Resenha do Filme: O Milagre de Anne Sullivan

Resenha Critica: O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN

 O filme exposto em sala de aula para reflexão e direcionamento de nossa compreensão curricular quanto a disciplina de Neuropsicologia, é caracterizado pela história real de Hellen Keller uma menina de 12 anos de idade que ainda bebê ficou cega surda e muda, que se tornou uma garota muito agressiva pelo fato de não saber como se comunicar com o mundo e os seus familiares achavam que por ser assim era incapaz de interagir com a sociedade e então mantinham a menina presa em casa e a tratavam como um animal domesticado.

 Não aguentando mais tanto sofrimento, a família resolve buscar ajuda e foi aí que contrataram Anne Sullivan uma professora recém formada, muito dedicada e corajosa que apesar de usar um método diferente para educar a menina não a tratava como uma pessoa incapaz, pois para ela que já tinha sido cega e também convivido com outros deficientes visuais, ela não via em Hellen como uma pessoa incapaz e sim cheia de vontades pelo fato de sua família não saber lidar com aquela situação. A menina tinha pouquíssimas referências sobre o mundo que vivia, comportando-se apenas instintivamente ao ponto de chegar a ser praticamente uma selvagem só que a professora Anne Sullivan que não se limitava apenas a "domestica-la", mas sim queria educa-la e que se comunicasse com as pessoas e com o mundo a sua volta.

 Os primeiros contatos de Anne e Hellen foram conturbados pelo fato de que até momento ninguém a tinha a tratado como uma criança mesmo tendo suas deficiências, em um jantar com a professora e a família ela percebeu que a menina pegava com a mão a comida no prato de todos que estavam na mesa e não aceitou aquela situação e pediu para ficar a sós com a menina, daí elas tiveram um embate durante algumas horas para que Hellen conseguisse comer com os talheres. No outro dia quando a professora na hora da refeição pensou que a menina iria se comportar comendo com os talheres ela volta a mesma situação de antes e quando ela vai intervir os pais não deixam, foi ai que ele percebe que naquele ambiente não poderia ensinar nada a Hellen por causa da interferência da família e propõe que elas fiquem isoladas por duas semanas.

 A família mesmo relutante, entrega a menina aos cuidados da professora, e as duas vão morar em uma pequena casa que estava vazia dentro da propriedade da família de Helen.  Esta nova disposição implicaria no controle das necessidades mais básicas da menina   pela professora: sua alimentação, seu descanso, seus gestos e comportamentos, tudo estaria sobre o mais rígido controle das regras impostas por Anne. Era de uma forma as vezes violenta que Anne Sullivan tentava impedir os ataques agressivos de Helen, punia todas as suas indisciplinas e se empenhava a dedicar sua atenção na imitação dos códigos gestuais necessários para a comunicação e também mostrava um mundo que a menina ainda não conhecia como passear pela propriedade tendo contato com a natureza, ou seja, com o meio ambiente que a cercava. Após as duas semanas, Anne conseguiu avanços notáveis com a menina que começava a ceder sua agressividade e dava lugar a uma postura mais dócil que facilitava o aprendizado. Mesmo com toda a dedicação de Anne, a menina continuava se mostrando incapaz de compreender a lógica da linguagem. Helen imitava os gestos da professora como um   ato mecânico não entendia o sentido das palavras. Os pais exigem então o retorno da menina, ameaçando todo avanço feito até então. A professora se desespera e tenta um último esforço, repetindo   exaustivamente o procedimento dos sinais nas mãos da menina, o que continuou sem surtir efeito, Anne conseguia com que Helen tocasse algumas coisas e em sinais represente o nome delas, mas ainda assim, ela não estava satisfeita, ela não sabia como fazer Helen entender o que é uma palavra e que palavras dão significados às coisas e no fim do prazo estipulado para o aprendizado a menina volta para casa a professora fica um pouco frustrada por entender que sua aluna poderia mais. Todos estão encantados e satisfeitos com a evolução de Helen, mas logo no jantar Anne nota que Helen quer desafiá-la e ignora muito do que aprendeu, o que a deixa furiosa. Na tentativa de retomar todo aquele processo com Helen, Anne se vê de frente com a intervenção de seus pais, que não esperam mais nada da garota, mas quando a menina joga água joga na professora ela não se contém e arrasta a menina para fora até um poço onde se tirava água e é ai então que a tocar água e se recorda de quando ainda era um bebê, antes de ficar com a deficiência e falava 'uaua', que era water, água em inglês e é nesse momento que Helen consegue relacionar  as palavras que vinha aprendendo com o significado ao que estava ao seu redor e fazia sentido para a comunicação.