cuida de casos específicos de atletas, mas também de pessoas que estão em conflito com a própria prática esportiva, por faltar motivação ou não se sentir realizadas. A ideia é pensar em conjunto e rever o que está acontecendo na vida, se a atividade não está descolada de quem você é.

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