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Resenha Crítica De Pedagogia De Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa

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Por:   •  14/9/2014  •  1.227 Palavras (5 Páginas)  •  2.134 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIA EXATAS DA TERRA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SÓCIO-FILOSOFICO DA EDUCAÇÃO

DOCENTE: PROF. CHRISTOMYSLLEY ROMEIRO

DISCENTE: JULYANA CARDOSO CARVALHO

RESENHA: FREIRE, Paulo. Pedagogia de Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (146 páginas.)

Paulo Freire em seu Livro Pedagogia da Autonomia (1996), composto de três capítulos coesos e com tons extremamente críticos, tem como foco principal discorrer sobre o papel do docente em incentivar a autonomia do ser dos educandos, tendo como base a prática educativo-progressiva, fundada na ética e na própria autonomia do educando, assim como na formação humana na dimensão social. O autor, carregado de experiências ilustres e estudos teóricos, tenta transmitir para o leitor direcionamentos pedagógico-educativos para a formação de discentes, como o próprio relata “me acho absolutamente convencido da natureza ética da prática educativa, enquanto prática especificamente humana”. (p. 17) E é por meio deste pensamento que se dá a introdução à leitura da obra.

No primeiro capítulo “Não há docência sem discência” o autor inicia seu discurso afirmando que assim como para cozinhar e velejar são necessários saberes fundamentais, para educar o discente em seu programa de formação acadêmica deve ter contato com certos tipos de conhecimentos teóricos relevantes, os quais através da prática serão firmados. É destacado também dentre estes conhecimentos prévios a noção de que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (p.22), pensamento este que condiz com a formação educativo-crítica defendida por Paulo Freire.

O termo “curiosidade epistemológica” criado pelo próprio autor, baseado no pensamento de François Jacob, traduz o resultado de um aprendizado crítico, o qual induz o aluno a uma esfera de busca pelo conhecimento. O ambiente de ensino precisa ser composto por educadores e educandos criativos que comentem conteúdos e os pesquise, demostrando que são autoridades na produção do saber. O docente não deve esquecer que pesquisar faz parte de sua formação profissional, ínsita a curiosidade e a busca por novos conhecimentos. Freire afirma sabiamente: “Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo” (p.29). Nesta afirmação são percebidos os benefícios desta busca não só para o docente mais para o discente.

Neste pensamento, o autor ressalta a importância de se aproveitar e respeitar o conhecimento prévio e já estabelecido dos educandos. Os conteúdos curriculares podem ser relacionados e ensinados com base na experiência social e diária dos alunos. Este feito acarreta uma maior assimilação de saberes. Além de seguir a lógica de que seres humanos não podem se abster da ética, pois longe desta o exercício educativo deprimi o seu caráter formador.

“Pensar certo é fazer certo” (p.34). O educador deve está disposto a excluir preconceitos sociais, raciais e de gênero, os quais negam a prática da democracia; além de refletir sobre sua prática que deve ser confundida com seu discurso teórico.

Para finaliza o capítulo o autor relata um exemplo real do quanto à prática pedagógica do professor interfere no estímulo do aluno para a busca por saberes. Freire comenta sobre os trabalhos que um dia o professor levava à escola e chamando um por um, devolvia-os com o seu julgamento. O gesto que esse professor fez (p.43) de só olhar para o aluno sem dizer uma palavra balançando somente a cabeça, fez que com o aluno/autor acreditasse nele e seguisse o caminho de trabalhar e produzir.

Este primeiro capítulo foi destinado a conhecimentos prévios que todo professor tem que ter em sua formação acadêmica, a fim de desempenhar a função de educador. Já o segundo capítulo se dedica exclusivamente ao fato de que dar aula não é apenas transmitir conhecimento, mas estimular sua construção de maneira conjunta com os educandos.

Para firmar este pensamento, o autor começa afirmando que o discente tem que tem consciência de que o mundo que o cerca é composto por seres humanos, os quais desde o princípio de sua existência vêm inovando, tomando decisões, transformando e moldando o espaço ao seu redor. Logo, “a consciência do inacabado” se torna relevante para que seja transmitindo em sala de aula “a radicalidade da esperança”, que através da prática formadora e

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