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REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS SOBRE PRECONCEITO RACIAL NA EDUCAÇÃO

Por:   •  11/11/2022  •  Artigo  •  3.749 Palavras (15 Páginas)  •  212 Visualizações

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ISA.M.N

REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS SOBRE PRECONCEITO RACIAL NA EDUCAÇÃO

 

 

  

 

 

BRASÍLIA

NOVEMBRO/2022

  SUMÁRIO

 

1.        RESUMO ……………………………………...…………….…………..…..…..…..4

2.        INTRODUCAO ..………………….……………………………….….……….……5

3.    METODO ………...…………….............……....….………………..…...…….….…8

4.        RESULTADOS ……………………………………………………….................…9

5.        DISCUSSÃO…………………………………………………………………..……12

6.        CONCLUSÃO ..........................................................................................................13

7.        REFERÊNCIAS ………………………………………………………....……...…14

  1.  RESUMO

        O objetivo deste artigo foi realizar uma revisão sistemática de estudos com foco na existência do preconceito racial na educação brasileira. Foi realizada uma busca nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), utilizando os termos “ preconceito, racial e educação''. Por final da análise foram constituídos 20 estudos publicados de 2002 até abril de 2022. Os estudos revelam os efeitos prejudiciais do racismo na educação brasileira, na construção negativa de suas identidades, a baixa autoestima nas crianças, adolescentes e jovens negros nas escolas. Dos 20 estudos incluídos nesta revisão foram: 14 estudos teóricos e 6 empíricos, o tema abordado nos artigos foi o preconceito racial na educação, em que os pesquisadores investigaram as origens do preconceito racial e suas formas de expressão, as consequências do preconceito para as vítimas de racismo, as influências de teorias raciais, as cotas de acesso ao ensino superior e as vítimas nas universidades. Foi constatada na realização das pesquisas como o preconceito racial se desenvolve em crianças pequeninas no contexto educacional brasileiro, os achados mostram a urgência da criação e implementação de medidas para a redução do racismo no sistema educacional do Brasil. O número de pesquisas sobre o preconceito racial na educação publicados nas bases de dados SciELO é relativamente baixo, para área de um país que tem muito a se desenvolver.

 

Palavras-chave: Preconceito, racial, educação

 

2.             INTRODUÇÃO

        Elevados índices de desigualdade social, educacional e econômica relacionados à cor da pele, são registrados no Brasil. A crença de que a população brasileira vive uma democracia racial, harmoniosa e cordial, sem conflitos, afirmar que as oportunidades são iguais para todos é mito. Sabemos que a situação de inferioridade da população negra é fruto das decisões políticas e sociais, o racismo é reproduzido no país de forma oculta e velada até os dias de hoje Melina Kleinert Perussatto (2022). Entendemos que por igualdade social seja o fato de que a pessoa independente de sua etnia, tenha os mesmos direitos e deveres, o mesmo tratamento para todas em todas as esferas institucionais, com oportunidades e condições de vida digna, na educação, no trabalho, no acesso aos serviços sociais.

                  Buscando este entendimento, foi realizada uma busca na base de dados do SciELO (Scientific Electronic Library Online), os termos de busca foram “” preconceito” “‘racial” "educação"" O interesse desta revisão foi entender, a partir dos artigos científicos já publicados, o preconceito racial na educação, optando por delimitar na busca o período de publicação, foram incluídos todos os trabalhos publicados de 2002 até abril de 2022.

                  Estudos de Souza Filho; Martins (2022), contextualizam que o problema da discriminação racial das relações sociais no Brasil, na área da educação é capaz de contribuir para a perpetuação do preconceito racial, ou apresentar iniciativas para a resolução desse problema. A manutenção dessas práticas de violências em nossas instituições educacionais configura uma reprodução das estruturas sociais racistas, marcadas pelo preconceito e discriminação racial.

Estudos indicam que muitas pessoas, embora reconheçam a existência de racismo no Brasil, não se consideram preconceituosas, e na medida em que não se reconhecem como preconceituosas, a pessoa não se sente parte do público ao qual são direcionadas campanhas contra o racismo. (Fredrich, V.C.R.; Coelho, 2022).

O preconceito consiste em uma avaliação negativa relativa de grupos sociais e raciais, no caso específico do preconceito racial, esses grupos sociais são definidos de acordo com a cor da pele, podemos ainda distinguir preconceito de discriminação em termos de conceito. O preconceito está relacionado a questões afetivas, a uma preferência por um grupo em relação outro, já a discriminação é um comportamento, as pessoas que fazem parte de grupos raciais são tratadas de forma distinta em virtude de sua cor da pele, Valter Roberto Silvério, (2002)

Embora concorde que a pobreza não distingue gênero, cor de pele ou idade, é inegável que a distorção histórica pela qual passaram os negros se reflete até os dias atuais. (2008 Francisco Jr., W. E. pg 403)

O Brasil, na área da educação, é capaz de contribuir para a perpetuação do preconceito racial, ou apresentar iniciativas para a resolução desse problema. Sabe-se que a manutenção dessas práticas de violências em nossas instituições educacionais configura uma reprodução das estruturas sociais racistas, marcada pelo preconceito e discriminação racial. (Francisco Jr., 2008). A educação poderia contribuir para o aparecimento de iniciativas capaz de resolver esse problema, mas percebemos que o racismo internalizado, interpessoal e institucional se sobrepõem, e evidencia um caráter estrutural, atrelado ao desenvolvimento do nosso país a crença de inferioridade dos estudantes negros é reforçada nos olhares, nos comentários sobre o cabelo ou piadas.  

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