RESENHA O RISO DOS OUTROS
Por: Michelle Gutierrez Kainz • 24/5/2015 • Relatório de pesquisa • 688 Palavras (3 Páginas) • 2.054 Visualizações
Resenha Critica Documentario “O riso dos outros”
O riso dos outros é um documentário dirigido pelo diretor Pedro Arantes, em estilo Stand Up, o filme reacendeu o debate sobre os limites do humor. Vale tudo para fazer as pessoas sorrirem, o chamado humor negro esta de forme explicita ligado aos humoristas desde sempre, a culpa por trás das risadas, é dos comediantes ou do preconceito embutido em quem acha engraçada as piadas relacionadas as demais classes.
O documentário diz respeito as tendências do humor, bem como a questão da ousadia e dos limites em relação aos alvos das piadas, que claramente tem como preferencia a critica por etnias, sexo, opções sexuais, peso e muitas vezes ate orientação religiosa, o que leva grande parte dos telespectadores dos shows de Stand Up, em algum momento se sentirem constrangidos e muitas vezes atacados. Uma das propostas do documentário é entender ate onde o humor pode ir, se vale mesmo tudo pelo resultado esperado, mesmo que carregue com ela um dose de crueldade. Para a maioria dos comediantes, não interessa o assunto da piada, se ela consegue arrancar risadas da plateia, então ja esta valendo, pois o resultado foi alcançado.
No documentário, artistas e comediantes dão suas opiniões sobre a questão do humor, da censura, das criticas. Há vários trechos interessantes a se destacar, por exemplo a fala de Jean Wyllys de Matos Santos, “…acho que os humoristas e comediantes tem que ter liberdade mesmo de fazer piada, agora eles não podem achar que não podem ser contestados, tem que ser contestado sim, vc tem todo direito de fazer a piada, mais pague o preço de ser chamado de babaca, racista e homofóbico…”
Absolutamente correto pois “Foi apenas uma piada” não pode ser usado como justificativa, a cada piada racista dita.
Também é apresentado muitos trechos desse shows de Stand Up e ele aborda também um caso muito comentado na mídia do comediante Rafinha Bastos, publicado pela revista Rolling Stones, na qual dizia o seguinte: "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho."
"Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade.”
"Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço.” Nesse caso não acredito que a mulher precise ser feminista, feia, nem que ja tenha sido estrupada, para se sentir ofendida, nesse caso, não precisa nem ser mulher para se sentir ofendida, pois todos tem irmãs, mães, ou filhas, e é uma coisa repugnante de se ler, ouvir em qualquer circunstancia.
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