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Resenha Modos De Ver John Berger

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Por:   •  2/3/2015  •  691 Palavras (3 Páginas)  •  812 Visualizações

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O livro Modos de Ver foi escrito pelo crítico de arte, pintor e escritor John Berger, em 1972, nele é mostrado como o modo de ver de cada indivíduo interfere na forma como o ele interpreta as imagens.

A relação entre o que vemos e o que sabemos, nunca fica estabelecida. A cada tarde, vemos o Sol se pôr. Sabemos que a Terra está se movimentando no sentido de afastar-se dele. No entanto, o conhecimento, e a explicação quase nunca combinam com a cena. (BERGER, John. Modos de Ver, 1972, p.09)

Na leitura total é possível perceber que o autor analisa as imagens nos mais diversos meios de comunicação, como a mudança de percepção pelo desenvolvimento técnico da geração de imagens (pintura à fotografia), a reprodutibilidade mecânica das obras, o nu e a imagem da mulher como objeto de visão, e a sedução pela publicidade.

A organização dos assuntos esta em quatro capítulos de textos e imagens e, três diretamente ligadas à parte visual.

De que forma as imagens nos afetam ou são reflexos da sociedade e do período em que vivemos?

Para John Berger, nossa percepção de qualquer imagem é afetada pelo que sabemos e por tudo que acreditamos. Assim, o autor mostra uma nova e diferente forma de observar cenas, obras de arte e imagens publicitárias, levando cada um à refletir sobre sua visão de mundo e sobre as mensagens passadas por tudo a nossa volta.

Como nunca olhamos para apenas um objeto, sempre visualizamos algo já o relacionando com outras coisas. Assim, entende-se que tudo que vemos é interferido pelo que sabemos, acreditamos, e com a influência direta do saber pessoal e individual.

Para entendermos como as coisas são vistas por nós e pelos outros, precisamos de dialogo. Só com palavras podemos entender uma cena ou imagem através da nossa interpretação.

“Termos como fusão harmoniosa, contraste inesquecível, atingindo um pico de amplitude e força transferem a emoção provocada pela imagem do plano da experiência vivida para o da desinteressada aparição da arte” (BERGER, John. Modos de Ver, 1972, p.15).

Atualmente a observação da arte leva em conta pensamentos, perspectivas e o universo individual geral.

A leitura da imagem muda de acordo com o que é imediatamente visto ao seu lado, e o significado da obra original consiste não mais no que ela unicamente diz, mas no que ela unicamente é. O ato de olhar é uma escolha, e a percepção de qualquer que seja a imagem, é afetada pelo que já sabemos e acreditamos.

Este livro também mostra a ideia de que a presença social de uma mulher é diferente da de um homem, pois a presença masculina depende do poder que ele corporifica, sugerindo o que é capaz de fazer por ou para você. Já a feminina depende da atitude que ela mostra em relação a si mesma, revelando o que ela permite ou não que lhe seja feito.

O poder dos homens tem relação com sua moral, físico, temperamento, social e sexual, já os das mulheres são expressados através de seus gestos, voz, opiniões, expressões, roupas, gostos, ambientes e tudo aquilo que ela faz. Sendo assim, podemos concluir que a mulher é tratada como um objeto da visão.

“Os homens atuam e as mulheres aparecem” (BERGER, John. Modos de Ver, 1972, p.49).

Como exemplo, o

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