RESENHA CRITICA SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

Secretaria de Estado de Saúde

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde – FEPECS

Escola Superior em Ciências da Saúde – ESCS

Programa de Residência Multiprofissional

Saúde do Adulto e do Idos

ALICE SILVA

REGIS PEREIRA ANDRADE

RESENHA CRÍTICA SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE ABANDONO, ABUSO E VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS

BRASÍLIA – DF

2020

ALICE SILVA

REGIS PEREIRA ANDRADE

RESENHA CRÍTICA SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE ABANDONO, ABUSO E VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS

Resenha apresentada para a disciplina do Eixo transversal Sul da turma R1s do Programa de Residência em saúde do Adulto e do Idoso, da FEPECS – Fundação de Ensino e Pesquisa em Saúde

Tutora Enfermeira: Maria José Batista

BRASÍLIA – DF

2020

Resenha: LOPES, Emmanuel Dias e Sousa et al. Maus-tratos a idosos no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 21, n. 5, p. 628-638, 2018.

O artigo foi escrito por estudantes de pós-graduação e do programa de residência de uma Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, uns na área de gerontologia e outros do programa de residência multiprofissional em saúde do adulto e do idoso. O objetivo do artigo foi uma realização de uma revisão integrativa da literatura sobre o conhecimento científico produzido no Brasil, nos anos de 2013 a 2017, enfatizando a ocorrência de maus-tratos contra os idosos. O método de pesquisa dos autores foi feito a partir do levantamento bibliográfico realizado através de publicações indexadas na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e Portal de Periódicos CAPES (CAPES). Foi aplicado o instrumento de coleta de dados, elaborado pelos próprios autores, que conseguiu abranger características relevantes para sua pesquisa como: ano de publicação, principais periódicos, delineamento de pesquisa, temas abordados, principais áreas de conhecimento e amostragem que levou a executar uma pesquisa dentro dos padrões desejados.

Em relação os resultados, foram analisadas 28 publicações. Os principais tipos de violência evidenciados foram: psicológica (28%), física (28%), não especificou (16%), financeira (12%), autoabandono (8%), negligência e violência verbal (4%), sendo o principal gênero da vítima do sexo feminino (64%), não especificou o gênero (28%) e do sexo masculino (8%). Dessa forma, os autores concluíram que as principais violências sofridas foram à psicológica juntamente com a física, sendo as idosas as principais vítimas. O principal local de ocorrência de maus-tratos foi na própria residência.

A obra trata de um assunto muito importante, que aborda a longevidade como sendo considerada uma das maiores conquistas da atualidade. Sobretudo, o significativo aumento da população de idosos na sociedade brasileira leva ao surgimento de novos desafios, principalmente na formulação de políticas públicas e de ações de promoção e prevenção à saúde.  É possível ver os problemas evidenciandos um novo cenário, como os maus-tratos a esse publico da terceira idade vem crescendo exageradamente nos últimos anos e já sendo reconhecido como um problema de saúde pública, pois cada dia só aumenta o número de denuncia, segundo a Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Em relação à violência e maus-tratos, os idosos são uma parcela da população que apresenta riscos em função de sua maior fragilidade e dependência, imposta pelas limitações física, cognitiva e social. As questões culturais também podem contribuir para que haja violência, em especial no ambiente doméstico, no qual o idoso as vezes é desvalorizado, considerado um peso, visto como uma pessoa inútil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza a definição de violência contra idosos como sendo qualquer ato ou falta de ato, único ou repetido, proposital ou impensado causando danos e sofrimento desnecessário e uma redução de qualidade de vida da pessoa idosa. Sendo que a mesma pode ser praticada dentro ou fora do ambiente doméstico, por algum membro da família ou até mesmo por pessoas que exerçam uma relação de poder sobre a pessoa idosa, como, por exemplo, cuidadores, entre outras. Além disso, costumam-se somar um imaginário social que considera a velhice como decadência. A negligência pode ser entendida como a recusa, omissão ou fracasso, por parte do responsável pela pessoa idosa, em fornecer-lhe os cuidados necessários. Esses tipos de violência são as mais presentes, tanto no espaço doméstico quanto em ambiente institucional.