Resenha do Artigo Tristeza, Depressão e Suicídio Melancólico
Por: mimisos • 21/5/2023 • Artigo • 372 Palavras (2 Páginas) • 116 Visualizações
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NOME: MIRIELLE DE AQUINO VIEIRA
RA: N5211D6
RESENHA: SOUZA, Camila; MOREIRA, Virginia. Tristeza, depressão e suicídio melancólico: A relação com o outro. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 70, n. 2, p. 173-185, 2018.
Este artigo discute a relação entre suicídio e transtornos mentais, em especial a depressão, que é o quadro psiquiátrico mais frequente associado ao suicídio. A partir da perspectiva da Clínica do Lebenswelt, o texto explora as diferenças entre tristeza, depressão e melancolia, descrevendo a relação que o depressivo estabelece com o Outro como forma de distanciamento do mundo, levando-o ao suicídio. Conclui-se que uma abordagem clínica que considera as múltiplas possibilidades de ser do depressivo, em relação intersubjetiva com o Outro, pode ser essencial para compreender o paradoxo que emerge na experiência suicida na depressão melancólica.
Este texto apresenta a complexidade da experiência de alguém que decide acabar com a própria vida e sugere que é necessário ir além da busca por motivos específicos para compreender a totalidade dessa experiência. Embora a depressão seja freqüentemente associada ao suicídio, é importante diferenciar a tristeza, a depressão e a melancolia como aspectos distintos da experiência depressiva. Na depressão melancólica, o humor basal é afetado, o que pode levar a uma paralização e confinamento do indivíduo em si mesmo. Nessa experiência, o suicídio surgiu como a última possibilidade de vida.
O texto destaca a importância de considerar as possibilidades múltiplas de ser do paciente depressivo e sua relação intersubjetiva com o mundo na compreensão do fenômeno do suicídio na depressão. A perspectiva clínica e a lente da fenomenologia clínica são aceleradas como abordagens que podem ajudar a compreender essa experiência petrificante e trilhar novos caminhos em conjunto com o paciente, a partir do contato genuíno com o Outro no setting terapêutico.
Por fim, o texto ressalta a necessidade de novos estudos e pesquisas sobre o fenômeno do suicídio na depressão, com foco no contexto psicoterapêutico como proposta preventiva. A fenomenologia clínica é apontada como um terreno fértil para o desenvolvimento teórico e psicoterapêutico, mas ainda carece de maior investigação nesse tema tão presente na contemporaneidade.
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