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RESENHA – MAL-ESTAR, SOFRIMENTO E SINTOMA – Christian Dunker

Por:   •  28/10/2019  •  Resenha  •  854 Palavras (4 Páginas)  •  305 Visualizações

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RESENHA – MAL-ESTAR, SOFRIMENTO E SINTOMA –

Christian Dunker

Freud (1929) – Mal-estar na civilização Declínio do corpo Imperfeições das leis Exigências de satisfação

SOFRIMENTO – categoria social. MAL-ESTAR – categoria filosófica (nossa condição no mundo). SINTOMA – Expressão do corpo.

Machado de Assis “O Alienista (Psicopatologia)” primeiro autor a pensar o Brasil entre muros do diagnóstico.

Purificar o espaço público internando os loucos. Uma higiene social sobre uma mania: a tentativa de exclusão do outro.

Brasil começava a pensar a si mesmo. (Revolução de 30).

Nesta época a psicanálise é bem-recebida, contra o discurso racista e também no universalismo da pena de Mário e Oswald de Andrade.

Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

Erro de português – Oswald de Andrade

O homem sem cicatrizes é um homem sem história. Um país sem cicatrizes é um país sem história.

Nos anos 60, perde-se a necessidade de mistura/não mistura dos povos. Perca da “Síndrome de vira-lata”. Surge o reconhecimento de um discurso econômico/moral.

A partir disso, surge desenvolvimento individual como um processo correlato ao desenvolvimento econômico.

Mal estar na civilização - O Brasil passa a ser um paciente com um pedaço mal digerido de sua História.

Nos anos 70, a ideia das moradias em condomínios passa ser considerada como status e paraíso.

Entre as regras estava a proibição dos afetos e dos sentimentos.

“O preço que a gente tem a pagar para que as coisas funcionem, é a exclusão”.- Simão Bacamarte.

RUPTURAS DE ISOLAMENTO  na psicopatologia  na cultura na forma de viver, de habitar  na forma de estar no mundo.

No mundo atual, mais vale mostrar que se está feliz, do que realmente ser feliz.

Dessa maneira, o sonho de consumo dos brasileiros a partir dos anos 1960 são os condomínios, onde, segundo a propaganda, todo dia era domingo e todo mundo era feliz.

Nos anos 70, a medicina passou a se desenvolver entre o que era normal e o que era doença mental.

Tais muros ignoram os processos políticos e históricos que levam ao sofrimento.

Para a psicanálise, existe o mal-estar porque estamos todos amarrados uns nos outros e não podemos “cair do mundo”. Fazemos parte do “estar” no mundo.

“Tudo está organizado ou desorganizado”.

Sofremos, portanto, porque sabemos que a história termina mal.

MAL-ESTAR  Nosso corpo não é infinito  A vida tem de contingências  Criamos leis e culturas que nos afetam A natureza não está a nosso favor.

Com isso, buscamos através de regras, leis e formas remediar o mal-estar. O que por sua vez, criam um mal-estar ainda maior.

De acordo com Dunker “a negação do mal-estar não é a ideia neoliberal de “bem estar”. É estar”.

Essa negativa, além de orientar em direção ao desejo, o torna a realização de um ideal.

“Há algo faltante em nossas ideias que as tornam ideias” – Christian Dunker

Este

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