RESENHA O GRANDE HOTEL MARIGOLD
Por: Rodrigo Santana • 14/2/2016 • Resenha • 1.094 Palavras (5 Páginas) • 500 Visualizações
No filme encontramos várias pessoas em sua maioria de meia idade. Que estão passando por um processo de perdas, diante dessa situação eles decidem ir para Índia na esperança de encontrar uma melhor qualidade de vida.
A narradora da história é Evelyn, uma viúva que perdeu o marido recentemente e ficou com as dividas dele, se vê na situação de ter que assumir as responsabilidades que outrora era do marido. Nesse caso a dor do luto traz consigo a dor de ter que assumir novas posturas e quem sabe até uma nova identidade. Ela sente que deve enfrentar a sua condição e se sentir produtiva quando ela vê o seu filho tomar a decisão de vender a sua casa para quitar as suas dívidas, sem pedir a sua opinião, subjugando-a pela sua idade. Ela decide aprender a usar as tecnologias, cria um blog que irá narrar a história no decorrer do filme. Depois de vendida a casa ela se muda para a Índia.
O filme também nos mostra a história de um juiz chamado Graham que decide abandonar tudo e ir para Índia em sua aposentadoria. Porém ele traz consigo um segredo, que é revelado na história. Se assume como homossexual e é isso que traz ele a Índia, o sentimento de culpa por ele achar que destruiu a vida do seu grande amor da juventude. Portanto essa ida a Índia é uma tentativa de solucionar esse luto prolongado.
O casal Jean e Douglas estão falidos, depois de emprestarem as suas economias para a filha investir em um negócio, Douglas é uma pessoa educada, tem um comportamento bastante polido, principalmente com a sua esposa que está sempre impaciente, falando palavras pessimistas e deixando o clima entre os dois, bastante desagradável. É notório que a relação entre os dois está bastante desgastada. Porém nenhum dos dois até então fala em divórcio e assim eles convivem, com um sentimento de perda da identidade do que eles realmente querem ser ou fazer.
O filme também nos mostra dois “solteirões”, Norman e Madge que estão passando pela mesma situação, eles lidam com o processo de perda da sua sensualidade, do seu “sex appeal”, da sua beleza e vão elaborando as suas formas de lidar com isso, jogando como pode com o que eles possuem para conquistar os seus objetivos que os levaram a Índia, Norman está procurando uma parceira para viver os momentos da sua velhice e Madge procura um marido rico.
E no filme a Muriel será uma mulher muito infeliz e carregada de preconceitos. Ela foi governanta na Inglaterra por muitos anos e ao chegar da idade foi demitida do seu emprego o qual fazia com muita dedicação. Ela resolve ir à Índia para tentar fazer uma cirurgia que não teria condição de bancar em seu país de origem. Ela sente a dor de ter sido praticamente abandonada pelas pessoas que ela se dedicou por muitos anos o que provoca nela, uma grande angústia e um processo de enlutamento.
Esses são os personagens que irão até a Índia em busca das soluções das suas perdas ou da melhor qualidade de vida diante delas. O Hotel Marigold é a esperança que promete um descanso para os seus clientes de idade mais avançada.
Sony é o dono e administrador do hotel e a sua namorada que são os jovens do filme e que precisam lidar com o fator cultural que estão inseridos para se auto afirmarem e afirmarem, portanto, as suas escolhas amorosas. Sony é apaixonado por Sunaina mas enfrenta uma perda por não poder assumir esse amor, devido Sunaina ser de uma casta diferente da sua. E a sua mãe Sra. Kapoor que é bem rígida com ele e que ele sabe que não aceitaria facilmente esse relacionamento.
O filme narra também as suas desventuras para tentar manter os seus hóspedes no Hotel mesmo sem cumprir o que foi prometido aos seus clientes, como uma ótima instalação etc. Apresentando vários problemas desde a falta de comunicação por telefone até problemas na pia e nas portas.
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