REFERÊNCIAS TÉCNICAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA POLÍTICA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Por: Marta Libutti • 5/11/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 4.082 Palavras (17 Páginas) • 493 Visualizações
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
REFERÊNCIAS TÉCNICAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
NA POLÍTICA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Marta Regina Libutti
Morgana Araujo Lara
Raíssa Esteves Rocha Santana
Wellington Marques da Silva
Zenilde Soares da Silva
SANTOS
2015
Marta Regina Libutti[pic 1]
Morgana Araujo Lara
Raíssa Esteves Rocha Santana
Wellington Marques da Silva
Zenilde Soares da Silva
REFERÊNCIAS TÉCNICAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
NA POLÍTICA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Trabalho como condição parcial da aprovação da disciplina Fundamentos da Prática Em Psicologia II do Curso de Psicologia da Universidade Católica de Santos.
Profa.: Dra. Marina T. B. Porto Vieira
SANTOS[pic 2]
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
EQUIPAMENTOS DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL
Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD)
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Estratégia de Saúde da Família (ESF)
Justiça Terapêutica
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
Programa Crack, É Possível Vencer!
Comunidades Terapêuticas
Consultórios na Rua
Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS
Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
[pic 3]
INTRODUÇÃO
A necessidade de nortear as práticas e técnicas na atuação do em políticas públicas de álcool e outras drogas, apontadas no VI Congresso Nacional da Psicologia que acometeu em 2007, visando destacar questões como a violação dos direitos humanos e dando importância as questões de redução de danos no atendimento aos usuários de álcool e outras drogas (MASSANARO et al., 2013). Aliada à crescente demanda aos cuidados do uso abusivo de tais drogas, licitas ou ilícitas, traz a luz uma preocupação necessária por parte da psicologia ao atendimento psicossocial aos usuários em condições de riscos.
Para entender o que acontece no Brasil, e como é a atuação dos psicólogos que já trabalhavam com os dependentes de álcool e outras drogas, o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) do Conselho Federal de Psicologia (CFP), realizou uma vasta pesquisa em 2009 e publicou em 2013 o “Documento de Referências Técnicas Para a Atuação de Psicólogos em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas”. Os instrumentos utilizados na pesquisa realizada pela Crepop foram questionário disponibilizado online, reuniões específicas, grupos fechados e entrevistas, onde participaram 345 pessoas, dentre psicólogos e outros profissionais que atuam com questões de dependência de álcool e outras drogas.
A pesquisa ajudou a entender como funciona os atendimentos aos dependentes de drogas por uso abusivo, como os profissionais psicólogos atuam, quais as dificuldades encontradas na área, e com as reuniões específicas e de grupo fechado com psicólogos atuantes com as políticas públicas sobre álcool e outras drogas tendo como objetivo de fomentar e aprofundar a discussão dos psicólogos sobre a “implantação e implementação da Política Pública sobre Álcool e Outras Drogas, as potencialidades do campo e as ações inovadoras.” (MASSANARO et al., 2013 p.15)
A pesquisa pode montar um importante referencial para mostrar que essa área ainda carece de muita atenção e preocupação ao que se refere ao investimento, seja financeiro, de mão de obra, infraestrutura, e até mesmo a disseminação do conhecimento sobre as Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Drogas. A partir da pesquisa o Conselho Federal de Psicologia pode elaborar o documento oferecendo aos psicólogos atuantes na área uma orientação e qualificação nas práticas psicológicas, conscientizando sobre a importância do trabalho exercido com os dependentes, principalmente no que se refere às práticas de redução de danos.
DESENVOLVIMENTO
Ao longo dos anos os psicólogos têm participado cada vez mais nas políticas públicas sobre álcool e outras drogas, eles têm desenvolvido trabalhos de sucesso com a população, valorizando como ser humano, acolhendo-os e devolvendo a dignidade de muitos usuários que abusam de álcool e outras drogas. Tais trabalhos são possíveis hoje devido ao desenvolvimento das políticas públicas sobre álcool e outras drogas, que ao longo dos anos a forma de tratar o assunto foi mudando, abrindo espaço para um olhar mais humanizado, levando em considerações fatores específicos, como os motivos que levaram a pessoa ao uso abusivo seja de álcool e/ou outras drogas.
A partir do desenvolvimento dos dispositivos da reforma psiquiátrica na década de 80, as políticas públicas começaram a tratar do tema do uso e abuso de álcool e outras drogas de modo mais integrado e levando em conta a complexidade do cuidado. (MASSANARO et al., 2013 p.36)
A mudança no tratamento aos usuários de álcool e outras drogas teve grande influência dos centros de pesquisas criados nos anos 80, principalmente no que se refere às práticas clínicas e aos cuidados que a serem dados aos usuários de álcool e outras drogas. Já na década de 90 questões voltadas para a redução de danos entram em foco, então “é dado um passo na superação dessa visão reducionista sobre o uso de substâncias psicoativas, uma vez que incentiva o protagonismo e autonomia do usuário, resgatando sua condição de sujeito na perspectiva dos direitos humanos.” (CREPOP/CFP 2013, p. 39).
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