RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CLÍNICA: ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Por: Larissa Stankevecz • 21/11/2018 • Relatório de pesquisa • 3.705 Palavras (15 Páginas) • 6.528 Visualizações
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LARISSA CRISTINA STANKEVECZ
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CLÍNICA:
ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Foz do Iguaçu-PR
2018
CURSO DE PSICOLOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA CLÍNICA
I. Introdução
O presente relatório trata da prática do estágio curricular em Psicologia Clínica tomando-se por base a Abordagem Cognitivo Comportamental.
A disciplina Estágio Supervisionado II em Psicologia Clínica é dividida em duas etapas: Supervisão, realizada às segundas-feiras no horário de 17:45h às 19:00h com a orientação do supervisor Karine Brito e de atendimento realizado na Clínica de Psicologia do Centro Universitário Dinâmica Das Cataratas, localizado na Av. Paraná - 5661 - Vila A. Este atendimento é realizado uma vez por semana no período de uma hora. Os alunos se dividem em subgrupos de supervisão de acordo com a definição da abordagem teórica do estágio. Atualmente na faculdade dispõe de supervisores que atuam embasados em três abordagens teóricas: Psicanálise, Ludoterapia, Cognitivo-comportamental.
Sendo assim, passei a integrar um grupo de seis estagiários que escolheram atuar na Abordagem Cognitivo-comportamental.
Este relatório tem como objetivo apresentar a minha trajetória durante o estágio. Relatando as vivências comuns ao grupo de estágio, além das opiniões provenientes de vários momentos de troca e discussões a respeito das experiências vividas. E, individualmente, registro dos aspectos particulares da minha vivência.
A tabela abaixo apresenta informações sobre o número de sessões, a duração das sessões, o dia da semana e a data em que ocorreram os atendimentos, resultando em um período aproximado de dois meses de atendimento. O período de atendimento descrito na tabela e as informações contidas correspondem ao atendimento de um paciente, no entanto o paciente obteve algumas faltas, realizando apenas 3 sessões presente.
Número da sessão | Duração da sessão | Dia da semana | Data de atendimento |
Sessão 1 | 50 minutos | Quinta-feira | 27/09/2018 |
Sessão 2 | 50 minutos | Quinta-feira | 04/10/2018 |
Sessão 3 | 50 minutos | Quarta-feira | 10/10/2018 |
Sessão 4 | 50 minutos | Quinta-feira | 25/10/2018 |
Sessão 5 | 50 minutos | Quinta-feira | 01/10/2018 |
Sessão 6 | 50 minutos | Sexta-feira | 16/11/2018 |
II. Fundamentação teórica da abordagem
Fundamentos Históricos da Terapia Cognitivo- Comportamental
As terapias cognitivo-comportamentais surgiram a partir da terapia comportamental tradicional, que, por sua vez, foi uma inovação das abordagens comportamentais radicais aos problemas humanos. A principal distinção entre as terapias cognitivo-comportamentais e as terapias comportamentais, como já mencionada, é a incorporação da perspectiva mediacional nas abordagens cognitivo-comportamentais aos problemas. Esse fenômeno de incorporação ocorreu em diferentes momentos com diferentes abordagens cognitivo-comportamentais, mas principalmente durante o final da década de 1960 e na primeira parte da de 1970 (Kazdin, 1978).
Embora a perspectiva comportamental tenha sido a força dominante por um certo tempo, no final da década de 1960, estava ficando claro que uma abordagem não mediacional não seria suficientemente ampla para explicar todo o comportamento humano (Mahoney, 1974).
Os primeiros textos na área da terapia cognitivo-comportamental (Beck, 1967) traziam afirmações que rejeitavam sumariamente a ênfase psicanalítica nos processos inconscientes, em material histórico e na necessidade de uma terapia de longa duração baseada no desenvolvimento de insight sobre a relação de transferência e contratransferência.
Todas essas tentativas de delinear perspectivas de autocontrole sobre a modificação do comportamento compartilhavam a idéia de que o indivíduo tem capacidade de monitorar o seu comportamento, de definir objetivos internos para o comportamento, e de orquestrar as variáveis ambientais e pessoais para alcançar alguma forma de regulação do comportamento de interesse.
Outro aspecto do início da formação das terapias cognitivo-comporta-mentais foi o desenvolvimento e a identificação de diversos teóricos e terapeutas que se identificavam como de orientação cognitivo-comportamental. Algumas das pessoas que começaram esse processo explicitamente foram Beck (1967, 1970), Cautela, (1967, 1969), Ellis, (1962,1970), Mahoney (1974), Mahoneye Thoresen (1974) e Meichenbaum (1973, 1977).
Semelhanças e Diferenças Entre as Tccs
Os termos terapia cognitiva (TC) e o termo genérico terapia cognitivo-comportamental (TCC) são usados com frequência como sinônimos para descrever psicoterapias baseadas no modelo cognitivo. O termo TCC também é utilizado para um grupo de técnicas nas quais há uma combinação de uma abordagem cognitiva e de um conjunto de procedimentos comportamentais. A TCC é usada como um termo mais amplo que inclui tanto a TC padrão quanto combinações teóricas de estratégias cognitivas e comportamentais.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um termo utilizado para descrever as intervenções psicoterapêuticas que visam reduzir o sofrimento psicológico e o comportamento desajustado, alterando processos cognitivos (Kaplan et al., 1995).
Portanto, a TCC abarca os elementos essenciais tanto das teorias cognitivas como comportamentais.
Psicoterapia cognitivo-comportamental é uma prática de ajuda psicológica que se baseia em uma ciência e uma filosofia do comportamento caracterizada por uma concepção naturalista e determinista do comportamento humano, pela adesão a um empirismo e a uma metodologia experimental como suporte do conhecimento e por uma atitude pragmática quanto aos problemas psicológicos” (RANGÉ, 2001, p.35).
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