Resenha O Nobre Deputado
Trabalho Universitário: Resenha O Nobre Deputado. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: IvanaCarla • 26/3/2015 • 799 Palavras (4 Páginas) • 696 Visualizações
FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
RESENHA CRÍTICA: O NOBRE DEPUTADO MARLON REIS
ACADÊMICAS: BRUNA MARIE CANDIL AFFONSO
IVANA CARLA DA ROSA
O livro O Nobre Deputado, Relato chocante (e verdadeiro) de como nasce, cresce e se perpetua um corrupto na política brasileira de Marlon Reis, é exatamente o que o título informa; um relato baseado em entrevistas que o autor realizou com diversas pessoas que participam do cenário político em nosso país. Para conseguir tais entrevistas o autor teve que assumir o compromisso de sigilo total, garantindo o anonimato dos entrevistados, segundo este, a ideia surgiu após duas entrevistas realizadas sem este foco, mas que acabaram por mostrar brevemente como funciona o esquema de compra de votos através do aliciamento de cabos eleitorais. O autor resolve então aprofundar-se no assunto, que tanto nos diz respeito, e para divulgar as informações recebidas e honrar com o compromisso assumido, cria um personagem fictício, o deputado Candido Peçanha, que relata em primeira pessoa, o que ocorre nos bastidores das campanhas eleitorais para deputados estaduais e federais.
O que para muitos de nós não era tão claro, passa a ser. A política não é lugar para idealistas e sonhadores, pessoas que buscam realmente contribuir com o país e com a população não servem, aliás, não tem a mínima chance de conquistar um lugar nas câmaras, já que as eleições, segundo a obra, estão definidas antes mesmo de se iniciar a votação. Cai por terra a ilusão que o poder legislativo cumpra com suas funções que são basicamente nos representar, formular leis que de interesse de toda a população e fiscalizar a aplicação de recursos por parte do Poder Executivo.
Na primeira parte do livro o deputado deixa claro que dinheiro é poder, e o poder conquista mais e mais dinheiro, e é se utilizando da máquina pública que as campanhas eleitorais são abastecidas. Através das emendas parlamentares, dos convênios celebrados e das licitações são angariados fundos para a compra dos votos. Das emendas parlamentares ele declara que são desviados de 20 a até 100% de seu valor para seu próprio bolso, também de prefeitos e para o caixa dos partidos, mas sempre envolvendo os chamados ‘laranjas’. Para desviar dinheiro de obras públicas a melhor maneira é aliar-se a uma grande empreiteira que acaba apenas antecipando fundos, pois ela os recuperará através de licitações fraudulentas após as eleições, onde, com uma fiscalização praticamente nula é entregue uma obra que em sua maior parte conta com material da pior qualidade e muitas vezes nem foi executada em sua integridade. Através das licitações o dinheiro é desviado no ato de sua formação, pois as mesmas são elaboradas pelas empresas participantes, sempre as mesmas, num jogo de cartas marcadas, onde já se sabe de antemão quanto custa e quanto deve sobrar para cada um.
Os convênios são feitos com empresas não governamentais que não tem fins lucrativos e que dizem se propor a auxiliar o governo com relação à assistência e resolução de problemas sociais, ambientais e até
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