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Resenha: A Noiva do Cordeiro

Por:   •  29/11/2022  •  Resenha  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  257 Visualizações

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UNIMAR – UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

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Resenha
A Noiva do Cordeiro

Professora Karla

Flávia Dias Rocha Silva - 1877570

Márcio Augusto Gomes Licas - 1896209

David Augusto Nogueira - 1892786

Andressa Rafaeli Teixeira da Silva - 1896620

Felix Inamoto Júnior - 1892278

  1. A Noiva do Cordeiro

“Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.” - Atos 2:44-‬45

Uma das principais características da existência humana, dizia o Dr. Viktor Frankl, está na capacidade de se elevar acima das condições biológicas, psicológicas e sociológicas, de crescer para além delas. A Noiva do Cordeiro é uma pequena comunidade interiorana de Minas Gerais relativamente isolada, cuja população passou toda sua existência numa luta árdua pela sobrevivência. Ademais, a comunidade foi diversas vezes em sua história vítima de discriminação, às vezes por sua população predominantemente feminina, outras pela adoção de uma fé protestante e, last but not least, sofreu discriminação pelo abandono da religião institucionalizada – embora tenham mantido a crença em Deus.

Com perseverança, a história da comunidade Noiva do Cordeiro tem mais de um século e tem à sua frente três grandes mulheres: Maria Senhorinha, Delina Fernandes e Geraldina. As filhas e os filhos que elas tiveram geraram outras famílias, que hoje formam em grande parte a comunidade que está situada atrás das montanhas, no município de Belo Vale, distante apenas 100 km da cidade de Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais.

A natureza agrária da comunidade tornou-lhes abastecidos de alimentos in natura, porém em privação de qualquer bem de consumo que não se pudesse “plantar”, como carnes, energia elétrica, produtos de higiene ou remédios, bem como serviços de saúde, educação, saneamento básico ou mesmo mídias impressas ou de radiodifusão, ficando por décadas alheios ao que ocorria no mundo. A comunidade, portanto, nunca fora autossuficiente, visto que necessitavam de diversos produtos e serviços que só encontravam na cidade e não podiam suprir essas carências apenas com a produção agrícola. Destarte, a maioria dos homens teve que procurar emprego em Belo Horizonte para amparar suas famílias na comunidade.

Apesar do interesse da mídia progressista e da classe bem-pensante de se apropriar da história da comunidade que rememora o modo de vida dos cristãos primitivos no que concerne a partilha de bens, a condição de vida da comunidade melhorou quando naturalmente adotaram alguns princípios capitalistas, de comércio e não isolacionismo, como quando as moradoras criaram sua fábrica para produzir tapeçarias e passaram a vender para as pessoas da cidade com intuito de suprir outras necessidades com o dinheiro obtido com as vendas. Ainda, ressalte-se o fim do isolamento gradual pela criação de um curso de informática, a formação de uma associação comunitária de direito perante o órgão público, a aliança com a Comunidade do Palmital, culminando com a eleição de uma representante na câmara dos vereadores local.

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