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Resenha do Documentário: CASA DOS MORTOS

Por:   •  27/3/2016  •  Resenha  •  580 Palavras (3 Páginas)  •  4.343 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL - FACIMED

Resenha do Documentário: A CASA DOS MORTOS

Acadêmica: Dalila Maitê

Disciplina: Psicologia Institucional

Professor: Cristiano Rogério

Psicologia 4º Período.

CACOAL/RO

 

Resenha do filme: A CASA DOS MORTOS

A casa dos mortos um documentário curta-metragem brasileiro de 2009, cuja direção e roteiro couberam à antropóloga, documentarista, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (ANIS) Debora Diniz, produzido pela produtora de filmes sobre direitos humanos Imagens livres. (VAY. MAURICIO, 2012).

Esta obra tem duração de apenas 24 minutos mostra uma faceta da vivência entre os muros do Hospital de Custódia e Tratamento (HCT) de Salvador - BA, acompanhada pela poesia de Bubu: um poeta que já contava com doze internações neste tipo de estabelecimento e “desafiava o sentido dos hospitais-presídios, instituições híbridas que sentenciam a loucura à prisão perpétua”.

Os pacientes que estão nesse hospital são acometidos de doença mental seguido de ato violento, a maioria perdeu o contato com a família ou chegou ao hospital sem se lembrar dos dados pessoais.

O vídeo retrata a situação de pessoas vivendo em situações precárias de saúde. O nome dado ao local “casa dos mortos” se dá pelo fato de muitos pacientes psiquiátricos cometerem suicídio ou em um momento de surto matar alguém.

A maior parte dos suicídios ocorreu por meio de enforcamento. Percebe-se que o hospital psiquiátrico é composto somente pelo sexo masculino, e alguns pacientes possuem antecedência do uso de drogas.

O aspecto físico do hospital se assemelha a uma prisão, possui muitas grades, eles podem receber visitas regularmente não só da família como de outras pessoas. Percebe-se que os pacientes possuem um pensamento desorganizado, apesar de falarem de forma fluente as frases são desconexas.

No vídeo foi possível identificar um dos pacientes antigos da casa, senhor Almerindo, o mesmo sofreu o processo de institucionalização, ou seja, perdeu a perspectiva de futuro, aceitando a realidade sem questionamento.

O autor Goffman (2001), preocupou-se em caracterizar o hospital psiquiátrico como instituição total com o rico detalhamento do mundo do internado, porém não deixa de apresentar o caráter total da instituição do ponto de vista do mundo da equipe dirigente. Neste, a organização formal convive com uma contradição latente: o que a instituição faz e aquilo que deve dizer que faz. Nesse mundo, a equipe dirigente precisa impor obediência ao internado, precisa dar a impressão de que os padrões humanitários são mantidos e de que os objetivos racionais da instituição estão sendo realizados.

No que diz respeito ao estudo da vida íntima de uma instituição total, no caso um hospital psiquiátrico, Goffman deteve-se à analise dos ajustamentos secundários que nela se desenvolvem por demonstrarem que, de alguma forma, os participantes se recusam a aceitar a sua interpretação oficial do que devem dar e retirar dela e do tipo de mundo que devem aceitar para si mesmos.

Assim sendo a casa dos mortos, retratada nesta curta metragem uma realidade ainda existente em alguns estados Brasileiros, por se caracterizar como uma instituição total os pacientes envolvidos no HCT foram colocados em um ambiente e perderam contato com mundo exterior: família, amigos e etc. Por se tratar de pessoas institucionalizadas não há uma perspectiva em relação ao futuro.

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