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Resenha Neuropsicologia na Psicologia

Por:   •  22/3/2017  •  Resenha  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  718 Visualizações

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Texto 3: Neuropsicológica: Historia do método Neuropsicológico

  • Neuropsicologia Termo cunhado por William Osler em 1913: Tem o conceito repaginado por Luria como sendo: “A ciência que estuda a expressão comportamental das disfunções cerebrais”. E assim trata-se de uma disciplina que aborda as relações entre funções cerebrais e comportamento.
  • Há milhares de anos os homens ligam o cérebro às funções mentais. Hipócrates então descreve a relação entre o cérebro e a mente: são as fontes do nosso prazer e alegrias dor, ansiedade e lágrimas, e nenhum outro que não o cérebro. É o órgão que nos habilita a pensar, ver e ouvir, a distinguir o feio do belo, o mau do bom, o prazer do desprazer. O cérebro também é a sede da loucura e do delírio, dos medos e sustos, é onde jaz a causa da insônia e do sonambulismo, dos pensamentos que não ocorrerão, deveres esquecidos e excentricidades.
  • A teoria de Galeno: para ele situam no cérebro as funções psíquicas fundamentais (memória, imaginação) e no coração as paixões ou apetite de irritação.
  • René Descartes: estabeleceu a existência de duas substâncias: a alma (puro pensamento) e o corpo (matéria). O mesmo idealizou a teoria da assistência divina e afirmou que Deus colocou a alma na glândula pineal.
  • Antes da obra de Gall, G. Prochaska resumiu o conhecimento em duas sentenças: 1. A teoria da localização cerebral encontra-se carente de bases científicas e 2. Não se pode demonstrar até o momento que parte do cérebro ou do cerebelo esta na base de tal e/ou função.

  • A Criação da Noção de Localização Cerebral: O legado de Gall: foi primeiro na história da psiquiatria a fazer uma aproximação empírica, tanto da natureza das faculdades mentais como de suas localizações no cérebro. Gall parte da Observação.  As teorias fundamentais de Gall são:
  1. As faculdades intelectuais e morais são inatas;
  2. O exercício dessas faculdades intelectuais e morais dependem da organização do cérebro;
  3. O cérebro é o órgão de todas as inclinações, instintos e faculdades;
  4. O cérebro é constituído de muitas áreas particulares, tantos como inclinações, instintos e faculdades, os quais diferem uns dos outros;
  5. O crânio reflete o crescimento das zonas cerebrais. Portanto, medindo o crânio se pode conhecer o desenvolvimento das faculdades mentais.
  • A Frenologia Científica de Fritsch, Hitzeg e D. Ferrier: Fritsch e Hitzeg se movimentaram dentro de uma onda dualista e assinalaram que tem de separar a mente de seus mecanismos. O cérebro é o instrumento material da alma imortal e a substância cinzenta e o córtex constitui a primeira ferramenta da alma. D. Ferrier criou a neuropsicologia científica e experimental, o mesmo afirma que o cérebro é o órgão da mente.
  • Teoria de Kleist: abordou uma enorme quantidade de conhecimentos psiquiátricos idealizando uma teoria das psicoses baseada em modelos neurofisiológicos. Ele parte de uma ideia de que as esferas e zonas que podem delimitar no córtex cerebral se agrupam em torno de diversos sistemas cerebrais. O mesmo estabeleceu o sistema exteroceptivo (responsável pela sensação, visão, tato, audição, paladar e olfato), sistema proprioceptivo (sistema unitário ainda que suas fontes sensoriais sejam divididas) e o sistema enteroceptivo (divide suas atividades em três grupos, o grupo da personalidade, instintos, impulsos e tendências).
  • Domínio das Teorias Localizacionistas: Broca e Wernicke: Broca tem a ideia de que a mente se divide em múltiplas funções que se localizam em distintas partes do cérebro. Ele foi um marco inicial na neuropsicologia, estabeleceu a relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem, associou o hemisfério esquerdo com a produção da fala e com a dominância manual. Essa teoria que foi confirmada com a investigação de Wernicke. Wernicke serviu de base para o desenvolvimento dos “esquemas de linguagem” e marcou o início da criação posterior dos “mapas cerebrais”. Wernicke estabeleceu afasia sensorial ou de compreensão e a afasia de condução que era a compreensão e expressão preservada e dificuldade de repetição de palavras ou frases.
  • Penfield (1947): Confirmou as áreas de Broca e Wernicke, mapeando as áreas somato-sensitivas primárias.
  • Luria: afirma que a função se refere a uma localização, pela qual só se pode localizar funções elementares, uma vez que dependem de sistemas organizados ou zonas que trabalham em conjunto. Esse autor assinala que o cérebro é organizado em três unidades funcionais, são elas:
  1. Primeira Unidade Funcional: regula o tônus e o ciclo do sono e vigília, está relacionado também com as regulações emocionais, vegetativas e da memória. Compreende as estruturas tronco-encefálicas como o córtex cerebral, o sistema reticular ascendente (SARA) e o sistema límbico. As Lesões podem ser de: alteração da memória, transtornos do sono, diminuição do tônus, tendência a acinesia, apatia e fadiga.
  2. Segunda Unidade Funcional: sua função consiste em obter, processar e armazenar informações, que chega no mundo exterior e interior. As estruturas nervosas responsáveis são os: occipital, temporal e parietal. As informações que chegam através dos sinalizadores são tratadas pelas: receptoras, associativas e simbólicas. As disfunções: se organizam em síndromes cujos sinais e sintomas dependem da área hierárquica atingida, sinais deficitários como cegueira, surdez, dificuldades de reconhecimento.
  3. Terceira Unidade Funcional: tem como função programar, regular e verificar a atividade mental. As disfunções: paralisia, estereotipia motora inerte.
  • Histórico da Psicometria: Esquirol a definiu como uma distinção entre indivíduos que nunca desenvolveram as capacidades intelectuais e indivíduos “doentes mentais”. Os métodos de avaliação são baseados em aspectos físicos e mentais. Galton: estabelece o laboratório psicométricos em Londres, desenvolvendo testes de discriminação visual e coordenação motora. Kraepelin: introduz testes complexos para avaliar percepção, memória, funções motoras e atenção. Binet e Simon desenvolve o primeiro teste de inteligência prática: Escala de Inteligência Binet-Simon.
  • Resolução CFP nº 002/2003: Os instrumentos devem possuir: um manual detalhando a fundamentação teórica, as evidências empíricas de validade e precisão com amostra brasileira, o sistema de correção e interpretação dos escores, os procedimentos de aplicação e correção, bem como as condições nas quais o teste deve ser aplicado e a  literatura científica relacionada ao instrumento.
  • No Brasil: 1ºs estudos publicados 1950 por Antônio Frederico Branco Lefrève (FMUSP) sobre a psicopatologia da afasia em crianças. Beatriz Helena Lefrève – continuidade e expansão dos estudos. E em 2004 CFP reconhece a Neuropsicologia como subespecialidade da psicologia pela resolução nº 002/2004.

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