Resenha do artigo "adolescência através dos séculos"
Por: lilululi • 4/9/2017 • Resenha • 445 Palavras (2 Páginas) • 1.907 Visualizações
Resenha do artigo “Adolescência através dos Séculos” (Teresa Helena Schoen-Ferreira, Maria Aznar-Farias e Edwiges Ferreira de Mattos Silvares)
No artigo “Adolescência através dos séculos” as autoras do mesmo descrevem as mudanças ocasionadas pelo período da adolescência. Segundo as autoras, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que o período iniciasse aos 10 anos e vai até os 20. Em contraponto, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), essa fase iniciasse aos 12 e vai até os 18.
As autoras ainda definem essas mudanças como sendo muito impactantes tanto no convívio familiar quanto na sociedade. Puberdade e adolescência são distinguidas pelos autores Kalina e Laufer, Melvin e Wolkmar e a OMS. De acordo com os mesmos, puberdade diz respeito a fisiologia, ao passo que adolescência corresponde a parte psicossociais.
A adolescência é um salto muito importante na vida dos indivíduos, pois, além das mudanças físicas ocorridas, existem as mudanças psicológicas. Para Lidz e Serra, existem várias adolescências, os mesmos se referem a individualidade de cada um e o contexto social em que estão inseridos. Adolescentes convivem em grupos e com isso há uma diversidade de gostos e atitudes, comportamentos, valores e filosofia de vida.
As autoras elencam que, cada época e cada local lidava com a fase da adolescência de maneira peculiar, por exemplo: na Grécia antiga os adolescentes passavam por um verdadeiro adestramento, os homens eram educados para guerra e as mulheres para a maternidade. Em Roma não existia maioridade legal, isso era definido pelos pais ou tutores. Já na Idade Média, no período feudal, a adolescência simplesmente não existia, eles consideravam as crianças e adolescentes como adultos em miniatura. Ainda segundo as autoras, atualmente, pode-se dizer que os adolescentes, em culturas mais sofisticadas, tendem a tardar para fazer parte das estruturas sociais, como por exemplo, ingresso no mercado de trabalho e constituição familiar.
Muitos dos estudos mostrados pelas autoras, que são relacionados à adolescência, dentre eles a universalidade da mesma estudada por historiadores na formação social. Outro ramo, dos desenvolvimentistas - estudando os fatores biológicos, sociais, cognitivos, comportamentais e culturais, estão ligados ao rompimento da infância para a idade adulta. Tais estudos interagem entre si, delineando panoramas mais amplos, que culminam por entender movimentos culturais. Um exemplo disso é o movimento da contracultura, como é citado no artigo, que torna indivíduos adolescentes em um grupo específico. Este é apenas uma das classificações de movimentos apresentados no texto, mas elucida o desenvolvimento do ser humano em uma das fases mais importantes.
A conclusão que se chega é uma notoriedade sobre a importância do adolescente no convívio da comunidade em que os mesmos residem. O adolescente não é um problema, sim o fechamento da cadeia social.
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