Qual A Diferença Entre O Pensamento De Wilhelm Wundt E William James
Artigo: Qual A Diferença Entre O Pensamento De Wilhelm Wundt E William James. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ThaRepeker • 14/9/2014 • 3.117 Palavras (13 Páginas) • 1.208 Visualizações
Jung e os conceitos básicos da Psicologia Analítica
1. Informações Gerais
Psicologia Analítica foi o nome escolhido por JUNG para abarcar todo o seu sistema teórico. É uma obra ampla e tem raízes profundas.
Jung foi sujeito de suas próprias experiências no que se refere à investigação do inconsciente. Tudo o que ocorria com ele, incluindo os sonhos, fantasias, intuições, etc., que para a maioria das pessoas passaria despercebido, era para Jung uma fonte de pesquisa e análise. Homem extremamente intuitivo, sempre se interessou pelos fenômenos psíquicos. Foi médico e psiquiatra; nasceu na cidade de Keswill, na Suíça em 26/07/1875 e viveu até 06/06/1961. Conviveu com Bleuler, Adler, Freud e outros grandes nomes da psiquiatria. Fora da área médica, Jung manteve contatos e trocou idéias com grandes gênios como Einstein, Pauli, e outros. Estudou profundamente os grandes filósofos como Schopenhauer, Nitzsche e Kant. Foi buscar lastro para suas idéias na Alquimia, na Mitologia, nos povos primitivos da Ásia, África e Índios Pueblos da América do Norte. Visitou, entre tantos lugares, a Índia em busca de respostas para suas dúvidas mais íntimas. Filho de religiosos, seu pai era pastor luterano, desde cedo teve contato com a idéia de um Deus e bem cedo começou o questionamento sobre a origem e a finalidade da vida humana, perguntas para as quais não obteve resposta através de seu pai, nem tão pouco nos livros religiosos e escritos da época. Jung aproximou-se da filosofia e religiões orientais, conheceu e estudou o I Ching e encontrou ressonância nos simbolismos destas culturas na compreensão do desenvolvimento humano. Introduziu uma nova maneira de praticar a psicologia clínica, uma nova visão de mundo e do homem. Salientava, sempre que tinha oportunidade, que o homem deveria ser visto por inteiro, ou seja, como um todo; pertencente a uma comunidade, num determinado momento, não poderia, portanto, ser visto, dissociado do seu contexto social, cultural e universal. Quando Jung manteve contato com a obra de Freud, ficou tão entusiasmado com o trabalho deste outro gênio que não tardou em conhecê-lo. A admiração foi mútua, Freud também gostou do jovem Suíço e logo fez dele um dos difusores de suas idéias. O “casamento”, porém, durou pouco. Jung mostrava-se inquieto com algumas posições de Freud a respeito, principalmente, da teoria da libido. Freud, por sua vez, não admitia ver a sua teoria por outro ângulo, não dava abertura para outras interpretações diferentes das dele. Jung não aceitava as insistências de Freud, de que as causas dos conflitos psíquicos envolveriam algum trauma sempre de natureza sexual. Freud, por outro lado, não admitia o interesse de Jung pelos fenômenos espirituais como fontes válidas de estudo em si. O rompimento entre os dois causou profundas mágoas para ambos os lados. Mágoas que, até hoje, notam-se entre os seguidores de ambos. Não é raro deparamos com críticas sobre um ou outro nos jornais, ou obras literárias ironizando um dos dois. O rompimento de Jung com Freud, entretanto, acaba por trazer ao mundo um grande benefício. Jung teve que alçar vôo sozinho em busca de respostas para si mesmo e, de certa forma, para provar que suas idéias eram válidas e as de Freud tinham valores parciais, mergulhou no mais profundo de sua alma, conectou-se com seu inconsciente e buscou lá inspiração e coragem parar mudar a face da psicologia.
O ponto crucial do desentendimento entre os dois gênios foi ponto de partida para Jung. Enquanto a teoria de Freud busca as causas, a de Jung busca a direção, a finalidade. Enquanto para Freud a libido é somente sexual, para Jung a libido é toda a energia psíquica. Nise da Silveira, descreve libido da seguinte maneira: “Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido. A idéia Junguiana de libido aproxima-se bastante da concepção de vontade, segundo Schopenhauer. Entretanto Jung não chegou a essa formulação através dos caminhos da reflexão filosófica. Foi a ela conduzido pela observação empírica, no seu trabalho de médico psiquiatra.
Uma das maiores preocupações de Jung era a de sempre manter um “pé” na ciência, buscava sempre comprovar suas idéias, pois além de confrontar-se com as idéias do principal nome de então, Freud, tinha que se confrontar com a existente e crescente racionalidade da época.
2. Conceitos básicos
2.1. Inconsciente
O conceito de inconsciente também difere de Freud para Jung. Para Freud, o inconsciente é um depósito de rejeitos do consciente, isento de movimento e estático, se forma, portanto, a partir do consciente. Para Jung o inconsciente existe “a priori”. O ser humano nasce inconsciente e traz com ele muitos conteúdos herdados dos ancestrais. Assim, o inconsciente existe “antes”, é pré-existente ao consciente. Segundo Nise da Silveira, “Pode-se representar a psique como um vasto oceano (inconsciente) no qual emerge pequena ilha (consciente).” Para Jung, o inconsciente não é estático e rígido formado pelos conteúdos que são reprimidos pelo ego. Ao contrário, o inconsciente é dinâmico, produz conteúdos, reagrupa os já existentes e trabalha numa relação compensatória e complementar com o consciente. No inconsciente encontram-se, em movimento, conteúdos pessoais, adquiridos durante a vida e mais as produções do próprio inconsciente. Jung classificou o inconsciente em Inconsciente Pessoal (ou Individual) e Inconsciente Coletivo. O Inconsciente Pessoal ou Individual é aquela camada mais superficial de conteúdos, cujo marco divisório com o consciente não é tão rígido. É uma camada de conteúdos que se acha contígua ao consciente. Estes conteúdos subjazem no inconsciente por não possuírem carga energética suficiente para emergir na consciência. Correspondem àqueles aspectos que em algum momento do desenvolvimento da personalidade não foram compatíveis com as tendências da consciência e foram, portanto reprimidas. Também estão, no inconsciente pessoal, percepções subliminares, ou seja, aquelas que foram captadas pelos nossos sentidos de forma subliminar, que nem nos demos conta de termos contato com o fato em si. Conteúdos da memória que não necessitam estar presentes constantemente na consciência estão presentes no inconsciente pessoal. Todos estes conteúdos formam no Inconsciente Pessoal um grande banco de dados que poderão surgir na consciência a qualquer momento.
Outros importantes conteúdos estão no inconsciente pessoal; são
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