Relatório sobre a observação de alunos com hiperatividade
Projeto de pesquisa: Relatório sobre a observação de alunos com hiperatividade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: odairpoa • 7/10/2014 • Projeto de pesquisa • 979 Palavras (4 Páginas) • 60.487 Visualizações
Relatório de observação do aluno com hiperatividade
Aluno: Odair Goulart Gomes
Curso: Licenciatura em Matemática
Disciplina: Educação Inclusiva Necessidades Especiais
INTRODUÇÃO
Na sala de aula nos deparamos com alunos agitados, que arrancam materiais de outros colegas, circulam de um lado para o outro e não conseguem ficar muito tempo no mesmo lugar. Raramente terminam suas tarefas solicitadas. Em algumas vezes atuam com agressividade. Esse comportamento, geralmente confundido com indisciplina, é característico de um distúrbio de atenção, que de acordo com pesquisas do censo de 2000, cerca de 5% das crianças e adolescentes de todo o mundo tinham hiperatividade.
DESENVOLVIMENTO
O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança e do adolescente. Com a hiperatividade, eles têm dificuldades em prestar atenção e no aprendizado. Como são incapazes de filtrar estímulos, acabam facilmente distraídos. Podem falar muito ou alto demais em momentos inoportunos. Os hiperativos estão sempre em movimento, fazendo algo e muitas vezes são incapazes de ficar quietos. Não param para olhar ou ouvir. Eles toleram pouco as frustrações. Discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente.
Apesar da "dificuldade de aprendizado", os hiperativos são geralmente muito inteligentes. Sabem que determinados comportamentos não são aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educados e contidos, o hiperativo não consegue se controlar. Pode ser frustrado, desanimado e envergonhado. Ele sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, muitas vezes se sente isolado e segregado dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbado com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, ou em casa, o hiperativo pode sofrer de estresse, tristeza e baixa autoestima.
O relatório que acompanhei, foi realizado no Colégio Municipal Nova Conquista, na turma do 3º ano do Ensino Fundamental, com o aluno Matheus Enrique.
Matheus tem nove anos e tem hiperatividade, diagnosticado desde a pré-escola. Em sala de aula interage com facilidade com os outros alunos, professores e funcionários da escola. Não mostra interesse, não participa das explicações, não tem ideia de valorização do conhecimento. Gosta muito de conversar e fazer brincadeiras que outros colegas não gostam. Tem um aprendizado mais lento, mas gosta muito de matemática, por este motivo me agradou acompanhá-lo no seu convívio escolar. Em sala de aula demonstra-se inquieto em alguns momentos levantando da carteira, caminhando pela sala de aula etc. Gosta muito de futebol e procura participar dos jogos no recreio. Os professores como já convivem com ele há 3 anos, sabem como lidar com as limitações e as agitações do aluno. Com os demais alunos, existe certa preconceito por parte de seus colegas, devido suas atitudes exageradas e modos educacionais, todavia demonstra carência e sai em busca de “afetos” de seus colegas. A professora e os pais tentam controlar com psicoestimulantes suas ações hiperativas em horários pré-definidos pelo médico que acompanha o caso do Matheus. O medicamento que ele usa é bem conhecido. O metilfenidato (Ritalina ou Concerta) que funciona bem como alternativa de curto prazo - seus efeitos normalmente aparecem rapidamente. Os efeitos duram apenas 4 horas, o que torna necessário tomar o remédio duas ou mais vezes por dia.
Matheus tem duas irmãs, mora com seus pais e tem uma família simples. No tempo livre, ele pratica futebol, e diz que é uma maneira de botar pra fora todas as suas “emoções”. Outra característica que pude observar no Matheus, foi sua desorganização que consequentemente se reverte em perda dos seus objetos, tanto escolares como pessoais. Sente-se inseguro, inferior aos outros e tem sempre a sensação que não vai conseguir acertar os exercícios postos para ele resolver.
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As características observadas no aluno para o critério diagnóstico foram.
Falta de atenção:
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