Resumo Mal - Estar na Civilização
Por: jessvalladares • 19/2/2016 • Trabalho acadêmico • 666 Palavras (3 Páginas) • 1.640 Visualizações
No livro Freud nos traz um leque de questionamentos, suposições e ideias para conseguir explicar a busca incansável do ser humano de procurar felicidade e a sua grande insatisfação e dificuldade de encontrar essa felicidade, o homem está o tempo todo sendo afetado por diversos tipos de sofrimento e frustrações. Mesmo que todas as condições sejam favoráveis para a busca e realização do prazer, com o avanço da cultura e da tecnologia e o bem que elas propiciam, o homem se encontra sempre infeliz e contra a civilização. Freud faz uma critica a civilização, que ela é responsável por todas as regras e proibições que levam o ser humano a negarem seus verdadeiros desejos, ela é a fonte de todo sofrimento e ele afirma que ela é uma verdadeira desgraça. Pensando em acordo com a suposição dele, isso é a mais pura verdade, porque a civilização com todas as suas regras acaba por inibir o homem e impedi-lo de buscar o que de fato saciará seus impulsos, prazeres. É como se ela estivesse sempre trazendo algum tipo de desconforto e insatisfação para o ser humano, tornando impossível a busca pela verdadeira felicidade os levando a procurarem maneiras paliativas de lidarem com isso.
Uma dessas maneiras paliativas de buscarem felicidade e satisfação pode ser a religião, o ser humano está constantemente preocupado em encontrar o motivo e o proposito da vida, e viver sem saber disso pode ser totalmente frustrante, então apenas a religião pode trazer essa resposta, talvez seja esse o motivo de as pessoas se apegarem tanto a ela, e ser considerada como tendo esse sentimento “oceânico”. Talvez porque a religião traga essa ideia de um pai protetor que está sempre ali nos dizendo que existe um bem maior e que todo sofrimento não será eterno, mas algo muito melhor nos espera futuramente, isso acaba por trazer certo alivio a tantos desejos reprimidos que consequentemente trarão dor e desconforto. Ponto interessante onde ele fala que todos nós agimos como paranoicos, e acabamos mudando algum aspecto do mundo que nos desagrada e que é insuportável para a realização de um desejo e transformamos isso em algo mais fácil com o qual poderemos lidar uma ilusão que nos trará felicidade. Para Freud ai é onde se classificam as religiões, um delírio de massa.
A civilização ditou maneiras de o homem olhar e sentir os seus desejos sexuais, porque o homem é agressivo e sexual por natureza, por instinto, porém ele não pode agir assim como e onde quiser então a sociedade e seus valores existem na intenção de poder podar e controlar tais atitudes, então se for parar para analisar a civilização tem o seu lado fundamental e positivo. O homem tem de lidar com toda essa pressão da sociedade, mas também de sua própria consciência, pois ao ter determinadas vontades e desejos ele próprio pode se penalizar, e achar errado os instintos que está tendo. Surge também um sentimento de culpa desencadeado por toda repressão dos instintos de agressividade, o ego absorve essa agressão e usa contra si mesmo, onde surge o superego, que usará toda essa raiva contra a própria pessoa, causando assim sentimentos de culpa.
Diante disso o homem se vê obrigado a achar maneiras substitutivas para lidar com essas situações, podendo ser utilizando a sublimação das pulsões, o uso de substâncias tóxicas, o amor, trabalho, é ai onde podem surgir às neuroses, as pessoas criam situações ilusórias para lhe causarem um prazer momentâneo, entretanto causarão sofrimento futuro e também dificuldades, pois através dessas situações criadas ele passa a fazer a projeção disso nos seus relacionamentos, e se frustra porque ninguém corresponde a essas projeções. Para Freud a maior forma de sofrimento talvez esteja nos relacionamentos que os homens mantem uns com os outros, frustrações nessa área podem ser mais difíceis de lidar.
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