Resenha Critica Coordenação E Manejo De Processos Grupais
Por: luana.alves94 • 16/10/2023 • Resenha • 699 Palavras (3 Páginas) • 76 Visualizações
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FACULDADE NOVE DE JULHO
COORDENAÇÃO E MANEJO DE PROCESSOS GRUPAIS
Aluna:
Luana Maria Aparecida Alves RA: 1520100852
Prof.º: Gabriel Bueno Terhoch Turma: 8ºD
OSASCO 2023
Resenha crítica do filme: “SI PUÒ FARE” (Dá pra fazer)
O filme “Si Può Fare” (Dá pra fazer) produzido em 2008, sobre direção de Giulio Manfredonia, narra, baseando-se em fatos reais, sobre um pouco da história das cooperativas que surgiram na Itália, após o movimento da luta antimanicomial iniciado por Franco Basaglia e do fechamento dos hospitais psiquiátricos.
O personagem do filme Nello é um sindicalista que foi afastado do cargo devido suas ideias avançadas e encaminhado para dirigir uma cooperativa de pacientes psiquiátricos, pacientes esses, que se encontravam sonolentos e fragilizados, devido às altas doses de medicamentos, vivendo em situações repetitivas, sem nenhum incentivo, apenas sendo tratados como doentes e incapacitados.
Nello se apresenta, e pede a todos que se apresentem, e assim os trata como Sr e Sr, ganhando a confiança deles, e ouvindo um pouco do que cada um tem a dizer. O sindicalista então mostra apoio e incetivo, mostrando que eles são capazes de ter um trabalho de verdade, e não os limita, pelo fato de terem transtornos mentais. De fato, o sindicalista nada sabia sobre a reforma psiquiátrica, conforme pode ser visto na cena em que o psiquiatra pergunta a respeito. No entanto, suas ações junto aos ditos “loucos”, ainda que por outras razões, acaba por ser a prática do pensamento da reforma, visto que prioriza a inclusão. Para ele, é a oportunidade de colocar em prática suas ideias cooperativistas, e, consequentemente, ele dá lugar para a singularidade de cada paciente. Eles se tornam sócios da cooperativa, saem da invisibilidade, encontram um lugar. Através do voto, cada sócio participa, encontrando seu valor no ato. Por outro lado, o diretor motiva e valoriza a singularidade de cada um, fazendo com que eles possam participar com suas próprias possibilidades. A oportunidade de ser ouvido faz com que as questões particulares e gerais encontrem espaço. Sendo assim, logo a trama tem a chance de discutir questões, como a sexualidade por exemplo.
É possível observar que o sindicalista acreditava na potencialidade de cada um, estimulando a dignidade, criatividade e cidadania de cada indivíduo. Esse olhar de Nello, porém, era contra a lógica da psiquiatria. O psiquiatra não acreditava que os sócios eram capazes de trabalhar, apenas queria que eles ficassem isolados e medicalizados, o que significa uma visão institucionalizada do antigo hospital psiquiátrico. Na cooperativa, Nello possibilitava a autonomia para eles decidirem a forma de trabalhar e a divisão de cargos conforme as habilidades de cada um, (o que me lembrou dos grupos operativos, de Pichon).
Após o sucesso, vários contratos aparecem e a Cooperativa vai tomando corpo. Todos recebem uma função de especialista, e um dos internos que não fala, Senhor
Robby, certamente seria descartado, mas na cooperativa ele se tornou presidente. Essa cena faz uma crítica engraçada aos homens de negócios. Nello percebe que apesar de realizarem as obrigações, os sócios ficam muito sonolentos e pede que as doses dos medicamentos sejam diminuídas. Dell Vechio se coloca contrário, lembrando que cada interno tem um histórico de descontrole. Essa cena demonstra a ligação que se faz do doente mental com a agressividade.
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