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Resenha Experimento com Espaço Social Kurt Lewin

Por:   •  15/6/2020  •  Resenha  •  691 Palavras (3 Páginas)  •  622 Visualizações

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Acadêmica: Alia Thanise Aziz Santiago

Professora: Mayara Squeff Janovik

Disciplina: Processos Grupais

Escolher um dos textos indicados pela professora (disponibilizados nas salas dos grupos: Freud, Lewin, Bion e Lapassade) e fazer uma breve resenha crítica.

Experimento com Espaço Social- Kurt Lewin

 A percepção do espaço social e a pesquisa experimental e conceptual da dinâmica e leis dos processos no espaço social são de importância fundamental, teórica e prática. O psicólogo social experimental terá de familiarizar-se com o trabalho de criar experimentalmente grupos, de criar um clima social ou estilo de vida. Tome-se, por exemplo, o conceito de "grupo social". Tem havido muita discussão sobre como definir um grupo. O grupo tem sido amiúde considerado como algo mais que a soma dos indivíduos, algo melhor e mais elevado. Ao mesmo tempo, significa completo reconhecimento do fato de que as características de um grupo social, tais como sua organização, estabilidade, objetivos, são diferentes da organização, estabilidade e objetivos dos indivíduos que o compõem. É um lugar-comum dizer que o comportamento dos indivíduos, bem como o dos grupos, depende de sua situação e de sua posição peculiar neles. O objetivo não era reproduzir qualquer autocracia ou democracia dada, ou estudar uma autocracia ou democracia "ideal", mas criar estruturas que permitissem a compreensão da dinâmica subjacente do grupo. Houve onze reuniões dos grupos, sendo que o grupo democrático se reunia sempre dois antes do autocrático.  O grupo democrático escolhia livremente suas atividades.  Dessa forma, igualaram-se as atividades do grupo. De modo geral, pois, tudo foi mantido constante, exceto a atmosfera do grupo. Nos dois grupos, o líder era um estudante adulto.  Tentava criar diferentes atmosferas utilizando a seguinte técnica: Democrático. Todos os planos de ação são resultados de decisão do grupo, encorajado e acicatado pelo líder. Quanto às ações de submissão, a proporção foi inversa, isto é, mais frequentes no líder democrático, embora dos dois grupos as ações de submissão do líder fossem relativamente raras. De modo geral, portanto, houve um impacto muito maior do líder sobre os membros do grupo no caso da autocracia que no da democracia, e a abordagem foi muito mais dominante e menos prática. Quando tentamos responder à pergunta "qual a diferença entre o líder e o membro comum numa autocracia e numa democracia?", precisamos referir-nos a um membro médio ideal, que é uma representação estatística do que aconteceria se todas as atividades fossem distribuídas igualmente entre os membros do grupo, inclusive o líder. O líder autocrático apresentou 118 por cento mais atos dominantes iniciados que o membro médio ideal, e o líder democrático 41 por cento mais.  Todavia, a diferença entre o membro comum e o líder era muito menos acentuada na democracia que na autocracia, tanto na ação dominante quanto na submissão. De modo geral, pois, a atmosfera autocrática propicia um domínio muito maior e mais agressivo do líder, e uma redução do livre movimento dos membros, a par de enfraquecimentos de seus campos de força. As afirmações "centradas no nós" ocorriam  duas  vezes  mais  na  democracia  que na  autocracia,  enquanto,  na  autocracia,  muito  mais  afirmações  "centravam- se no eu" que na democracia. No que respeita à relação das crianças para com o líder, a análise estatística revelou que no grupo autocrático as crianças menos submissas entre si eram duas vezes mais submissas ao seu líder que as crianças no grupo democrático. No grupo democrático, aproximações iniciadas pelo líder eram menos frequentes que no grupo autocrático.  Na autocracia, a ação do membro em relação ao líder tinha mais o caráter de uma resposta à sua aproximação.  Na autocracia, a abordagem do líder era mais submissa ou, pelo menos mantida numa base positiva. No grupo autocrático, as crianças eram menos positivas, menos cooperativas e submissas diante de seus pares, mas mais submissas ao seu superior que na democracia. A tensão é maior na atmosfera autocrática, e a estrutura dinâmica dos dois grupos é assaz diferente.  Num grupo autocrático, existem dois níveis claramente distintos de status social: o líder é o único a ter status superior, ficando os outros num nível igualmente baixo.

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