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Análise do livro – Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica

Por:   •  3/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  946 Palavras (4 Páginas)  •  2.344 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

DADOS GERAIS

DISCIPLINA

Didática

PROFESSORA

Maria do Socorro Carvalho Amariz Gomes

ALUNO (A)

Priscila Iris de Castro

CURSO

Pedagogia

Análise do livro – Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa.

Autor: Paulo Freire

Editora: Paz e Terra

Palavras-Chave do Texto (no máximo 4 palavras)

Prática docente

 Ética

Educando

 Autonomia

Resumo do Texto

O livro Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa é a 43ª edição publicada em 2011 pela Editora Paz e Terra.  Está dividido em três capítulos: Prática docente, primeira reflexão: Ensinar não é transferir conhecimento; e. Ensinar é uma especificidade humana. Todos estes capítulos são subdivididos em nove tópicos. As ideias principais nesta obra resgatam de forma atualizada, leve, criativa, provocativa, corajosa e esperançosa, questões que auxilia o professor na sala de aula e fora dela, da educação fundamental à pós-graduação. Fundamentada numa ética pedagógica e numa visão de mundo alicerçada em pesquisa, criticidade, risco, humildade, bom senso, alegria, curiosidade, esperança, competência, generosidade e disponibilidade.

O tema central deste livro é a formação de professores, inserida numa reflexão sobre a prática educativo-progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos, respeitando sua cultura, seu conhecimento empírico e sua maneira de entender o mundo que o cerca. A partir disso, ele aborda, temas relacionados à formação docente e a prática dessa formação e todo o contexto que as envolvem. Procurando alertar o leitor sobre a diferença entre treinar, ensinar e educar.

Freire faz uma abordagem da importância de se ensinar, não apenas conteúdos, mas a pensar certo, pensar dialógico, a estimular a curiosidade daquele que aprende, pois, o aprendiz é um sujeito da sua própria história e um agente que faz parte da transformação social. Para que o aluno seja incentivado a um pensamento crítico, o próprio educador precisa avaliar criticamente sua própria prática constantemente, procurando fazer sempre o melhor a cada dia. Percebe-se, assim, a importância do papel do educador, com a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo, sendo um professor desafiador e crítico.

Para Paulo Freire, a Pedagogia da Autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas da liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade, em que a liberdade deve ser vivida em plenitude com a autoridade. Entretanto, estas não devem ser confundidas com autoritarismo e licenciosidade. Finaliza dizendo que a atividade docente é uma atividade alegre por natureza, mas com uma formação científica séria e com a clareza política dos educadores.

Apreciação Crítica do Texto

O livro Pedagogia da Autonomia tem uma linguagem acessível e didaticamente clara, reflete sobre os saberes necessários à prática educativa é uma das obras mais importantes do educador Paulo Freire, pois, o autor utiliza sua teoria pedagógica, para mostrar como o professor pode ajudar os educandos a construir a sua autonomia do seu saber em sala de aula.

O autor baseou-se durante o desenvolvimento do livro, em ideias progressistas de ensino, isto é, levando em conta, principalmente, o conhecimento do aluno em diálogo com a disciplina, porém oposto ao caráter autoritário e assinalando a atitudes para estimulação da liberdade para obter a disciplina, e também valorizando a experiência de vida como primordial para o efetivo aprendizado. Além de evidenciar severas críticas ao fatalismo, ao neoliberalismo e a globalização. Contra toda força do discurso fatalista neoliberal, pragmático e reacionário, sem desvios idealistas, na necessidade de conscientização e na sua atualização.

Freire nos chama a atenção para a importância da competência profissional para o educador e para o compromisso que o educando deve assumir, exercitando um relacionamento ético a medida que vai adquirindo cada vez mais autonomia, ou seja, a autonomia está intimamente ligada a responsabilidade, Outro aspecto importante, são as palavras sobre a educação como instrumento político e ideológico, ou seja, a educação não é neutra, ela sempre demonstrará na prática as concepções que a sustenta, seja de controle ou emancipadora.

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. Pesquisa-se para conhecer o que ainda não se sabe e comunicar ou anunciar o novo. Outro saber fundamental a experiência educativa é em relação a sua natureza. Como educador é necessário compreender a clareza de sua prática e que o ato de ensinar exige comprometimento. Percebe-se desta forma, a importância do papel do educador, o seu mérito, a vivência da certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. Através do “pensar certo” pode-se intervir no mundo e conhecê-lo.

Indicações do Resenhista

De todos os saberes abordados nessa obra, os dois últimos, mostram se como essências, não só para a relação professor e aluno, como para as relações humanas em geral, o saber escutar e a disponibilidade para o diálogo. Freire afirma que, quem não sabe escutar corre o risco de impor suas verdades como absolutas, se fechando para novas ideias; ele defende que, o saber ouvir facilita a aproximação das pessoas e propicia o desenvolvimento de forma natural, do respeito e da criticidade.

Este livro torna-se interessante para os educadores e demais profissionais, principalmente aos cursos de licenciatura, podendo ser indicado aos demais da área de humanas e a todos que desejam melhorar a sua postura diante do mundo, na percepção do ser e do fazer. É uma leitura essencial e de extrema importância para todos os profissionais que transitam na prática educativa.

Paulo Freire mostra neste livro a sua preocupação com o ato de ensinar. Por isso, pode ser considerado o guia de todos os que se envolvem, de alguma maneira, com a educação. Sendo assim, afirmo que a obra de Freire deve ser lida por todas essas pessoas comprometidas com a arte humana de educar, que buscam a melhor forma de construir caminhos que aproximem educadores e educandos. 

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