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Resenha as Novas Formas de Subjetivação

Por:   •  20/6/2016  •  Resenha  •  437 Palavras (2 Páginas)  •  633 Visualizações

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Joel Birman (2003) discorre sobre o conceito de loucura na atualidade e cita contextos históricos sobre o assunto. Em suma, fala sobre o “dentro de si” e o “fora de si”, os quais denominam se o indivíduo é louco ou não, sendo o dentro-de-si uma característica da normalidade e o fora-de-si caracterizando a loucura. O sujeito extrai a parte agradável do mundo externo e a incorpora para si mesmo, internalizando-a num arranjo de sustentação psíquica. Isso ocorre, pois o sujeito sente uma ausência da satisfação plena. Assim, o indivíduo seria fora-de-si por natureza e se tornaria dentro de si através de um processo de subjetivação.

Birdman (2003) também apresenta conceitos sobre a psicopatologia na pós-modernidade, falando sobre o “mal-estar na atualidade”, correlacionando práticas, ideologias e conhecimentos acerca deste fenômeno. Esse mal-estar atual é decorrente de drogas e violência e as novas formas de subjetivação existentes. A subjetivação é adquirida ao longo dos processos de identificação que o ser-humano passa durante a vida, tendo como sua base o sentimento de identidade. Porém, a cultura na qual o indivíduo está inserido está em constante modificação, influenciando as formas de subjetivação de cada pessoa na sociedade. Com isso, é esperado que aconteça mudanças na filosofia de vida de um sujeito, ocasionando alterações no seu modo de pensar, e assim o sujeito passa por uma crise de ruptura dos seus antigos valores.

A construção da subjetivação e da vida psíquica de um sujeito inicia-se logo após o nascimento, quando o mesmo nasce com um desamparo emocional, sendo necessário investir o ego para se satisfazer. Ainda que o indivíduo necessite de outro para amparar seu emocional, é necessário que ele construa circuitos pulsionais e afaste o desprazer desse excesso de energias. Nessa construção do espaço interior, o eu ganha consistência, dando sustentação eixo psíquico do mesmo. Assim, o eu passa a ocupar um lugar de destaque no pensamento e nas representações da pessoa, atribuindo a si mesmo um estado de centralidade das representações. Com isso, o sujeito passa a se amar, pensar em si mesmo e estabelecer suas relações no mundo social.

Retomando a subjetivação, o sujeito precisa mudar e tornar-se diferente do modelo que costumava representar para, assim, adequar-se ao modelo capitalista. A época contemporânea é muito rápida, contendo espaços virtuais, além de várias exposições para convencer um indivíduo a tornar-se consumidor. As dúvidas na contemporaneidade são baseadas nessas novas formas de subjetivação. Na pós-modernidade, a concepção de centramento do sujeito não é suficiente para garantir sanidade mental. O capitalismo influencia quando ele demanda uma mudança na qual o indivíduo se vê obrigado a buscar o fora-de-si para dentro-de-si, ocasionando assim um paradigma.

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