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RELATÓRIO DA VISITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Por:   •  4/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.748 Palavras (11 Páginas)  •  1.123 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE HUMANIDADES

CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA DE PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA 1

PROFA. MARIANA TAVARES CAVALCANTI LIBERATO

GABRIELA FROTA DE PAULA PESSOA

RELATÓRIO DA VISITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

FORTALEZA

2018

SUMÁRIO

                           

                                   Introdução ..........................................  3

                                   

                                   Desenvolvimento ...............................  4

                                   

                                   Considerações Finais .........................  7

                                   Referências Bibliográficas ................  8

INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como finalidade o conhecimento, a discussão e a análise crítica do campo da Saúde Coletiva no Brasil, da atual realidade das Unidades Básicas de Saúde (UBS), da política nacional de saúde, da constituição do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua organização, e, principalmente, de compreender a inserção e o modo de funcionamento da Psicologia na Saúde Coletiva e no SUS, assinalando suas dificuldades e possibilidades. Com o intuito de sua melhor realização, foi utilizado como metodologia o que foi aprendido a partir das leituras dos textos, dos debates em sala de aula e da visita ao Posto de Saúde Dr. Luís Costa, inaugurado em 09 de março de 2016. Esse posto se localiza no bairro Benfica e responde à Regional IV, atendendo à população dos bairros Benfica, Bom Futuro, Jardim América, José Bonifácio e Damas, que corresponde a cerca de quarenta mil pessoas, segundo a coordenadora e, também, enfermeira, Julia. Para tentar atender a essa demanda, o posto conta com, em média, oitenta funcionários, entre eles, vinte e seis agentes de saúde, quatro dentistas, dois residentes, a equipe do Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC), o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que é composto por profissionais da Terapia Ocupacional, da Psicologia, da Fisioterapia e da Fonoaudiologia, estagiários de Nutrição e agentes de endemias em uma escala dividida por turnos. A visita foi realizada para que seja possível ter uma noção geral e real da atual situação e fazer associações e comparações da teoria com a prática, demarcando, também, as diferentes características e maneiras de funcionamento das UBS’s de acordo com o contexto no o qual estão inseridas.

A estrutura física desse posto de saúde é muito boa, sendo, não só bonito, mas, também, arejado e com capacidade para atender à pessoas com dificuldade de locomoção. Conta com cinco consultórios, uma farmácia, uma sala de acolhimento, onde é verificada a pressão, altura, peso e a glicemia do paciente antes de encaminhá-lo ele, de fato, ao atendimento, uma sala de observação, composta por algumas macas e que é utilizada por quem estiver recebendo medicação, uma sala de curativo, uma sala de Ginecologia e, ainda, uma sala de Odontologia. Há, ainda, uma sala de coordenação e outra para os agentes de saúde, que somam vinte e seis, ao todo.

De acordo com a coordenadora, existem reuniões semanais entre as equipes, as demandas são grandes e os públicos que mais procuram o posto são adulto e idoso, com pessoas entre quarente e setenta anos. Há, também, atendimento domiciliar uma vez por semana para pacientes encamados, como, por exemplo, vacinação para as pessoas que apresentam dificuldades de locomoção.

DESENVOLVIMENTO

Para discutir com maior propriedade a realidade das UBS’s, mais especificamente do Posto de Saúde Dr. Luís Costa, é necessário que se entenda como ocorreu a construção da saúde coletiva no Brasil, e como se chegou até hoje. A última, teve fortes influências dos movimentos pela democratização do Brasil e da saúde nesse, entre eles, principalmente, a Reforma Sanitária. Logo, segundo o texto O campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições e debates em sua constituição, de Osmo e Schraiber “o campo foi sempre desenvolvido em compromisso com a democratização e com a luta pelos direitos humanos e sociais, em um compromisso, com o coletivo”, como colocou Donnangelo (1983). Nota-se, então, que o campo da saúde coletiva está sempre atrelado e preocupado com a construção de uma oferta de saúde qualificada para todos, independentemente, do seu poder aquisitivo, a partir da comunicação entre diversas profissões, aumentando as áreas de conhecimento e, consequentemente, a capacidade de serviço.

Em 1988, foi, então, instituído pela Constituição o Sistema Único de Saúde (SUS), que vem pra defender as mudanças nas políticas e nas práticas de saúde, visando, principalmente, uma saúde “...com acesso universal, descentralizado, com controle social e financiada com recursos públicos.” (VASCONCELOS; PASCHE; 2012). O SUS é um dos maiores programas de saúde pública do mundo e oferece serviços que vão da atenção primária até a terciária. Compondo a atenção básica, há as Unidades Básicas de Saúde, que têm como objetivo serem o espaço em que a população tem o primeiro contato com a saúde pública no Brasil, então “...a partir desse primeiro atendimento, o cidadão será encaminhado para os outros serviços de maior complexidade da saúde pública (hospitais e clínicas especializadas)” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Percebe-se, então, a necessidade e importância que esses espaços têm dentro da sociedade. Porém, embora sua grande distribuição ao longo das mais diversas regiões, essa ainda não é a realidade de muita gente. Um dos motivos desse distanciamento é devido a ampla utilização dos serviços privados de saúde, pois enfraquece a força desses espaços públicos na sociedade, pois, a partir do momento em que ele não é visto pela parcela de pessoas que não o utiliza, essa acaba não prezando por sua permanência e exigindo melhorias, para o poder público, em outros setores e como as pessoas de classe baixa não costumam ter voz no país, acaba ocorrendo uma precarização da qualidade de vida da grande parcela que depende do serviço público. Esse fator também rompe com os princípios doutrinários do SUS, que são: universalidade, integralidade e equidade; uma vez em que “verifica-se na realidade a persistência de um sistema dual, ou duplicado, com uma vertente pública e outra privada, em que a clientela da vertente privada é privilegiada com acesso aos serviços dos dois sistemas” (Ocké-Reis, 2011), segundo o texto Tratado de Saúde Coletiva.

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